Depois de queimar Porto Real e conquistar o Trono de Ferro, Daenerys Targaryen foi traída e morta pelo homem que amava. Seu dragão no entanto, Drogon, a levou para Volantis para que ela tivesse a chance de recomeçar uma segunda vez. Contudo, quando...
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Me ajude, fiz isso de novo
Eu já estive aqui muitas vezes... Machuquei a mim mesma de novo hoje
E, a pior parte é que não têm ninguém para culpar
Seja meu amigo... Me segure, me envolva
Me descubra.... Eu sou pequena
Estou carente
Me aqueça...E me respire...
(Breathe - Sia)
Os candeeiros derramavam uma luz laranja e dourada sobre o salão da Grande Pirâmide de Meereen, onde Daenerys Targaryen recebia seus convidados. O cheiro exótico dos incensos impregnavam o ar e sobre a cacofonia de vozes, tambores eram tocados por mãos habilidosas. Ela levou a longa taça de prata aos lábios, provando um pouco de vinho de caqui e relembrado da vida de rainha que ela havia deixado na sala do Trono de Ferro. Quando o líquido ácido formigou em sua língua, sentiu falta do doce e suave vinho de Yi Ti. Devolveu a taça para a mesa e cruzou as mãos sobre o colo olhando atentamente para cada rosto a sua volta, demorando-se por mais tempo nos olhares frios e nas bocas cerradas numa linha rígida.
Seus convidados se resumiam a maior parte da nobreza de Astapor, Yunkai e Meereen, que ela solicitamente havia convidado a cidade para o julgamento dos mestres capturados no acampamento rebelde. As crias da harpia, pensou com amargura. Não para menos, havia certa tensão no ar, uma insatisfação que era engolida pelos sorrisos nervosos e pelo som cadenciado dos tambores.
A maioria dos nobres não estavam felizes em revê-la, ela sabia. Além de ousar retornar dos mortos, Daenerys Targaryen havia massacrado os exércitos contratados para recuperar Meereen, exigido reféns e sugerido que o imposto de sangue fosse mantido e aprimorado. Seus libertos não podiam ficar desamparados e ela esperava que as Casas da Baía dos Dragões trabalhassem sabiamente juntas para colocar em navios aqueles que desejavam retornar ao local de onde foram arrancados. Àqueles que eram adultos e exerciam algum ofício, deveriam ser pagos por isso, caso desejassem continuar exercendo a função, mesmo se fosse prostituição.
- Nosso convidado especial espera por nós - Daario ronronou aos pés de seu ouvido, a voz profunda e baixa o suficiente apenas para que ela escutasse.
- Ótimo, assim que terminarmos então. Deixe-o esperando mais um pouco, fiquei sabendo que odeiam esperar.
Ele assentiu com um brilho divertido queimando em seus olhos de um azul muito escuro. Ela bebeu mais um gole do vinho ruim e dispensou a comida sempre que uma bandeja com carne de cachorro ou gafanhotos enfiados em mel se aproximava. Com o tempo a fumaça dos incensos começou a arder em seus olhos e foi um alívio quando aquele encontro finalmente acabou. Daenerys tinha seus reféns e aos mestres só lhe restara seu orgulho.