Capítulo 19

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Vinícius olhou para o irmão, que estava sem camisa, e em seguida encarou Maitê. Seu rosto corado e o brilho em seus olhos o fez sentir algo ruim no peito.

Estreitou os olhos e sorriu em descrença, olhando para o irmão mais uma vez. O ciúme o cegou, criando imagens nada agradáveis em sua cabeça. Não tinha ideia que além de ter bebido, a jovem sofrera cócegas, a isso se devia o leve rubor em suas bochechas.

Arthur se pôs em sua frente, impedindo que Maitê o visse.

— Cuidado com o que vai insinuar — sussurrou em tom de aviso para que apenas ele escutasse. — Quer despejar alguma merda sobre mim, faça isso, mas não vai insultá-la.

— Você... Você não tocou nela, tocou? — O encarou com apreensão. — Seria a pior traição, Arthur. E nem digo da parte dela, porque não temos nada, mas da sua, por ser meu irmão e saber como me sinto.

— Não — disse simplesmente. Vinícius continuou olhando em seus olhos e Arthur arqueou as sobrancelhas. — Não rolou nada, Vinícius. — Ele assentiu. — Mas é melhor dizer a ela como se sente. E pare de fazer besteiras, garoto. O posto de babaca apaixonado da família já é meu. — Passou um braço em torno do pescoço do irmão e o puxou para um abraço desengonçado. — E depois quero falar com você sobre essa história de tirar a virgindade dela. É bom que tenha sido gentil, ou nunca mais vai trepar na sua vida porque farei questão de cortar seu pau. Agora chame-a para conversar e seja um bom garoto. Dê orgulho aos nossos pais. — Vinícius sorriu.

Caminhou até a sala e Arthur fez seu caminho para o quarto.

— Tê — chamou hesitante, aproximando-se do sofá. Ela o encarou, impassível. — Me desculpe, amorzinho. — Sentou-se ao seu lado e segurou suas mãos. — Quando eu ouvi você defendendo Arthur com unhas e dentes depois que ele saiu da casa dos seus pais, eu senti um pouco de ciúmes.

— Um pouco? Você surtou, Vinícius!

— Não é para tanto, Tê. — Se aproximou mais dela e levou uma mão ao seu rosto. — Me desculpe, sim? É que você e Arthur vivem tão próximos que me deixa inseguro.

— Vini, meu amorzinho, nós não...

— Eu sei. — Não deixou que ela terminasse. — Fique comigo? — Ela sorriu. — Sei que agi feito um bobo. Não quero que dê um fim na amizade que tem com meu irmão, e prometo que vou me comportar a partir de agora. Mas, fique comigo?

— Essa noite? — Ele a encarou  silêncio por alguns segundos e assentiu com a cabeça. — Tudo bem, Vini. Quero ser sua por essa noite.

Vinícius sorriu e avançou sobre ela como um predador, obrigando-a a se inclinar no sofá até estar deitada. Cobriu sua boca com a dele, iniciando um beijo lento e carregado de promessas, enquanto sua mão passeava pelas curvas de seu corpo.

— NO MEU SOFÁ, NÃO! — Arthur gritou do quarto, fazendo-os rir.

— Seu apê? — questionou, mordendo seu lábio com carinho.

— Que tal um motel?

— Não quero levá-la a um motel, amorzinho. Prefiro que seja algo mais íntimo para nós, como meu apartamento ou o seu, não em uma cama onde outros casais também transam.

— Eu não me importo, Vini. — Acariciou sua barba espessa. — Você disse que me ensinaria e mostraria tudo o que eu quisesse. Quero conhecer um motel.

— Tem certeza? — Ela assentiu. — Vamos ao motel, então — disse sorrindo.

 — Vamos ao motel, então — disse sorrindo

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Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora