Outubro de 2017

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05 de outubro de 2017

(Quinn)

"Quinn, anda depressa!" – Rachel estava impaciente e próxima ao estado em que queria.

"Estou tomando o meu tempo."

"Mas nós não temos tempo e eu preciso!"

Continuei a provocá-la até que ela me deu um tapa na cabeça. Afastei-me da minha mulher e fingi que estava mortalmente ofendida, como se tivesse sido agredida por um taco de baseball.

"Ficou doida?"

"Por favor..." – Rachel estava quase chorando, me implorando. Eu adorava, mesmo que o momento fosse inoportuno.

"Só se..."

"Quinn!" – ela tentou forçar minha cabeça para voltar ao sexo dela – "Por favor... eu preciso relaxar."

Fiquei com dó de Rachel pela ansiedade que sentia, pelo leve desespero. Era noite de estreia, a casa estava lotada, críticos na primeira fila, convidados e patrocinadores nas seguintes e um vasto público pagante nas demais. Minha Rachel finalmente se apresentaria num grande teatro da Broadway pela primeira vez. Não era como My Fair Lady, Funny Girl ou qualquer outro desses papeis que sonhava, em especial os que já tinham sido interpretados por Barbra Streisand. Era Saltimbancos. O figurino dela era de uma gata. Tinha rabo e tudo mais. Ela estava já maquiada, a peça começaria em 20 minutos, mas ela só entrava em cena depois de 25 minutos de peça. Era a última personagem entre os principais a ser apresentada. Ainda precisava fazer alongamento e um pequeno aquecimento antes. Claro que eu ajudaria no aquecimento. Eu a deixaria bem quente quando deixasse o camarim.

"Não se esqueça de miar, gatinha."
Sorri e meus lábios conectaram ao clitóris. Suguei forte, fiz movimentos rápidos. Rachel gemia como uma gatinha. Exatamente como eu queria. Introduzi dois dedos para acelerar. Estava tão molhada, tão desesperada. O quadril dela se movimentava forte contra o meu rosto enquanto eu procurava aproveitar de todo o néctar que minha mulher fornecia. Quando Rachel puxou os meus cabelos contra o sexo e travou a musculatura, meu trabalho ali estava feito. Dei uma última lambida de fora a fora enquanto o corpo dela ainda tremia antes de me afastar e lamber meus dedos.

"Obrigada!" – disse levemente ofegante. Em seguida, pegou alguns lenços, limpou-se e jogou os papéis na lixeirinha ao lado da penteadeira do camarim.

"Que romântico" – fui propositalmente irônica – "Sem me dar um beijo sequer?"

Rachel limitou-se a vestir a calça e rabinho do figurino e me deu um selinho nos lábios.

"Maquiagem!" – mais um selinho.
"Você vai brilhar" – assegurei – "e eu estarei bem ali na terceira fila para viver tudo isso ao seu lado."

"Sempre" – ela sorriu insegura. Rachel estava mesmo nervosa com a estreia.

"Cinco minutos" – bateram à porta.
Rachel respirou fundo e começou a balançar as mãos para relaxar os braços. Interrompi-a por um segundo e segurei as duas mãos.

"Quebre a perna."

Ela sorriu e acenou. Saí imediatamente do camarim e corri para a minha poltrona. Se demorasse mais um pouco, não me deixariam sair dos bastidores. A família de Rachel estava presente: os pais, os avós e Santana. Beth estava sentadinha entre Juan e Shelby. Passei por ela e sorri, mas a minha filha não retornou minha afeição. Ela nunca retornava. Sentei-me ao lado de Santana e Mike, que veio de Los Angeles só para vê-la. Outros conhecidos também estavam por lá, como Kurt, Josh e Nina. Perguntei se poderia dar um convite a Santiago, mas aparentemente a cota de convites que Rachel tinha terminou por ali. Meu amigo e até a minha mãe poderiam assisti-la de graça, mas em outra data. Jurei a mim mesma que não ficaria magoada. Se minha mãe estivesse na cidade, com certeza ela teria o lugar dela.

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