Capítulo 43

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Após o último dia de aula, confiantes e aliviados, os amigos se reuniram em um barzinho próximo à universidade.

O clima estava agradável. Todos riam e se divertiam, e, ainda que a situação entre Vinícius e Maitê ainda não tivesse sido resolvida, mantiveram o ambiente agradável para não estragarem a noite.

Arthur estava mais calado, parecia distante, preocupado com alguma coisa, e Manu logo notou.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou para que apenas ele pudesse ouvir. Ele forçou um sorriso e negou com a cabeça. — Está se sentindo bem?

— Estou bem, não se preocupe. — Piscou para ela, tentando tranquilizá-la, mas a verdade era outra. Estava tenso por ter que fazer o que tinha planejado, e não sabia como contar a ela.

Não exagerou na bebida naquela noite, ao contrário de Emanuelly, que se esqueceu dos limites e se permitiu tomar todas.

— Maitê e Arthur têm uma amizade bacana. — Matheus comentou em certo momento, quando o assunto virou para a grande amizade entre todos eles.

— Assim como Luíza e você — disse a gêmea. — Você a ama mais que a mim, que dividi o útero com você, ingrato!

— Você é meu amor, caralho! — Puxou a irmã e beijou sua bochecha, fazendo-a rir. Estavam tão embriagados que sequer conseguiam disfarçar. — Mas a Luíza é parceira de crime. — Piscou para a prima. A loira levantou seu drink sem álcool, como em um brinde.

— E de putisse — acrescentou, fazendo-os rir.

— Agora eu sosseguei. Minha vida de piranha acabou — comentou com diversão, puxando Ana Clara para lhe dar um selinho. — Virei uma puta domesticada. — Vinícius gargalhou.

— Vocês são desvairados.

— Houve uma época em que vocês deram uma afastada — comentou Emanuelly, referindo-se a Matheus e Luíza. — Achavam que ninguém estava notando, mas todo mundo viu a esfriada na amizade de vocês. — Matheus se remexeu, desconfortável. — O que aconteceu?

— Eu o beijei — disse a loira, atraindo olhares de espanto para si. — Foi só um selinho, estava bêbada e sei lá que porra passou na minha cabeça para agarrá-lo. Matheus ficou possuído de ódio, me levou para casa e se afastou, mesmo depois de eu ter pedido desculpas milhares de vezes. — Todos se mantiveram estáticos. — Foi só um selinho, gente, eu hein! Estava caindo de tão bêbada e nem vi quando ele me deixou em casa, também não lembrava de nada no dia seguinte, foi ele quem me contou depois de eu perguntar o motivo daquele comportamento tão frio comigo. — Olhou seu celular e bufou com irritação. — Que porra! Já não basta me obrigar a morar com eles outra vez, agora vai monitorar meus passos também?

— Seu pai? — Vini quis saber.

— Quem mais seria? — Revirou os olhos e desligou o aparelho antes de guardá-lo no bolso. Fez um sinal para a garçonete e pediu outra bebida sem álcool. Depois do incidente, estava mais cautelosa com o tanto de álcool que ingeria, optando por bebidas não alcoólicas, ou intercalando um copo de água ou suco a cada cerveja ou drink. — Mas enfim, não vamos estragar nossa comemoração. — Levantou sua bebida mais uma vez. — Ao nosso sucesso! — Todos a acompanharam no brinde, e logo as conversas descontraídas voltaram a reinar.

 — Ao nosso sucesso! — Todos a acompanharam no brinde, e logo as conversas descontraídas voltaram a reinar

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Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora