Ao abrir os olhos, eu senti a falta da sua cama. A cama que eu estava não era sua, e eu sei que eu não queria estar onde eu me encontrava agora. Levantei, e caminhei pelo quarto cinza, com um tapete preto e fofo estendido por todo o quarto. Me enrolei em um roupão branco, e desci as escadas e encontrei Dereck , um Dereck despreocupado e radiante, lendo um jornal na bancada de mármore da cozinha.
—Bom dia, Ana— disse doce e sorridente ao me ver chegar.
—Bom dia— respondi ainda sonolenta, sentando em uma banco e me apoiando na bancada.
—Dormiu bem? Eu não sei você gosta de café ou achocolatado, ou suco pela manhã. Então eu pedi para a cozinheira preparar os dois.
—Um café já está bom.
Ele levantou e foi direto até a cafeteira, serviu o café em uma xícara e me entregou.Um silencio perturbador surgiu após.
—Você também tem um quarto, igual da Natalie?—perguntei
—É de lei todo os dominadores terem. —respondeu sorrindo.
—É de lei também todas as submissas serem assustadas e ingenuas?
—Diria requisito.—uma pausa surgiu, enquanto eu tomava um gole de café, e então ele continuou a falar—eu quero que você saiba que eu não vou pedir para que faça algo...
—Eu não quero fazer nada—interrompi— mas se você está procurando uma Ana, de um ano atrás, onde ela foi uma submissa, você não vai encontrar.
Ele me fitou.
—Tudo bem. Eu sei que você ainda gosta da Natalie, e eu vou respeitar o seu tempo—ele pegou em uma de minhas mãos que estavam repousadas em cima da bancada— eu posso esperar você o tempo que for.
—Eu preciso esquece-la—disse cabisbaixa
—Você deveria me odiar.
—Deveria. Mas eu preciso tentar não fazer isso.
—Então, quer dizer que estamos juntos?—eu pude perceber seus olhos brilharem
— Quer dizer que eu estou tentando. E você está me ajudando
Ele depositou um beijo demorado e gentil em minha mão. E a unica coisa que eu pensava era se eu estava fazendo a coisa certa. E na verdade, ultimamente eu não sabia fazer mais nada certo. Manter um relacionamento com Dereck Dierden, seria a melhor coisa a se fazer? Eu estava frágil, culpada por ter sido tão dura com Natalie, e eu precisa me responsabilizar por isso, por tudo.
Eu merecia o que você disse, Hamilton. Eu sei que eu mereci. Você disse que me amava e meu orgulho falou mais alto do que o amor que eu nutria por você. Mas isso não lhe dava o direito de me tratar daquela forma, me falar palavras duras, e me fazer ver que você estava com feliz com outra pessoa. Eu deveria agradecer as fotos? Eu não fazia a minima ideia de quem havia mandado, mas se o intuito foi me atingir, e me manter mais longe de você. Parabéns, alvo atingido com sucesso.
Tinhamos uma reunião marcada com Lorenzo as nove, eu, Dereck e você, Natalie. Que ótimo! Hoje infelizmente não ia conseguir me esquivar dos seus olhos negros, e da minha vontade de beija-la. Mas eu precisava encontrar você antes disso?
Eu retocava o batom no espelho do banheiro, e meu coração se assustou quando eu vi sua figura, através do espelho, entrar pela porta.
Nossos olhares se cruzaram de imediato, e Natalie parou por alguns segundos.
—Eu já estou de saída—disse guardando meu batom na necessarie rapidamente e nervosa.
—Não precisa ficar nervosa
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Descobrindo o Prazer (EM REVISÃO)
RomanceA magnata Natalie Hamilton, dona de um dos impérios de moda da conturbada família Hamilton, uma mulher elegante e fina, reconhecida por seu elevado grau de narcisismo e sua arrogância, vê suas virtudes serem desconstruídas, após se deparar com a no...