Capítulo 11- Numb

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Você não sabe o que é capaz de fazer comigo

Sim, você me deixa paralisado

Sim, você me deixa paralisado, paralisado

Perdendo a cabeça, perdendo o controle

Engulo o orgulho, você me devora

Sorriso no rosto para esconder minha dor

Tempo desperdiçado, mas para quê?

Não demorou muito e estacionei o carro em frente ao prédio indicado por Camila. Ela suspirou e pareceu aliviada por finalmente ter chegado. Destravei as portas e ela me olhou.

- Obrigada. - disse e já se pôs a abrir a porta e saindo.

Neguei e abri a minha porta saindo e a olhando.

- Você ainda tá brava por mais cedo? - questionei e ela olhou parecendo ponderar.

- Na verdade, aquilo só foi o gatilho para este dia maravilhoso. - ironizou.

- Como se machucou? - disse olhando para o ombro dela.

- Eu me me queimei quando fui salvar uma família de gatos, mas valeu a pena... Gatos são ani... - parou no meio da frase a arregalou os olhos. - Meu Deus! Meu filho! - disse e simplesmente saiu correndo.

- Filho? - franzi a testa. - Espera, Camila! - chamei. - Filho? Você tem filho? - já era tarde, ela entrou no prédio e já corria.

Hesitei, mas não consegui ignorar, primeiro, por que como assim filho? Ela tem filho? E segundo, porque se havia um perigo com esse suposto filho, eu tinha que ajudar. Me peguei correndo atrás dela, notei que ela ignorou o elevador. Fiz o mesmo e segui pela escada. Corri atrás dela tentando alcançar, mas ela era bem mais rápida e tinha um preparo físico bem melhor que o meu. Eu já havia me perdido dela, passando pelo terceiro andar, travei quando escutei a voz dela, olhei e tinha uma porta aberta.

Devagar me aproximei... Andei... Quando cheguei em frente a ela observei dentro do apartamento, Camila estava jogada no chão e parecia está abraçando num monte de pelo, levei um segundo para perceber que se tratava de um gato... Esse era seu filho? Franzi a testa.

- Eu sei, eu sei... Fui uma mãe má. - dizia e acariciava a bola de pelo. - Desculpe, eu vou lhe dar muitas coisinhas gostosas, a mamãe vai comprar patês.

- Nossa. - falei e a mesma pareceu notar a minha presença.

- O que tá fazendo aqui? - questionou e a bola de pelo saltou de seu colo se aproximando de mim.

- Eu... - ia me explicar, mas Camila me interrompeu.

- Não se mexa! - falou rápido e assustada travei no lugar. - Ele não gosta... - de repente o gato estava se esfregando em minha perna. - muito de outras... - Camila me olhava com a testa franzida. - de pessoas...

- Mesmo? - questionei enquanto ele insistia em se esfregar, com cuidado me abaixei.

- Devagar, Lauren... ele vai te... - toquei nele de leve e o mesmo se esticava querendo mais contato. - Arranhar...

- Nossa que fofinho, super dócil. - sorri e a olhei, Camila parecia pasma. - Que foi?

- Ele odeia... Pessoas e... - franziu a testa quando ele se deitou para receber mais carinhos. - Nossa.

Fireproof - (À prova de fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora