Capítulo 6

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— Pai, não aconteceu nada, é sério — Maitê disse aos risos. Havia saído da piscina para se sentar ao lado do pai, abraçando-o para tranquilizá-lo depois da insinuação maldosa de Matheus. — Vini só me fez companhia porque o imprestável do meu irmão estava trepando com alguma candanga por aí.

— Meu amor, não diga "trepando" — resmungou, encostando a testa no ombro da filha. — Eu não estou preparado para isso, Olívia! Pelo amor de Deus, faça o tempo voltar! — A esposa não conteve o riso.

— Deixe de drama, Gael. Temos sorte por ela ainda ser virgem. Sério mesmo, tendo nosso sangue, isso é um grande acontecimento.

— Real — concordou Matheus. — Luíza, mesmo, perdeu a virgindade com doze anos.

— Ôh, Beatriz! — gritou Otávio, levando as mãos ao peito, fazendo o sobrinho gargalhar de seu desespero. — É verdade essa porra, Luíza?

— Claro que não, pai! Matheus só está semeando a discórdia, como sempre. — Olhou para o primo e arqueou uma sobrancelha. — Quer semear a discórdia, filho da puta? Devo contar onde você me levou há alguns dias?

— Pare com essa merda, Luíza!

— Onde você levou minha filha, Matheus? — Otávio direcionou um olhar assassino para o sobrinho.

— Não tenho nem ideia do que essa louca está falando — desconversou.

Arthur chegou todo dono de si. Como sempre acontecia, todos os olhares se voltaram para ele. Era comum ser o centro das atenções. Sua forma segura de ser, o caminhar meio arrogante, de queixo sempre em pé, eram um charme a parte. Possuía uma aura de dominador nato, como se tudo e todos devessem parar para admirá-lo quando adentrava algum recinto.

— Puta que pariu, hein Arthur! — gritou Luíza, fazendo-o sorrir. Emanuelly saiu de seu lugar e caminhou em direção ao interior da casa, mas no meio do caminho ele a interceptou, segurando sua cintura com possessividade e aproximando a boca de seu ouvido, sem se importar com os olhares sobre eles.

— Espero você em meu antigo quarto em meia hora. Você me deixou com um tesão do caralho e a punheta não aliviou. — Quando seus olhares se cruzaram, ele piscou um olho para ela.

— Eu não vou. E é melhor me soltar agora. — Arthur sorriu e a soltou.

— Você vai, sim, nós dois sabemos disso. Meia hora, bonequinha, não se atrase. — Continuou seu caminho até a mesa onde todos estavam e cumprimentou a todos, beijando a mãe e as tias no rosto. — Gostou, Luíza? — provocou, arqueando uma sobrancelha para ela.

— Um espetáculo, Alencar. Se você quiser, eu quero — disse com a cara deslavada, fazendo todos rirem, exceto Otávio.

— Põe espetáculo nisso — concordou Maitê, levantando-se para abraçá-lo. — Oi, moço lindo. — Beijou sua bochecha.

— Oi, moça gostosa.

— Matheus, manda ele soltar sua irmã! — gritou Vinícius, e um coro de risos se estendeu.

Maitê e Arthur possuíam uma forte amizade. Arthur sempre a procurava para desabafar e pedir conselhos, e vice-versa. Não havia qualquer química sexual entre eles, embora tivesse sido Arthur o primeiro garoto que ela havia beijado, mas esse era um segredo dos dois.

— Tire essas mãos daí, Arthur! — disse Gael. Rindo, ele soltou a cintura de Maitê.

Ficaram conversando e tomando cerveja por um longo tempo, enquanto Vitória e Beatriz se revezavam para cuidar das panelas na cozinha. Emanuelly já havia voltado a ocupar seu lugar ao lado de Rafael, e Arthur não perdeu tempo ao se sentar do outro lado. Vez ou outra, levava uma mão em sua coxa, subindo discretamente o tecido do vestido, acariciando sua pele e inflamando cada célula de seu corpo.

Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora