Prólogo

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Notas da autora: 

Olá gente, sou nova aqui no site e nesse ramo de fanfic, essa é a primeira que escrevo. Essa história nasceu da minha insatisfação com o final dado a Dany e Jon na série Game of Thrones. Eu sempre amei esses dois personagens e o shippe que eles formavam, então terminei a série com o coração duplamente partido. Essa fanfic no entanto, é um tentativa de conserta um pouco da radiação que escreveram para esses dois, uma maneira de compensá-los.  Eu também terminei a série com raiva do Jon Snow, mas ciente de que o personagem foi completamente esvaziado pelo roteiro para que a gente tivesse aquele tipo de final. Então por aqui, vou tratar os meus bebês de maneira digna e tentar dar a eles um final que esteja a altura. Sim, parto do final da oitava temporada, mas tenho umas ideias legais pra corrigir algumas questões. A quem interessar,  pegue um todinho (ou café se preferir) e seja bem vindo!

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Vamos orar 

Reze comigo 

Nós podemos trazê-la de volta 

Reze, lembra-se de mim, reze

(Pray -  Matt Bellamy)

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Kinvara olhou atentamente a forma com a qual as chamas dançavam e se agitavam dentro da pequena lareira em seu aposento. Do lado de fora, uma tempestade parecia querer afogar o mundo com sua fúria e os trovões que resgavam o céu ecoavam pelas paredes de pedra do velho templo vermelho de Volantis, o maior já construindo para toda a fé do Senhor da Luz.

De repente no entanto, o som de algo grande e pesado a atingiu e a fez olhar para a porta. O fogo na lareira diminuiu e mergulhou o quarto em sombras, até voltar a brilhar laranja novamente. Fechou os olhos e respirou fundo, reunindo forças para o que precisaria fazer. Estávamos erradas Melony. Nós falhamos novamente.

Sentindo os joelhos fraquejando, Kinvara levou-se e andou até a pesada porta de madeira de seus aposentos sentindo o rubi no colar em sua garganta queimando contra sua pele alva. Suas saias vermelhas farfalharam na escuridão do corredor enquanto ela se aproximava do grande pátio no meio do templo, de onde ela sabia que havia vindo o som.

A chuva pesada a envolveu e a encharcou em segundos enquanto ela se aproximava do enorme vulto negro que se agitava no meio do pátio, abrindo suas asas e rugindo de ódio e frustração. A trovoada seguinte revelou a silhueta do enorme dragão negro que pertencia a Daenerys Targaryen. Drogon, seu nome era Drogon. Como o antigo Khal Drogo, do Grande Mar de Grama.

Drogon esticou suas asas contra a chuva pesada, o som de couro estalando com força contra o ronco dos trovões. Todo o seu corpo preparado para atacar. Quando ele rugiu mais uma vez. Kinvara sentiu o calor de suas entranhas em ebulição e viu o fogo laranja que se acomodava dentro dele prestes a sair a qualquer sinal de perigo. Ele está furioso - pensou - e triste também. Ele também foi traído.

Kinvara deu mais alguns passos para perto do dragão enquanto a chuva tornava suas roupas mais e mais pesadas a casa passo. Aos pés de Drogon, algo se afogava imóvel no chão. Kinvara parou.

- Está tudo bem. Você está seguro aqui Drogon... Você veio ao lugar certo. Eu não queria acreditar... Mas eu estava esperando por vocês.

Ele continuou a encarando, os olhos brilhando como duas piscinas de sangue contra a escuridão da noite. Kinvara chegou mais perto, perto o suficiente para sentir todo o calor que ele emanava e para ver o que ele guardava com tanta ferocidade. A resposta não foi nenhuma surpresa. Ela sabia. Ela sempre soube. Aos pés de Drogon jazia o corpo morto de Daenerys. Os cabelos prateados desgrenhados de uma trança elaborada. A pele cinza e molhada. Uma faca cravada em seu coração. Kinvara olhou para o dragão sentindo lágrimas enchendo os seus olhos. Conseguia sentir a dor dele e de alguma forma... a dela também. Era a única coisa que restava.

Sangue do DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora