Não sou mulher, das que veem
E julgam tudo só de olhar
Eu não sou igual às demais
Que querem as coisas que eles não podem darVem e me ajuda a sentir
Que não preciso de ninguém mais e assim
Não mate a verdade
Pois não sou igual, mas santa eu nunca fui
Eu podia sentir meus pulmões pegarem fogo, enquanto dava o último pique para alcançar os metros finais que levavam até a meu apartamento a tempo de poder ver os raios solares, da manhã de segunda, começarem a dar o ar da graça.Quando cheguei ao portão do prédio e entrei, senti os raios tocarem minhas costas e sorri satisfeita. Ainda exausta e pingando de suor, passei pelo porteiro que me cumprimentou com um “bom dia” ao qual retribui seguindo para o elevador. Entrei e encarei minha imagem no espelho, fiz uma careta, pois estava encharcada. Apertei o botão do quarto andar e retornei a imagem no espelho. Vestindo um shortinho soltinha e uma blusinha colada, tênis, cabelos desgrenhados presos em um rabo quase desfeito, não era lá uma imagem muito atraente. Fiz outra careta. A porta se abriu e segui para o meu apartamento.
Antes mesmo de colocar a chave na fechadura, podia ouvir o miado preguiçoso do meu inseparável bichano, Tony. Abri a porta e senti o mesmo roçando em minhas pernas.
- Oi pra você também, meu amor. - fiz um carinho em sua cabeça e o ouvi ronronar.
Sorri e já fui até a área de serviço, alcançando rapidamente o saco da ração bem próximo num armário que tinha ali. Coloquei um pouco no potinho e conferi a água. Enquanto ele comia segui para a cozinha e já fui colocando a cafeteira para fazer o trabalho, afinal não era nada sem meu bom e velho café. Voltei a sala e segui para o corredor, até chegar a meu quarto.
Mais do que depressa fui tomar banho, estava mais do que necessitada. Após meu calmo e relaxante banho, cheguei a meu closet, onde avistei uma das minhas blusas que compunham meu uniforme. Peguei minha lingerie, juntamente com a calça e meias. Voltando pro quarto coloquei tudo na cama, antes de começar a me vestir peguei meu hidratante e passei. Depois que me vesti, coloquei minhas botas, penteei meu cabelo, retornei ao closet, olhei a minha figura no enorme espelho ao fundo.
- Bem melhor, Cabello. - sorri para a minha figura.
Eu sabia que está vestida com meu uniforme mexia com a imaginação de muitas pessoas, não, não sou uma espécie de narcisista, nem perto disso, mas é uma realidade que precisa ser admitida. Eu não sou uma mulher de se jogar fora, afinal eu, Camila Cabello, sou uma mulher latina, com todos os atributos que faz minha descendência ser digna de apreciação. Desde meus olhos castanhos escuros, meu nariz fino e minha boca carnuda, até meu corpo cheio de curvas acentuadas, tudo em mim parecia está em perfeita harmonia. Não vou mentir, nem ser modesta, principalmente porque unido a tudo isso tinha algo que me fazia ser mais desejada ainda, pois faço parte do corpo de bombeiros da cidade de Miami.
Sorri para minha imagem, alcancei meu óculos estilo aviador, peguei minha mochila com uns pertences e segui pra sala, a joguei no sofá e segui para a cozinha. Peguei meu copo térmico e já coloquei o café, voltei a sala e peguei minha mochila. Me despedi do meu filho peludo e tornei a sair do meu apartamento.
Minutos mais tarde estava dirigindo minha monstrinha presente dos meus adoráveis pais, minha picape Toyota Tacoma branca. Eu admito que a melhor coisa em se ter pais ricos e distantes era justamente os presentes. No último aniversário só precisei mandar uma foto e pronto, a monstrinha era minha. Toda orgulhosa alcancei o estacionamento da corporação, parando bem ao lado do carro da minha melhor amiga, que descia do mesmo. Desliguei a minha princesa e desci. Encarei minha melhor amiga que me olhava bem brava.
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Fireproof - (À prova de fogo)
FanfictionPorque ninguém te conhece, baby, do jeito que eu conheço E ninguém te ama, baby, do jeito que eu amo Faz tanto tempo Faz tanto tempo Talvez você seja à prova de fogo Porque ninguém me salva, baby, como você me salva Sinopse Camila Cabello arrisca s...