O Amor É Uma Droga | JK .

capítulo 38

Devido a minha total falta de equilíbrio eu acabei escorregando e quase cai, por sorte consegui me segurar no tronco  antes que eu caísse. Eu fiquei pendurada sentada no tronco agarrada nele.

Por puro azar eu tinha deixado meu óculos cair quando me desequilibrei, olhei pra baixo pra ver se o encontrava... Foi ai que meu desespero se transformou em pânico.

Na hora em entrei em estado de choque, meu olho nem se atrevida a piscar, meu corpo ficou imóvel e minha respiração foi diminuindo.

Há muitas coisas das quais eu tenho medo... Mas há dois animais dos quais só de imaginar...ou pensar neles,eu entro em pânico:  aranhas e cobras.

Quando pensei no nome me dei conta da situação em que eu estava. Embaixo de mim no córrego tinham duas cobras enormes iguais aquelas do Brasil,  a anaconda.  O medo tomou conta de mim, não sabia se ia pra frente ou voltava pra trás. Eu pensei em gritar por ajuda, mas pelo jeito ninguém iria me ouvir, o barulho da cachoeira provavelmente não deixaria.

Depois de muito tempo tentando me acalmar resolvi seguir em frente, me arrastei bem devagar, primeiro pra não cair, e segundo pra não chamar atenção dos seres embaixo de mim.

"Meu Deus! O que eu faço agora ",  continuei tentando e tentando,  de tanto me arrastar minhas coxas ficaram todas arranhadas e machucadas.  Eu estava quase chegando até o outro lado quando ouço um estalo.  O tronco parecia ser velho,  então provavelmente ele estava podre.

Senti que ele estava caindo aos poucos,  meu desespero foi aumentando, de tanto medo... Tanto pavor... Começei a chorar.

Chorei igual uma criança assustada, eu até quase chamei pela minha mãe,  pra que ela viesse me salvar, igual quando eu era pequena e aprontava alguma.

Encostei minha cabeça no tronco e esperei o pior acontecer, e chorei. minha cabeça começou a pesar.

-Isaaa! - era como eco na minha cabeça

- Isabella...

Eu não sei se eu estava imaginando coisa, por causa do pânico, mas parecia  que  alguém chamava pelo  meu nome. Esperei mais um pouco pra ver se se repetia.

- Isa...

Ouvi mais uma vez! " Não era imaginação minha ".tentei gritar de volta mas minha voz não saiu alta o bastante.

Segundos depois ouvi passos se aproximando e barulho de folhas se mexendo. Minha visão estava turva,  e embaçada, as lágrimas impossibilitava que eu enxergasse com clareza.

Jungkook - Isa? - levantei meu rosto ao ouvir sua voz - o que aconteceu? - perguntou tentando entender a cena.

Eu - eu... - minha voz saiu fraca- não consigo...

Jungkook - Calma. Eu vou te tirar dai - ele parecia desesperado.

Jungkook não tinha vindo sozinho, pude sentir que havia mais alguém com ele,  forçei meus olhos pra tentar enxergar melhor, mas só consegui ver sombras de duas pessoas, fora o jungkook.

Jungkook - Aqui!,  pegue minha mão - ele se equilibrou na beira do barranco e estendeu sua mão pra mim.

Tentei alcançar sua mão, mas estava muito longe. Vendo que eu não estava conseguindo , ele se aproximou mais um pouco, subindo no tronco onde eu estava.

O mesmo estalou mais uma vez com o peso do jungkook,  esse tronco estava prestes a cair e levar nois dois junto.

Só que o jungkook foi mais rápido, em questão de segundos , antes do tronco desabar, ele se esticou mais um pouco conseguiu me alcançar e me puxou de volta para a terra. Eu acabei caindo por cima dele. Ele me olhou nos olhos e deu um leve sorriso.

Jungkook - Essa foi por pouco - disse ofegante. O tronco caiu fazendo o maior barulho.

Eu mal pude responder,  eu estava tão fraca que acabei apagando.

.........

Minha cabeça estava martelando de dor, eu mal conseguia ficar muito tempo com os olhos abertos, com a claridade a dor só piorava . Quando minha cabeça melhorou um pouco, abri os olhos ; eu estava de volta ao quarto.

Nessa hora, flashbacks começaram a passar na minha cabeça, trazendo atona, lembranças do que aconteceu. Eu estava suja, me levantei pra  tomar um banho, quando sinto algo preso ao meu braço.

Eu estava com uma agulha enfiada  em mim que era ligada uma espécie de tubo com uma bolsa de soro preso em um cano de metal.

Onde foi que arranjaram isso? . O soro ainda não tinha acabado, mesmo assim arranquei aquela agulha do meu braço e fui para o banheiro.

Eu estava com  dificuldades para andar, fui escorada nas paredes até chegar no banheiro.  Tirei minhas roupas e entrei debaixo do chuveiro.

A água quente ardia meus machucados nas coxas, o que não era ruim, a dor era a única certeza que eu tinha de estar viva.

Depois do banho troquei de roupa e me deitei na cama de novo. Ficar em pé por muito tempo me deixou exausta.

Aproveitei pra mexer no celular enquanto me recuperava. Tinham várias chamadas perdidas da minha mãe,  e mensagens dela, perguntando se eu estava bem... Como ta indo aqui... Ou porque eu não a respondia ou atendia suas ligações.

~chat on ~ Omma ❤.

                                     Eu - Oii mãe ❤,  desculpe não ter ti respondido.

                            E que eu sai pra dar uma volta.... E não levei meu celular.

                           Aqui está muito bem... O lugar e lindo.... Muita natureza.... A senhora iria adorar.

~ chat off~

Já eram oito horas da noite,  minha mãe provavelmente já estava dormindo. Não tinha nada de bom na internet, peguei meu fone e começei a ouvir música.

Era o melhor remédio!,  você pegar seus fones, colocar em sua playlist favorita e se desconectar do mundo real.  Era como se você tirasse o cabo do mundo real da tomada e conectar o seu mundo no lugar.

Eu estava na maior good vibes quando a porta do quarto se abre.  Era o Tae, ele estava com a cara triste e preocupada,  se aproximou devagar da minha cama e se sentou na ponta com os olhos fixos nos meus.

Taehyung - Você estava melhor? - tinha preocupação em sua voz.

Eu - Sim - dei um leve sorriso pra ele.

O mesmo retribuiu o sorriso mas não foi convincente.

Eu - E você?,  esta bem? - era claro que ele não estava.

Taehyung - Sim - mentiu.

Eu - Você está mentindo!  - levantei ficando sentada na cama - eu sei que você não está bem... Isso ta na cara - ele abaixou a cabeça. - o que esta acontecendo?

O mesmo não respondeu, continuou com a cabeça baixa, mas pude ver uma lágrima escorrer pelo seu rosto e pingar em seu short. Me aproximei mais e o abracei.

A gente tinha isso, toda vez que um  ficava triste e não quisesse falar o que tava acontecendo, o outro apenas dava um abraço,  e ficava em silêncio.  Era  a melhor forma de consolar e dizer que sempre vai estar lá pra ajudar.

Isso mexeu muito comigo,  normalmente era o taehyung que fazia isso por mim, ele raramente estava triste, era sempre ele quem me animava e alegrava os meus dias.  Agora era a minha vez de retribuir.

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Oii gente... Esta entregue mais um capítulo.

Espero que isso tenha ficado bom, e que vocês gostem 🤗

Um beijo 😘😗, um abraço... Boa leitura📖.... E até o próximo capítulo...

....... Falouuuu... 🖖✌😙