Na sexta-feira à noite, Maitê passou por Vinícius feito uma flecha. O rapaz estava conversando com um grupo de amigos, abraçado a uma loira, mas quando a viu, correu atrás da morena, seguindo-a até o estacionamento da universidade.
— Maitê! — gritou quando ela alcançou seu carro, sem deixar de correr em sua direção. — O que foi? — Segurou sua mão quando ela fez menção de abrir a porta do motorista.
— Nada, Vini — disse sem olhar para ele.
— Você está chorando? Olhe para mim, por favor. — Tocou seu rosto e a fez encará-lo. — O que há, amorzinho? — perguntou ao ver seus olhos marejados. Se aproximou ainda mais, encostando-a no carro e prendendo seu corpo com o dele.
— Não é nada. — Forçou um sorriso. — É melhor se afastar, Vini.
— Quem fez você chorar, Maitê? — Ignorou seu pedido. A morena espalmou as mãos em seu peito e tentou afastá-lo.
— Vini, Matheus pode aparecer a qualquer momento, e tudo o que não quero nesse momento é ter que lidar com as crises dele. Além disso, tem muita gente olhando.
— E daí? Você deve alguma coisa a alguém? — Ela negou com a cabeça. — Então, que aproveitem o show.
A segurou pela nuca e juntou seus lábios. Sua língua pediu passagem, e Maitê cedeu sem sequer relutar. Amava a forma como suas bocas se encaixavam perfeitamente e como suas línguas se entrelaçavam em sincronia. Era como se tivessem praticado seus beijos durante anos para que fossem perfeitos.
Vinícius se apertou mais contra ela, permitindo que sentisse a ereção crescente em sua calça.
— Credo, que delícia. — Ouviram a voz de Luíza, mas não tiveram pressa. Vini mordiscou seu lábio inferior e lhe deu alguns selinhos antes de se virarem para a loira que os observava com um olhar de cumplicidade.
— Como conseguem ser tão fofinhos e quentes? — Maitê apenas sorriu.
— Somos bons juntos. — Vinícius piscou para ela.
— Aposto que sim. Já foderam? Porque, é sério, vocês são quentes. Eu quase chorei de emoção e gozei de tesão ao ver o beijo de vocês dois. Já imaginaram a cena? Chorar e gemer ao mesmo tempo? — Vinícius e Maitê não conseguiram conter o riso.
— Acontece mais do que você imagina — disse o rapaz. — Nunca chorou enquanto goza? É intenso pra caralho. — Maria Luíza olhou para a prima e fez um gesto com a cabeça, indicando o rapaz.
— Parece entender do assunto, Maitê. Invista, boba. — Ela apenas sorriu. — Convidei Arthur e Matheus para irem lá para casa hoje. Topam?
— Algo em mente? — perguntou Vinícius.
— Só vamos beber feito loucos e jogar conversa fora. Talvez role uma orgia, mas não tenho certeza. — Maitê riu.
— A última coisa que quero é ficar nua no mesmo ambiente que meu irmão.
— Tudo bem, orgia cancelada, mas a bebedeira e a conversa ainda está de pé. — Vinícius olhou para a morena que ainda estava encurralada entre ele e o carro.
— E aí? — Ela deu de ombros.
— Eu não tenho nada para fazer mesmo.
— Aí eu vi vantagem! Só por via das dúvidas, vocês estão se pegando mesmo? Matheus sabe?
— Não, Matheus não sabe — disse Maitê.
— Quando forem contar, deixem que eu dê a notícia? Por favor? — Juntou as mãos em frente ao peito, como em uma súplica. — Quero ver se consigo causar um infarto nele. — Vinícius gargalhou. — Agora é sério, vocês já transaram?
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Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}
RomansaSPIN-OFF DE "PAIXÃO CAFAJESTE" Os mais velhos dizem que é fácil ser jovem, mas descobrir os amores e dissabores da vida não é assim tão simples. Diversão, paixões ardentes e corações partidos... Uma deliciosa mistura de sentimentos nessa comédia rom...