— Pai, não aconteceu nada, é sério — Maitê disse aos risos. Havia saído da piscina para se sentar ao lado do pai, abraçando-o para tranquilizá-lo depois da insinuação maldosa de Matheus. — Vini só me fez companhia porque o imprestável do meu irmão estava trepando com alguma candanga por aí.
— Meu amor, não diga "trepando" — resmungou, encostando a testa no ombro da filha. — Eu não estou preparado para isso, Olívia! Pelo amor de Deus, faça o tempo voltar! — A esposa não conteve o riso.
— Deixe de drama, Gael. Temos sorte por ela ainda ser virgem. Sério mesmo, tendo nosso sangue, isso é um grande acontecimento.
— Real — concordou Matheus. — Luíza, mesmo, perdeu a virgindade com doze anos.
— Ôh, Beatriz! — gritou Otávio, levando as mãos ao peito, fazendo o sobrinho gargalhar de seu desespero. — É verdade essa porra, Luíza?
— Claro que não, pai! Matheus só está semeando a discórdia, como sempre. — Olhou para o primo e arqueou uma sobrancelha. — Quer semear a discórdia, filho da puta? Devo contar onde você me levou há alguns dias?
— Pare com essa merda, Luíza!
— Onde você levou minha filha, Matheus? — Otávio direcionou um olhar assassino para o sobrinho.
— Não tenho nem ideia do que essa louca está falando — desconversou.
Arthur chegou todo dono de si. Como sempre acontecia, todos os olhares se voltaram para ele. Era comum ser o centro das atenções. Sua forma segura de ser, o caminhar meio arrogante, de queixo sempre em pé, eram um charme a parte. Possuía uma aura de dominador nato, como se tudo e todos devessem parar para admirá-lo quando adentrava algum recinto.
— Puta que pariu, hein Arthur! — gritou Luíza, fazendo-o sorrir. Emanuelly saiu de seu lugar e caminhou em direção ao interior da casa, mas no meio do caminho ele a interceptou, segurando sua cintura com possessividade e aproximando a boca de seu ouvido, sem se importar com os olhares sobre eles.
— Espero você em meu antigo quarto em meia hora. Você me deixou com um tesão do caralho e a punheta não aliviou. — Quando seus olhares se cruzaram, ele piscou um olho para ela.
— Eu não vou. E é melhor me soltar agora. — Arthur sorriu e a soltou.
— Você vai, sim, nós dois sabemos disso. Meia hora, bonequinha, não se atrase. — Continuou seu caminho até a mesa onde todos estavam e cumprimentou a todos, beijando a mãe e as tias no rosto. — Gostou, Luíza? — provocou, arqueando uma sobrancelha para ela.
— Um espetáculo, Alencar. Se você quiser, eu quero — disse com a cara deslavada, fazendo todos rirem, exceto Otávio.
— Põe espetáculo nisso — concordou Maitê, levantando-se para abraçá-lo. — Oi, moço lindo. — Beijou sua bochecha.
— Oi, moça gostosa.
— Matheus, manda ele soltar sua irmã! — gritou Vinícius, e um coro de risos se estendeu.
Maitê e Arthur possuíam uma forte amizade. Arthur sempre a procurava para desabafar e pedir conselhos, e vice-versa. Não havia qualquer química sexual entre eles, embora tivesse sido Arthur o primeiro garoto que ela havia beijado, mas esse era um segredo dos dois.
— Tire essas mãos daí, Arthur! — disse Gael. Rindo, ele soltou a cintura de Maitê.
Ficaram conversando e tomando cerveja por um longo tempo, enquanto Vitória e Beatriz se revezavam para cuidar das panelas na cozinha. Emanuelly já havia voltado a ocupar seu lugar ao lado de Rafael, e Arthur não perdeu tempo ao se sentar do outro lado. Vez ou outra, levava uma mão em sua coxa, subindo discretamente o tecido do vestido, acariciando sua pele e inflamando cada célula de seu corpo.
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Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}
RomanceSPIN-OFF DE "PAIXÃO CAFAJESTE" Os mais velhos dizem que é fácil ser jovem, mas descobrir os amores e dissabores da vida não é assim tão simples. Diversão, paixões ardentes e corações partidos... Uma deliciosa mistura de sentimentos nessa comédia rom...