Capítulo 67

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Com o aniversário de Arthur se aproximando, os pais e amigos decidiram organizar uma festa surpresa um pouco adiantada, para que Luíza pudesse estar presente antes de sair de viagem com o namorado.

Tudo correu como planejado. Cuidaram de cada pequeno detalhe sem que ele desconfiasse de nada, e o tempo e dedicação para a organização da festa valeram a pena ao verem a empolgação do homem quando chegou à casa de praia que os pais haviam alugado para passarem aquele final de semana.

Contrataram uma equipe para decorar o ambiente para uma festa luau, com direito a almofadas espalhadas pela areia, um varal com pequenas lâmpadas, uma mesa rústica com vários aperitivos condizentes com o tema da festa e um barman que preparava drinks coloridos deliciosos — com ou sem álcool.

Além da família e amigos mais próximos, também convidaram alguns colegas do aniversariante, tanto do escritório, quanto da universidade, mas esses passariam apenas aquela noite com eles, e o restante do final de semana seria entre família.

— Isso não tem álcool, não é? — Se aproximou da namorada e tomou um gole da bebida que ela tinha em mãos.

— Quer me ensinar a ser prudente? — Arqueou uma sobrancelha.

— Só estou garantindo que não vai embebedar minha filha. — Segurou em sua cintura e lhe deu um selinho. — Já disse o quanto te amo hoje?

— É a quinta vez com essa.

— Só isso? Tenho certeza que foram mais. — Ela sorriu, levando uma das mãos ao seu rosto antes de beijá-lo. — Quer entrar na água?

— Está de noite. — Ele olhou para cima.

— É, é o que o céu escuro quer dizer. — Voltou a encará-la. — Quer entrar na água? — Manu sorriu.

— Talvez mais tarde, vou me sentar um pouco.

— Vou dar um mergulho, depois fico com você. — A beijou rapidamente.

— É bom que não esteja de sunga branca — disse quando ele lhe deu as costas, ganhando sua atenção novamente.

— Ciúmes? — provocou.

— Com toda essa mulherada bêbada aqui? Pode apostar. — Ele sorriu e desabotoou a bermuda de tactel.

— Não é não é branca, amor. — Se livrou da bermuda, jogando-a para ela. — É vermelha. — Piscou antes de correr em direção a água.

— Puta que pariu — murmurou enquanto o comia com os olhos.

— Três vezes. — Se assustou com a irmã que apareceu do nada. — Gostoso mesmo, mas pare de babar, está formando uma poça na areia.

— Vá se foder, Luíza — disse sorrindo, caminhando até onde os pais e tios estavam sentados.

Todos beberam e se divertiram por horas, e no meio da madrugada, após cantarem em volta de uma fogueira enquanto um dos convidados tocava um violão, Emanuelly e Arthur deram a noite por encerrada.

Entraram na casa e Manu correu para tomar um banho morno antes de cair na cama, e logo em seguida foi a vez de Arthur.

A morena vestiu uma camisola branca de seda e foi até a janela do quarto, de onde podia ver a praia a alguns metros dali, observando as pessoas se dispersarem pouco a pouco, até não sobrar mais ninguém.

Levou uma das mãos à barriga quando sentiu um chute leve e sorriu, mas alguns pensamentos perturbadores povoaram sua mente, deixando-a um pouco tensa.

Arthur entrou no quarto segurando um recipiente com alguns morangos, e o deixou sobre um móvel enquanto caminhava até a namorada, que estava de costas para ele, observando a escuridão.

Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora