Capítulo 68

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— Você o pediu em casamento? — Luíza perguntou surpresa, enquanto caminhava pela praia com a irmã na manhã do dia seguinte.

— Sim. Estranho demais?

— E ele levou a sério? — Manu encolheu os ombros. — Ao menos disse se aceita?

— Disse que vamos nos casar. — A encarou. — Você está me deixando apreensiva, Luíza! Foi muito errado o que eu fiz?

— Errado por quê?

— Eu não sei, você está toda estranha, isso me deixa agoniada. — A loira sorriu.

— Não é errado, só achei... — Fez uma pausa, buscando a palavra correta. — Inesperado. — Riu quando a irmã mordeu o canto do lábio. — Por que tomou a frente?

— Porque ele nunca faria o pedido.

— Como sabe?

— Apenas intuição. — Deu de ombros. — Eu o afastei por tanto tempo, talvez ele tenha criado algum receio acreditando que eu tentaria fugir do compromisso.

— Mas vocês estão bem, não estão? Quero dizer, já superaram toda aquele fase de "te amo e te odeio", não é?

— Estamos bem... — Suspirou. — Eu não sei, Lu, senti vontade de pedir e pedi. Caramba, por que isso é tão estranho agora? — A mais nova riu.

— Você está insegura. Isso é tão bizarro!

— Pelo amor de Deus, Luíza, o assunto é sério! E se eu me precipitei? E se Arthur não quiser mesmo se casar? Meu Deus, eu agi feito uma desesperada!

— Cale a boca, Emanuelly! Se ele não quiser se casar, então não vão se casar e ponto, mas duvido muito que ele vá tentar fugir. Além disso, vocês já vão morar juntos, para estarem mais casados que isso, só assinando os papéis mesmo.

Chegaram na casa no momento em que o carro de Daniel estacionou, e Matheus, Vinícius e Arthur saltaram do veículo.

— Olá, donos de rolas minúsculas que pensam que podem satisfazer suas parceiras apenas com gentilezas e bom humor, tenho algo a dizer: Não podem! No fundo sabemos que vocês são frustrados porque sabem que elas se masturbam escondidas aos prantos para obterem o mínimo de prazer. — Balançou a cabeça de um lado para o outro, fingindo pesar. — Pobres mulheres — lamentou.

— Está bêbada logo cedo, essa infeliz! — disse Vinícius.

— Onde está Ana Clara? — perguntou Matheus.

— Apareceu um moreno bombado e a levou. Clara nem relutou, foi toda feliz com ele. — Luíza provocou. — Dá para entender, não é?

— Está engraçadinha demais, hein! — Estreitou os olhos para ela.

— A noite foi boa — disse Daniel ao descer do carro, caminhando em direção à namorada. — Ela costuma ficar de bom humor. — A agarrou pela cintura e lhe deu um selinho. — Bom dia, Bruxinha.

— Bom dia, tesão. — Fazendo caretas, Vini e Matheus saíram em busca de suas namoradas, e Manu chamou Arthur para terem um momento à sós no quarto, deixando Luíza e Daniel sozinhos.

— Faz tempo que acordou?

— Não muito. Manu e eu comemos um pouco e saímos para caminhar na areia enquanto vocês não voltavam. Aliás, demoraram muito. O que estavam aprontando? — Arqueou uma sobrancelha para ele. — Saíram bem cedo.

— O pneu do carro furou no caminho.

— E com quatro homens no carro, nenhum sabia trocar um pneu?

Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora