Capítulo 45

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Eu estava sentada em minha sala de jantar, Dereck insistiu em jantar em meu apartamento, já que depois de alguns meses convivendo comigo,ele nunca havia frequentado. E eu só pensava em arrumar um jeito de me livrar dele, e chegar até Natalie. Eu pedi uma pizza, que não demorou muito a chegar e que logo estávamos saboreando.

—Ana— disse nos servindo— eu sei que nós tivemos um lance, e que ele concretizou com essa historia do casal da NH. E sei que ficar noiva de mim logo de cara, foi por conta dos negócios. E quando isso passar, eu espero que a gente volte da onde paramos. 

Eu mal conseguia olhar para sua cara mentirosa. E só sabia sentir nojo e desprezo. 

—Dereck eu não quero que você fique chateado, mais eu preciso de um tempo para mim. Eu sai de um relacionamento com a Natalie e logo a gente ficou....

—Eu sei, meu amor— sua mão tocou a minha que estava repousando em cima da mesa— eu espero você o tempo que for. 

—Você não entendeu. Eu preciso de um tempo para mim . O que eu vivi com a Natalie foi algo muito forte, e você sabe mais do que ninguém que eu ainda a amo. 

Sua mão soltou a minha e seu semblante simpático sumiu, formando um olhar serio e pesado. 

—Tudo bem. Mas o que prendeu você a ela? Foi a dominância, o contrato? Eu sei que tudo isso foi muito interessante para você. Mas eu posso lhe oferecer tudo o que ela ofereceu, lhe proporcionar muito mais sensações que ela fez você sentir, Ana.

—Assim como você proporcionou a Olivia? 

Seus olhos saíram de mim, e agora fitavam a mesa.

—Olivia era uma submissa de quinta. Não tinha ardência como você tem. 

—E você a usou e a descartou— afirmei mastigando minha pizza vagarosamente.

—Relacionamentos terminam. Até um relacionamento a base de um papel de contrato acaba. 

Nossos olhares se sustentaram por longos segundos.  Eu precisava conter a raiva que eu estava guardando, eu precisava mostrar a ele que estava tudo bem, e que eu continuava a ser a Ana ingenua que não desconfiava de nada. 

—Desculpe— abaixei o tom de voz o tornando convidativo— É que isso ainda mexe muito comigo. Por mais que eu tenha passado por isso, ainda é algo desconhecido...

—Eu entendo você, querida. 

—Você pode me dar licença. Eu preciso ir ao banheiro.

—Sim, claro. Eu também preciso fazer uma ligação.

Eu apenas dei um sorriso sem graça e caminhei ate o final do corredor. Assim que entrei no banheiro puxei o celular do bolso  e disquei o numero de Natalie rapidamente, mas a droga do celular apenas chamava. E eu disquei incontáveis vezes, mas sem sucesso. Eu estava no banheiro já fazia alguns minutos, e eu precisava sair para não levantar suspeita. Eu estava apavorada, e não sabia como avisa-la. Então me conformei, e tentei me acalmar, e falaria com ela assim que Dereck saísse da minha cola, e esse pesadelo acabaria. Aliás, eu não era muito boa de disfarçar emoções, e em alguma hora ele iria perceber. 

—Que merda, Natalie!— xinguei o telefone

Voltei para a sala de jantar e ele arrumava a mesa onde havíamos comido.

—Fez sua ligação?— perguntei ainda mexendo no celular, esperando um retorno imediato de Natalie. 

—Sim.  Imprevistos acontecem toda hora. 

Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora