Fevereiro de 2020

60 3 0
                                    


01 de fevereiro de 2020

(Rachel)

Eu adorava Sundance. Era muito mais interessante estar num festival desses pelos contatos do que em qualquer outro tipo de evento de Hollywood. Você conseguia encontrar as mesmas pessoas do principal time de Hollywood, só que num estado muito mais interessado e menos embriagado. Pelo menos em muitos casos. De fato era possível estabelecer contatos mais pertinentes. Foi assim no ano passado, o que me levou a dialogar com os produtores da série da CBS e de todos os filmes que precisei recusar posteriormente para priorizar a minha vida pessoal. Só tinha mais um episódio a ser gravado na próxima semana e pronto: pausa total. Exceto, talvez, para gravar algumas músicas do meu segundo EP.

Quinn vivia a experiência de Sundance pela primeira vez e eu nunca a vi tão animada. A exibição do curta-metragem foi um sucesso, as críticas foram muito positivas. Infelizmente o filme não ganhou, em compensação, fez com que pessoas interessantes da indústria cinematográfica se aproximassem dela. Apesar de o festival ter se encerrado oficialmente ontem, ainda havia muita gente na cidade. Nós mesmas só iríamos embora amanhã pela manhã. Eu iria direto para Los Angeles e Quinn para Nova York. Ela estava cada vez mais inclinada em assinar com uma agência e fazer carreira independente de produtoras, como a Bad Things. Estava ao longe só observando Quinn conversar com Tobey Simpson, um influente produtor, e Gregory Narkolovich, um influente diretor, na festa de almoço em homenagem aos vencedores e destaques do festival promovida pela organização de Sundance.

Comecei a passar a mão na minha barriga. Entrava na 15ª semana, já tinha uma barriguinha, e o meu médico aconselhou não usar mais calças jeans apertadas, embora tenha passado em frente a uma loja de roupas para gestantes noutro dia e ali se vendia algumas calças adaptadas que achei interessante. De qualquer forma, usava um vestido e meias grossas, além de um casaco quentinho porque o inverno ainda não havia ido embora.

E Quinn tinha razão sobre o sexo. Depois que passou a fase dos enjôos matinais, eu comecei a quase literalmente subir pelas paredes. Tinha de ter relações pela manhã e antes de dormir. Fiz uma pesquisa na internet e aparentemente a causa por eu me excitar mais é o aumento da circulação de sangue na minha região do baixo ventre. Seja como for, o resultado disso é que eu pedia para ter sexo duas vezes ao dia no mínimo e eu sabia que Quinn adorava a minha demanda. Ela era o “pai” da criança, certo? Que cumprisse com a obrigação de me prover conforto. E sem reclamar, como aconteceu ontem a noite quando alegou estar cansada demais para uma terceira rodada. Precisava parar de pensar nisso, do contrário, pegaria minha esposa e a obrigaria a ter uma rapidinha num canto qualquer.

Tinha uma ultra-sonografia em 3D marcada para daqui a duas semanas, tão logo voltasse de Los Angeles. Poderia já ver o sexo do bebê se quisesse, muito embora tinha certeza que se tratava de uma garotinha. Ainda assim estava ansiosa para ouvir o coraçãozinho dela e ter o parecer do médico de como estava o desenvolvimento. Também precisava começar a ver a decoração do quartinho dela. Era uma das melhores partes da espera. A única restrição de Quinn era em não fazermos um quarto rosa. Branco com detalhes rosa? Tudo bem. Mas não predominantemente rosa. Iríamos reformar o banheiro para adaptá-lo a uma criança.

“Se não quiser que ninguém saiba por enquanto, então pare de dar bandeira” – levei um susto quando Luis se aproximou.

Sim, apesar do rompimento do nosso acordo a pedido de Quinn porque ela encrencou com Luis, eu não cortei contato com os melhores amigos que fiz em Hollywood. Amanda, Rom, Luis e Josh Solano sabiam da minha gravidez.

“Bandeira?”

“Você está alisando a barriga a uma meia hora e está vendo aquela jornalista ali?” – apontou para uma moça de meia idade com cabelos curtos e pintados de vermelho – “Ela é representante do Hollywood Now e volta e meia olha para você.”

“Minha gravidez não é um segredo” – refutei.

“Sua gravidez pode não ser, mas e o pai da criança?” – Luis me encarou com seriedade – “Não vou me meter nessa história, Rach, sabe que não, mas você precisa de um plano. Ou dá uma de Jodie Foster, ou arruma um pai de fachada ou conta a verdade.”

“Meu empresário e minha assessora disseram a mesma coisa por telefone, mas eu não quero pensar nisso agora. Tenho coisas mais importantes.”

“Sua carreira é importante. Ou pensa em deixar de trabalhar?”

“Não é isso, é que... Olha Luis, eu agradeço a sua preocupação, mas eu não tenho cabeça para tomar decisões importantes neste exato momento.”

“Rach, não estou dizendo que deva tomar uma decisão neste momento, mas como um amigo que só quer o seu bem, digo que precisa agir menos como uma grávida para não atrair tanta atenção e não ter de responder as perguntas que automaticamente virão.”

“Ok, mas me diga, arrumou muitos contatos?”

“Foi um festival proveitoso” – Luis sorriu – “O filme vai sair neste verão e Infelizmente a sua amada esposa não estará no projeto do Santiago.”

“Que você comprou a preço de banana, diga-se de passagem.”

“Mas há tempo.”

“O que quer dizer?”

“Santiago diz que se você der uma forcinha, Quinn pode aceitar entrar no projeto à tempo. Sei que o problema sou eu, mas Rach, sério, Quinn é perfeita para esse filme e eu estou disposto a oferecer uma boa grana como produtor executivo.”

“Por quê?”

“Por que o quê?”

“Por que a quer tanto nesse projeto?”

“Porque Quinn é bem qualificada, não tem afetações, estrelismos e é disciplinada com a estética.”

“Bom, sendo assim, vou ver o que posso fazer.”

“Você é um anjo” – Luis deu um beijo no meu rosto justo quando Quinn se aproximava.

“Posso saber a razão dessa troca de afeto?” – ela disse no habitual tom enciumado.

“Luis quer que eu te convença a aceitar a proposta dele de você entrar no projeto do filme.”

“Rachel!” – Luis me deu um pequeno empurrão.

“O quê? Não foi o que você disse?”

“Sim” – ele endireitou a postura e encarou a minha esposa – “Santiago está com um ótimo projeto para a direção de arte e temos o orçamento. O filme vai sair mesmo, Fabray, e sei que você é perfeita. Ainda mais agora que finalmente saiu daquele buraco negro da Bad Things.”

“Olha, eu posso ter saído de lá de um jeito que não queria, mas a Bad Things não é um buraco negro.”

“Certo. O que eu queria te pedir é deixar que eu pague o jantar para você e Rachel, então poderei te mostrar que posso ser um cara inserido no jogo da indústria, mas estou muito longe de ser um filho de uma puta ciumento. Me dá essa chance?”

“Um jantar?” – Quinn ergueu a infame sobrancelha.

“No melhor restaurante que possa existir nesta maldita cidade deste maldito estado caipira.”

“Olha o preconceito, Luis” – Quinn deu um tapa no ombro do meu amigo – “Rachel e eu nascemos em um estado caipira também.”

“Aceita, por favor!”

“Passe às oito horas em nosso hotel” – tomei a frente – “Esse horário está bom para você, amor?”

“Claro...” – Quinn revirou os olhos.

Luis me deu outro beijo no rosto. Ele também conseguia ser cara de pau e dos melhores. Abraçou Quinn e se desculpou para conversar com outra pessoa. Quinn e eu nos encaramos e eu morria de vontade de ter a liberdade de me inclinar e beijá-la ou trocar qualquer gesto de carinho de casal em meio ao público. Olhei por cima dos ombros da minha esposa e reparei que a jornalista dos cabelos pintados não apenas nos observava como ela ergueu a bebida dela como se me cumprimentasse. Fiquei apreensiva, mas não quis comentar nada para minha esposa. Não por enquanto.

No final do almoço, enquanto esperava Quinn, que tinha ido rapidamente ao banheiro, para podermos ir embora, a jornalista de cabelo vermelho se aproximou. Ela veio com um olhar determinado que me deixou apreensiva.

“Como vai, senhorita Berry?” – ela tentou ser educada.

“Vou bem, obrigada” – procurei por Quinn. Nada.

“Parabéns pela gravidez” – não fiquei surpresa por ela ter descoberto. Esse pessoal arranca qualquer informação que desejam.

“Obrigada.”

“Então não nega?” – fechei os olhos. Caí na armadilha.

“Não nego, mas é algo que quero manter para mim, se puder respeitar isso.”

“Se me prometer dar uma exclusiva...” – ela abriu um sorriso maquiavélico e me apresentou o cartão – “Tenho certeza que a sua assessora não iria se opor, muito menos a sua agência, já que nós cobrimos vários dos seus colegas com absoluto sucesso.”

“Eu vou levar isso em consideração.”

“Você não está oficialmente em nenhum relacionamento, correto?”

“Não.”

“O que pode dizer sobre o pai da criança?”

“Isso é só da minha conta.”

“Produção independente, senhorita Berry? Ou você terá ajuda de uma amiga especial? Uma jovem fotógrafa que ficou badalada nesta edição de Sundance?” – o sangue sumiu do meu rosto. Meu coração disparou e, de repente, não sabia o que dizer. Era a primeira vez que alguém fora do meu círculo de amizades, profissional ou não, insinuava sobre Quinn de forma veemente – “Claro que sua privacidade será respeitada, senhorita Berry, mas se um dia decidir se abrir em público, pense com carinho numa parceria.”

“Eu pensarei.”

“Se me permite dizer, vocês formam uma linda... dupla.”

Ela acenou e saiu de perto assim que viu se aproximando. Estava trêmula, com vontade de chorar e morrendo de vontade de sair daquele lugar, para longe desses bandos de corvos credenciados.

“O que foi, Rach?” – Quinn passou a mão no meu braço – “Está sentindo alguma dor?” – ela arregalou os olhos e eu vi medo.

“Não... não estou sentindo dor alguma. Vamos para o hotel que eu te conto.”

Quinn acenou e entramos no carro. Sundance foi o céu e terminou levemente infernal. Contei sobre a conversa com a repórter e Quinn também ficou preocupada. A primeira coisa que fiz assim que pude entrar no quarto do hotel e colocar um pouco minhas pernas para cima foi ligar para Nina. Minha assessora confirmou que a Hollywood Now costumava cobrir notícias sobre os atores representados pela agência em que estou. Como aquela foi uma abordagem inédita e eu não tinha amizade com jornalistas, fora Nina e o pessoal que trabalhava com ela. Claro que tinha boas relações com eles, era profissional nas entrevistas, os atendia muito bem.

“Fique tranqüila, Rachel. Eu vou entrar em contato com a jornalista e com a sua agência para encontrar a melhor solução” – Nina me disse ao telefone – “A gente pode encontrar uma solução para dar a exclusiva sobre a gravidez sem revelar mais detalhes que afetem a sua relação com Quinn.”

“Assim espero.”

“Fique bem, querida. Boa tarde.”

“Até mais” – desliguei o telefone e olhei para Quinn, que estava sentada em posição indiana enquanto massageava meus pés.

“Vai ficar tudo bem, Rach” – Quinn me deu um fraco sorriso – “Nina é esperta. Ela vai encontrar uma solução.”

“E quanto a você?”

“O que tem eu?”

“Vai aceitar o convite de Luis?”

“Vou esperar o jantar primeiro, mas se eu for aceitar, será por causa de Santiago, não de Luis.”

Acenei. Havia lógica e coerência. Estava cansada. Fechei os olhos e cochilei um pouco. Precisava descansar desses problemas. Gravidez deixava a gente muito cansada.

...

21 de fevereiro de 2020

(Quinn)

Guardava minha vez na sala de espera do consultório. Recapitulando, passei maus bocados naquele lugar ao longo dos últimos anos por conta dos meus fantasmas e traumas. A doutora Irina Merkulova foi um anjo endurecido que caiu na minha vida. Caiu não, tudo começou, se me lembro bem, graças a uma indicação de Santana e como ela me pagou as primeiras consultas porque eu não tinha a menor condição.

“Quinn Fabray” – Irina me chamou para entrar para mais uma consulta.

Levantei-me e a cumprimentei rapidamente à porta antes de me dirigir para a minha habitual poltrona. Peguei uma bolinha e comecei a manipulá-la em minhas mãos.

“Como passou esses últimos dias?” – ela me perguntou com um sorriso.

“Bem.”

“Como está Rachel?”

“Bem dentro do possível. A barriga dela começou a aparecer pra valer, ela sente dor nos pés, reclama, me acusa de estar deformando o corpo dela com a filha que eu coloquei dentro dela. Nessas horas a filha é só minha, como se eu tivesse a engravidado pelos meios naturais. Chora pelas coisas mais banais. Na hora que não podemos ter sexo naquele exato momento que ela pediu por uma razão ou outra, ela me acusa por supostamente não desejá-la mais e chora porque eu não a acho mais atraente. Está um sufoco” – Irina soltou uma risada frouxa.

“De quanto tempo ela está mesmo?”

“Está na 17ª semana” – abri um sorriso – “Hoje ela disse que começou a sentir cosquinhas dentro da barriga.”

“Isso é um ótimo sinal.”

“O melhor sinal. Teremos uma pequena bagunceira. Só espero que seja o tipo da bagunceira mais parecida com a irmã dela do que com a tia dinda.”

“Tia dinda?”

“É como Santana refere a si mesma quando conversa com a minha filha na barriga de Rachel.”

“O resto da família participa bem, então?”

“Minha mãe passou a me ligar com mais freqüência para saber notícias da neta. Meu pai e minha irmã mandaram flores noutro dia, mas eles continuam afastados. Os Lopez é que encaram isso de uma forma diferente. O meu sogro é o mais babão. Ele disse que já mandou providenciar a decoração do nosso quarto em Columbus. Disse que vai comprar um berço e enfeitar o quarto. Shelby dá uma de durona, mesmo assim o meu sogro dedurou que ela faz cara de feliz toda vez que vê uma roupinha de criança e que já comprou um monte de roupinhas e sapatinhos. Nesse ritmo, nem vou precisar comprar enxoval.”

“E Beth?”

“Ela já fala ao telefone comigo para saber como está a irmãzinha. Não é de conversar muito, mas se considerar que nem isso ela fazia antes, é um tremendo avanço.”

“Pode ser impressão minha, Quinn, mas eu nunca te vi tão feliz assim desde quando iniciamos nosso tratamento.”

“Acho porque essa é a primeira vez em todos esses anos que sinto que tudo está certo na minha vida. Meu trabalho, meu casamento, meus relacionamentos pessoais, minha família. Claro que os problemas estão sempre aí, mas eu vejo hoje tudo com mais otimismo. Talvez seja a chegada do bebê, não sei.”

“Como ficou aquela sua questão profissional?”

“Eu entrei numa agência especializada em representar profissionais de produção e diretores. Além disso, aceitei o convite de Luis Segal para fazer a direção de fotografia do filme escrito por Santiago. Vamos começar a filmar em maio em Ohio.”

“Ohio? Sério.”

“Questão de preço e orçamento. A prefeitura ofereceu imposto reduzido. Por isso vamos filmar nos arredores de Cleveland. Como não quero deixar Rachel sozinha por dois meses, vamos nos mudar provisoriamente para a casa dos avós dela. Eles moram numa pequena mansão com uma casa à parte que nos garante privacidade. Assim eu poderei trabalhar tranquila sabendo que Rachel vai ter assistência e companhia dos avós enquanto estiver no set. Claro que ela poderia ficar em casa com a assistência ocasional de Johnny e Santana, mas acho melhor não. Os dois serão recém-casados e têm a vida atribulada também. E eu realmente não quero deixar Rachel sozinha. Então conversamos e chegamos nesse acordo. Além disso, vamos aproveitar esse período ausente para mandar reformar o quarto da nossa menina, o banheiro, e colocar as redes de proteção nas janelas do apartamento. Johnny disse que pode supervisionar tudo junto com o decorador.”

“Rachel vai dar a luz em Ohio?”

“Não, nossa filha deve nascer em julho e até lá já estaremos de volta a Nova York.”

“Então está tudo em ordem” – Irina fez algumas anotações no tablet.

“Aparentemente.”

“Ótimo, então eu te vejo no final de abril. Quero conversar contigo no final de março.”

“Mas por quê só em abril?” – fiquei realmente confusa.

“Quinn, acredito mesmo que esteja bem neste momento e o que recomendo é que possa viver essa fase intensamente. Já trabalhamos ao longo desses anos com várias questões importantes: os efeitos da criação que teve, a sua sexualidade, seus problemas com Beth, com a família de Rachel e com a sua própria. Lógico que você nunca encontrará perfeito estado harmônico, de felicidade porque isso não existe. Pelo menos não para seres humanos imperfeitos como nós. Mas não há como negar o bom momento da sua vida. Por isso, proponho que você possa atravessar esse período de forma mais fluída e ao final de abril gostaria de checar como estão as coisas para fazer um trabalho de manutenção, garantir que tudo permaneça em ordem.”

“Sério?” – parei de mexer com a bolinha de borracha.

“Sério” – Irina abriu um sorriso – “Estou muito orgulhosa de todos os avanços até aqui, Quinn. Não vou negar que você foi uma paciente desafiadora e por isso estou aqui cheia de orgulho por você ter se trabalhado para dominar seus demônios interiores. Parabéns, Quinn Fabray.”

Saí do consultório cheia de esperança e feliz. Mal podia esperar para voltar para casa e contar as boas novas para minha mulher. Peguei um táxi e nem me importei tanto assim com a breve retenção no trânsito. Assim que coloquei minhas chaves à porta, percebi que Rachel estava ao telefone, andando de um lado para outro, e brigava com alguém. Franzi a testa. O que havia de errado? Coloquei minhas coisas no armário da entrada e esperei ela desligar para entender o que se passava.

“O que foi, Rach?” – perguntei assim que ela desligou o telefone – “Aconteceu alguma coisa?”

“A matéria que saiu na Hollywood Now, que basicamente me colocou como uma arrogante rejeitada por Luis que decidiu partir para produção independente por conta de um capricho.”

“Ok?”

“Olha só isso” – ela praticamente jogou o tablet em minha direção e comecei a ler uma matéria que tinha apenas dois parágrafos.

EXCLUSIVO: ATRIZ DE STAR WARS PARTE PARA PRODUÇÃO INDEPENDENTE

Por Lianna Moretz.

Rachel Berry (25), de Star Wars, decidiu visitar uma clínica de fertilização e partiu para uma produção independente. Boatos de que estaria grávida começaram a circular ainda durante o festival de Sundance e foram confirmados hoje. Tudo indica que a atriz optou por engravidar depois que o relacionamento com o ator Luis Segal (29) naufragou por ele não concordar em assumir um papel mais paternal. O desejo de Berry em ser mãe era tão forte que ela não quis esperar por outro candidato a papai.

A atriz gravou recentemente a última participação na atual temporada do hit Blue Boxes da CBS. Rachel Berry fez o papel da advogada Lois Hannigan, um dos interesses românticos do protagonista Peter Clound (Bob Firestone). A atriz confirmou por telefone sobre a gravidez e que a agenda dela para novos trabalhos na televisão ou no cinema só vai reabrir no próximo ano para se dedicar ao máximo ao bebê em seus primeiros meses de vida. Rachel Berry ficou conhecida nacionalmente pelo papel de Kath na série Slings and Arrows, da HBO, em que atuava ao lado de Luis Segal.

Terminei de ler a matéria e apesar do veneninho normal do início da matéria, que era comum nesse tipo de site. Mas fora isso, a imagem dela não foi depreciada. Só dizia que ela veio de um relacionamento que não deu certo e decidiu iniciar uma família por conta própria. Claro que existiam várias leituras possíveis para a matéria, mas penso que a de Rachel pudesse estar nublada por conta dos hormônios que a deixava com um humor peculiar. Pensei na melhor estratégia: confrontar ou concordar?

“Ao menos aqui diz que você será uma mãe dedicada já que não vai querer trabalhar nos primeiros meses do bebê” – procurei relativizar.

“Eu exijo uma retratação.”

“Com quem você estava falando mesmo?”

“Com Nina! Como ela pôde deixar isso acontecer?”

“Bom, você pode tentar concertar essa imagem contando a verdade, que você vai ter um filho com outra mulher por meio de um processo que sequer é permitido em nosso país.”

“Não pense que eu não faria isso.”

“Mesmo?” – desafiei – “Você contaria a verdade mesmo sabendo que isso poderia atingir mortalmente a sua carreira?”

“Minha honra e minha família são muito mais importantes do que a minha carreira.”

“Não vamos fazer nada de cabeça quente, ok?”

Puxei Rachel para um abraço e a beijei na cabeça. Passei alguns minutos a ninando de pé como se dançássemos uma música muito lenta imaginária.

“Como foi a terapia hoje?” – ela finalmente perguntou.

“Excelente. Irina me dispensou por dois meses” – sorri.

“Isso é ótimo, Quinn. Estou orgulhosa.”

“Eu também.”

Rachel levantou o rosto para me beijar. Fechei os olhos envolvida na boa sensação de estar ali com a mulher que amava e com a minha filha que ainda estava dentro dela. Queria aproveitar o meu ótimo dia ao máximo.














Saga Familia - UnificadaOnde histórias criam vida. Descubra agora