capítulo 61

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Naquela noite tive um sonho esquisito, nele alguém estava correndo, correndo muito, com uma cara de assustada parecia que estava fugindo de alguém. Não deu pra ver muita coisa, o sonho não era muito nítido, mas um coisa que eu lembro muito bem era do local, se parecia muito com a ponte do lago aqui , na cidade.

Acordei assustada e confusa, me sentindo estranha, angustiada meu corpo estava pesado minha cabeça doía um pouco. Levantei, fiz minhas higienes, coloquei meu uniforme, que estava um pouco apertado - isso me assustou, eu tinha engordado, eu sabia! Eu senti isso! " To vendo que hoje o dia não vai ser bom"  - peguei minhas coisas , e desci.

Meus pais não estavam em casa, aproveitei pra sair sem tomar café da manhã  . Não estava a fim de andar hoje então peguei minha bicicleta velha  e fui pedalando até o Colégio. Mas antes de chegar passei na farmácia e me pesei, só pra confirmar minhas suspeitas. Subi na balança e apareceu no monitor 43.5 , eu estava com 42 na semana passada.

Sai da farmácia desapontada, peguei minha bicicleta e continuei pedalando, " Eu não acredito que engordei quase 2 Kg, não acredito. Eu sou uma inútil mesmo " , no caminho para a escola passei em frente a ponte, a mesma ponte do sonho. Parei a bicicleta e fiquei olhando pra ela.

Eu não tinha boas lembranças daquele lugar, foi ali que meu amigo morreu, talvez seja por isso que ela é tão sinistra. Voltei a pedalar, só que agora mais rápido, queria chegar na escola logo, ocupar a minha mente com alguma coisa, nem que seja com as baboseiras que o professor de sociologia fala.

Olhei as horas no relógio, eu estava uns minutinhos atrasada , desci da bicicleta na maior lentidão, passei o cadeado nela e fui andando.

Não tinha muitos alunos no campus, a maioria já haviam ido para suas salas, caminhei até a porta de entrada na maior lentidão, sem animo pra nada... Algumas pessoas me cumprimentaram, mas eu nem dei atenção.

Continuando minha longa jornada até a porta alguém esbarrou em mim me fazerndo cair.

Eu - Aiii - reclamei de dor

Desconhecido - Olha pra onde anda garota! - reclamou uma voz feminina, que eu logo reconheci.

Eu - Você que esbarrou em mim - retruquei.

Mi Cha - Como é? - fingiu não ter ouvido

Eu - Você quem esbarrou em, é voce quem deve olhar pra onde anda - não sei da onde tirei tanta coragem.

Ela deu uma risadinha irônica e depois fechou a cara.

Mi Cha - Quem é você pra falar assim comigo? - se aproximou de mim - acha que tem esse direito só porque o jungkook ta te pegando?... Se toca garota. Você não passa de um objeto pra ele - me extressei

Eu - Assim como você era pra ele - todo mundo ficou em silêncio quando disse isso.

Mi Cha - Sua vadia! - me deu um tapa na cara.

Fiquei sem reação, nunca tinha apanhado no rosto antes, muito menos na frente de todo mundo. Olhei em volta e estavam todos rindo da situação... De mim, eu era uma vergonha.

Abaixei no rosto e sai correndo dali, a procura do meu antigo refúgio : o banheiro. Me tranquei lá dentro e começei a chorar.

Tudo que estava angustiado dentro de mim saiu, em forma de lágrimas e soluços. Sua burra, idiota. Porque você foi confrontar ela, você sabe que não e capaz de fazer isso, e mesmo assim faz... Inútil.

Meu peito doía, a sensação de que todo aquele sofrimento antigo iria voltar era  exorbitante, aquilo tudo me sufocava.

Parei de chorar quando ouvi barulho de passos se aproximando da porta, fiquei em silêncio esperando a pessoa ir embora, mas a mesma parou em frente ao cubículo em que eu estava. Pude ver pela fresta da porta a sombra dos seus pés.

O Amor É Uma Droga | JK .Onde histórias criam vida. Descubra agora