Estávamos aterrizando em solo Irlandês , o clima estava frio e cinzento, os aeroportos iriam fechar durante toda a tarde, pois haveria mudanças drásticas de clima naquela região. Precisávamos chegar em Dublim o mais rápido possível, e eu precisava trocar de roupa, já que nossas malas haviam ido direto para o hotel. Estávamos esperando o carro alugado chegar, em frente ao aeroporto e assim que chegou. Natalie assumiu o volante e eu sentei no banco do passageiro ao seu lado.
Durante a viagem apenas trocamos palavras necessárias, ou seja, quase não mantivemos contato, apenas ficamos quietas uma ao lado da outra durante o voo e isso se repetia no carro.
—Você pode dar uma olhada no mapa que está no porta malas? —disse ela, sem desviar o olhar atento da estrada molhada, pois a chuva começava a cair.
—Está dizendo que você precisa pegar a Whitehall —disse tentando decifrar o mapa
—Você tem certeza?
—Eu não sou cartografo. —respondi seca—aqui está dizendo rodovia Whitehall.
—Quanto mal humor.
—Eu estou cansada. Eu apenas quero chegar logo em Dublin.
Ela apenas sorriu, e se calou. A chuva estava torrencial, perdi as contas de quantas vezes me assustei com trovoes e relâmpagos, e se eu tinha um ponto fraco, meu ponto fraco era esse. Eu odiava o som do trovão, e me tremia todas as vezes que eles caiam. Tentei me manter forte durante toda a viagem, para que Natalie, não percebesse esse meu medo infantil.
O visor do carro se ascendeu um nome alertou "Elisabeth Jones" a jornalista estava ligando para ela, e como ela tinha conectado seu celular com o visor do carro, foi inevitável esconder essa ligação. Mas ela recusou, e novamente ela ligou, e novamente Natalie recusou.
—Se está sem jeito para atender por que eu estou aqui. Você pode parar em um posto mais próximo , eu desço, e deixo você a vontade para atende-la—falei.
—Não é por sua causa. —falou sem muitas emoções na fala.
—Problemas no paraíso?— perguntei dando um sorriso irônico ao final de minha frase.
—Não. Elisabeth sabe muito bem o que faz.
Sorri irônica, e preferi não entrar no mérito do assunto. Pois a intimidade de ambas não era problema meu.
—E Dereck?—continuou— Está fazendo bem o papel de bom moço?
—Não vou conversar com você sobre isso, em um carro, no meio de uma tempestade.
—Ah, qual é? Me fala. Eu sei exatamente o que ele gosta. Posso te dar algumas dicas.
Sua fala era provocativa, e eu sei que ela queria me atingir de todas as formas possíveis. E eu não a culpava por isso.
—Claro. Por que não marcamos de sair nós quatro? Fazemos um programa de casal, e conversamos sobre nossa intimidade. Você me diz o que o Dereck gosta, e eu ensino a Elisabeth como foder do jeito que você gosta—falei alterando a voz.
—Não seria uma má ideia. Já que você gosta de ser o centro das atenções ultimamente.
—O que? — perguntei alterada ajeitando minha postura no banco— a unica narcisista, e fútil aqui é você, senhorita Hamilton.
—Eu sou fútil? —perguntou sorrindo— Me poupe, Anabelle. Você nem sabe se gosta de foder com homem ou mulher
Em meio a falas alteradas, uma discussão estava surgindo.
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Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)
RomantizmA magnata Natalie Hamilton, dona de um dos impérios de moda da conturbada família Hamilton, uma mulher elegante e fina, reconhecida por seu elevado grau de narcisismo e sua arrogância, vê suas virtudes serem desconstruídas, após se deparar com a no...