Janeiro 2017

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01 de janeiro de 2017

(Quinn)

Quando bateu meia noite, fiz o clichê: abracei a minha mulher e a beijei em meio a Times Square e à multidão. Naquele instante, estava pouco ligando se alguém reconhecesse Rachel, se um fã intrometido tirasse fotos. As celebridades e vips estavam num espaço isolado, cheio de seguranças. Nós não. Estávamos misturadas à multidão, suscetíveis a empurrões e esbarrões. Nada mais excitante. Era como no ano em que nos mudamos para Nova York e passamos o primeiro réveillon juntas numa época em que Rachel era nada além de uma anônima que ainda lutava por um lugar ao sol. E eu também. Era inacreditável. Parecia que isso tinha acontecido há milênios.

"Feliz ano novo, esposa" – Rachel disse ao pé do meu ouvido quando nos abraçamos. Meu coração bateu forte.

"Feliz ano novo, esposa" – repeti e beijei o rosto dela antes de voltar aos lábios – "Como diria a sua irmã" – disse com um sorriso no rosto –
"Vamos chutar alguns traseiros juntas neste ano."

O sorriso de Rachel era a coisa mais linda do mundo. Juro que era. Ficava enfeitiçada quando ela ria para fora, aberto, sem se importar com mais nada. A alma dela ficava leve, linda. Poderia dizer que era o encanto de ser recém-casada e ainda viver o clima de lua de mel. Talvez isso contribua, mas a verdade é que amo essa mulher desde os meus 15 anos, comecei a namorar com ela prestes a completar 18 e, mesmo agora com os meus 22 e meio, já casada, nada mudou.

"A gente bem que poderia voltar para casa e fazer amor" – ela sugeriu.

"Por que não aqui mesmo?" – adorava pequenas aventuras.
Ela gargalhou e me deu um tapinha no ombro.

"Porque aqui está congelando e eu apreciaria estar contigo numa cama quentinha."

Eu a beijei rapidamente antes de pegar na mão dela e ir a conduzindo para longe da multidão na Times Square. Havia fogos, música e a noite continuaria com uma série de shows que eu até que estaria disposta a assistir, mas a idéia de fazer amor com Rachel me agradava muito mais. Andamos de mãos dadas até achar um táxi livre e fizemos uma curta viagem até o nosso prédio na 71th, esquina com a primeira avenida. Abri a porta do nosso apartamento. O ambiente estava silencioso, vazio. Tudo só para nós. Santana passou o ano novo em Ohio com os meus sogros e Johnny. Depois eles viajariam por uma semana para não sei onde. Rachel comentou e eu não prestei atenção. Não me interessava. O que me importava naquele momento era aproveitar o meu momento às sós com a minha mulher.

Beijei Rachel ali mesmo no foyer enquanto trabalhava em remover o vestuário. Primeiro nossos casacos de frio e cachecóis. A boina que Rachel usava foi parar longe. Encostei-a contra a parede ao lado do pequeno corredor que dava acesso aos quartos. Minhas mãos procuraram o limite da blusa de Rachel para sentir a pele macia. Levei três segundos para encontrar os seios e massageá-los um pouco antes de decidir que ainda havia panos demais entre nós. Tirei a minha blusa e sutiã. Rachel me surpreendeu ao atacar meus seios recém descobertos com a boca quente. Murmurei coisas estimulada pelo prazer que as carícias proporcionavam. Voltamos a nos beijar enquanto minhas mãos trabalharam em nossos jeans. Maldito frio que nos fizeram colocar calças e botas. Atrapalhei para retirar as minhas, me desequilibrei e caí de bunda no chão. Reclamaria mais do impacto se não fosse a risadinha deliciosa que invadia o ambiente.

"Bem que você diz ser caidinha por mim."

"Você é muito pouco solidária" – terminei de tirar as botas e aproveitei para me livrar dos meus jeans e da minha calcinha.

"Digamos que eu gosto de ver por debaixo só para variar" – também retirou as botas e os jeans.

"Mesmo?" – permaneci sentada completamente nua no chão – "Que tal você me mostrar o que é capaz de fazer quando fica por cima?"

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