Capítulo 47

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Após Vinícius receber alta, no dia seguinte, se recusou a passar alguns dias na casa dos pais, afirmando que estava bem o bastante para ficar em seu apartamento.

Maitê e ele não conversaram sobre a relação. Ela passou boa parte do tempo com ele enquanto estava no hospital, mas não o procurou quando voltou ao apartamento.

Na manhã de terça-feira, encontrou uma amiga da faculdade enquanto deixava o supermercado. A moça quis notícias de Vinícius, e Maitê contou a ela apenas o que chegava aos seus ouvidos.

— Encontraram o homem que fez isso? — A morena negou com a cabeça.

— Perguntamos ao dono da casa, mas havia muita gente ali. Ele passou o contato de três Lucas que haviam sido convidados por ele, mas não era nenhum deles. Minha mãe insiste que ele inventou esse nome, e é bem possível que tenha sido isso mesmo. Além disso, era uma festa de ano novo, as portas estavam abertas para quem quisesse entrar. Pode ter sido um acompanhante de algum convidado, ou algum doido que decidiu entrar para fazer maldade. Interrogaram alguns convidados, mas ninguém conhecia ninguém com as mesmas características e o nome. A investigação vai continuar, mas não nos deram garantia nenhuma de que encontrarão o responsável. — Deu de ombros.

— Espero que encontrem esse infeliz e o façam pagar por isso. Um sujeito como esse não pode ficar solto por aí.

— Pois é. A nossa sorte foi que nada mais grave aconteceu, mas sabe-se lá o que ele ainda pode aprontar com outras pessoas. — A moça assentiu.

— Mas e aí, vocês se acertaram? Vini e você formam um casal tão fofo. — Maitê sorriu e negou com a cabeça. — Qual é, Maitê, ele estava tão abatido no dia que o pessoal da turma dele se reuniu. — A morena franziu as sobrancelhas.

— Você estava lá?

— Sim, fui com um carinha com quem estou saindo há algum tempo. Vini estava bem enquanto seu irmão estava lá, depois ficou mais na dele, se livrando daquela garota inconveniente. — Revirou os olhos. — Sabrina estava se atirando sem qualquer vergonha, e ele se esquivando. Bom, vergonha ela nunca teve mesmo, mas depois que começou a andar com aquela modelo, está se superando.

— Que modelo?

— Uma tal de Taís, eu acho.

— Laís? — Ela assentiu.

— Isso, é Laís. As duas não se desgrudam mais.

— Você tem certeza disso? — Ela assentiu.

— Sim, temos algumas amigas em comum. Sabrina é louca para ser modelo, e essa mulher a está ajudando, agora são como unha e carne. Mas por que o interesse? — Franziu as sobrancelhas.

Maitê contou parte da história de Laís e seu irmão, e em seguida, as mensagens de Sabrina para Vinícius, por fim, a foto que recebeu no dia em que eles estavam com os amigos da universidade.

— Isso é bem estranho. Posso afirmar sem medo algum que naquele dia, Vini estava se mantendo o mais longe possível daquela garota. Sempre que ela se aproximava, tentando tocá-lo, ele saía de perto. Isso eu vi, não foi ninguém que me contou. — A morena ficou pensativa. — Se essa tal Laís teve um rolo com seu irmão, pode ser que estejam juntas nessa. Você sabe, mulher despeitada joga sujo para conseguir o que quer, ou ao menos infernizar a vida alheia.

— Mas que interesse ela teria em me separar do Vini? — A moça deu de ombros.

— Talvez fosse só para provocar, mas depois do tapa que você disse que deu nela... Enfim, Vini e você não podem ficar separados por causa daquela maluca. Tenho certeza que ele não mentiu, Maitê. É muito suspeito que Sabrina tenha feito o que fez, justo quando virou amiga inseparável da ex do seu irmão, que por sinal, vem tentando fazer da vida dele um inferno. Tente esclarecer tudo. — Sorriu. — Eu preciso ir. Diga ao Vini que estimo melhoras. — Piscou para ela antes de se afastar.

Pequenos Cafajestes {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora