Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)

Capítulo 17

" Minha querida chefe está acordada?"

"Engraçadinha. Vamos, desça! Precisamos almoçar, lhe aguardo no Hall"

''Desço em vinte minutos" 

Após uma troca de mensagens com Natalie , mudei de roupa rapidamente e desci para o Hall do hotel, ela estava sentada em umas das poltronas, com os olhos atentos em um jornal, e consequentemente não me viu chegar, portanto, aproveitei para vê-la, sua calça jeans, sua blusa branca e um terninho azul lhe davam um estilo despojada, mas sempre muito bem vestida. Me aproximei e observei ela fechar e repousar o jornal em uma mesinha ao seu lado, ao se levantar, estendeu as mãos para que eu a pegasse, e seus olhos negros me puxaram para uma imensidão sem fim.  

—Você é sempre linda assim, Ana?—ela disse me rodopiando lentamente, passeando seus olhos pelo meu corpo 

—Por favor, Natalie. Não exagere. —respondi tímida 

—Pronta para conhecer, Milão? 

—Pensei que você fosse tratar sobre coisas do desfile. 

—Ana, eu tenho gente para trabalhar por mim. Não se preocupe. 

—Não quero atrapalhar, Natalie. Você veio a trabalho... 

—Anabelle, você vai mesmo negar minha companhia? —ela expressou uma cara triste e fez bico. 

—Você é tão convencida. —retruquei sorridente

—Bom, é um dos meus apelidos, não é? 

Sorrimos e ela me conduziu até um carro, que logo explicou que foi alugado. Ela dirigiu ao som de Kids da banda MGMT e meu deus! Ela era tão perfeita com aqueles óculos escuros,  até seu gosto musical era incrível. E eu estava explodindo de paixão por essa mulher. 

Control yourself
Take only what you need from it
A family of trees wanting to be haunted

Natalie cantarolava a musica harmonicamente, e eu estava tão receosa de atrapalhar que apenas gargalhava de sua afinação e de seus gestos dançantes.  Paramos e Natalie estacionou em um lugar movimentado, e com uma arquitetura incrivelmente linda. 

—Seja bem vida a Galeria Vittorio Emanuele II. —apresentou-me a grandiosa arquitetura que estava em minha frente

—É incrível. —disse fascinada e com a boca aberta. 

—É, essa galeria une a Praça Duomo à Praça Scala, e é formada pelo cruzamento de duas ruas. Legal, né? 

—Muito interessante!

Eu estava fascinada, e assim que estramos eu não parava de olhar para o teto, a arquitetura parecia de uma catedral gigantesca  formada por um octógono na parte central coberto por uma cúpula de ferro, fazendo com que a rua se transformasse em uma galeria fechada, era inacreditavelmente linda.  

—Aqui é cheio de lojas, e restaurantes. E vamos almoçar em um. 

Caminhamos até um restaurante e percebi sua lotação, mas mesmo assim segui Natalie assim que adentrou nele. 

—Você não acha que está lotado?—Cochichei para para ela.

—Nada está lotado para Natalie Hamilton—Um garçom surgiu ao nosso lado e percebi que ele ouviu meu cochicho, ele nos levou até uma mesa ao fundo, e puxou a cadeira para que nos sentássemos. 

—O que as senhoritas iram pedir? —o garçom tirava uma caderneta do bolso.

Abrimos o cardápio e Natalie começou a pedir.