capítulo 57

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Ela falou tão baixo que por um segundo achei quando não estava falando comigo.

Eu - sabe? - ela concordou - como? - perguntei curiosa.

Helena - Está escrito na sua pulseira - apontou Lara meu braço direito.

Olhei pra pulseira azul no meu braço,  e não é que  estava escrito meu nome mesmo. Olhei pra ela é dei um sorriso envergonhado.

Eu - Então, o que a senhora veio fazer aqui? - perguntei mudando de assunto.

Helena - Vim visitar minha filha - me olhou sorridente - e você?

Eu - Eu? - dei um leve sorriso - Eu estou internada aqui - dei de ombros.

Helena - Isso eu sei,  eu estava me referindo a aqui,  do lado de fora do quarto? - olhou em volta. Eu até tinha esquecido o porque de eu ter saído.

Eu - Estou procurando meu papá - olhei em volta.

Helena - Bom... - se virou e ficou do meu lado - Ali naquela ala onde tem algumas cadeiras,  eu vi um homem sentado cochilando na cadeira quase caindo - me olhou.

Eu - Com certeza deve ser ele - falei - obrigada Helena - agradeci.

Helena - Você já vai? - perguntou.

Eu - Sim!  Por quê? - perguntei sem entender.

Helena - Por nada,  achei que você iria ficar mais um pouco - falou com a cabeça baixa - e tão bom conversar com você - sorri pra ela.

Eu -  E muito bom conversar com você também - ela estendeu as mãos pra mim.

Helena - Posso te dar um abraço? - perguntou. Eu não vi nenhum mal em lhe dar um abraço.

Eu - Claro! - ela sorriu e me puxou pra um abraço. Seus braços eram quentes e aconchegantes,  seu perfume era doce e suave com um gosto amadeirado.  Ao abraça- lá senti um acolhimento tão grande, uma sensação de proteção tão forte que me assustou um pouco,  eram sensações que eu não sentia nem quando estava perto da minha Mãe.

Pai - Isabella? - apareceu de repente - O que você está fazendo fora do quarto? - ele me olhava furioso.

Eu - Eu estava procurando o senhor  papá - respondi com medo.

Pai - Agora eu estou aqui,  pode ir pro seu quarto - olhou diretamente pra min. Ele estava muito estranho,  eu nunca o vi daquele jeito.

Eu - Tudo bem!  Estou indo - sua expressão continuou a mesma. Olhei pro lado e vi a Helena  encarando meu pai e me segurando pelos ombros - Papá,  essa aqui e a Helena,  eu a conheci aqui no corredor - Apresentei ela ao meu pai na maior felicidade.

Helena - Prazer,  senhor??? - estendeu a mão pra ele.

Pai - Otávio - respondeu seco. Ele olhou pra ela por um instante antes de apertar sua mão - prazer! - se afastou rapidamente dela. - vamos filha - veio até min - Sua Mãe já me ligou perguntando se a filhinha dela já dormiu - Não sei o porque, mas senti um tom de sarcasmo no que ele falou.

Eu - A mamãe ligou? - ele confirmou - Ela não consegue néh? -  ela tinha prometido não ligar hoje.  Me virei pra Helena - Então tchau,  a gente se vê por aí - abracei ela.

Helena - Com certeza! - se soltou de min - Quem sabe a gente não marca um dia desses pra ir no cinema ou tomar um sorvete... O que acha? - segurou minhas mãos e as balançou igual as de uma criança.

O Amor É Uma Droga | JK .Onde histórias criam vida. Descubra agora