Interlúdio ao caos: Impressões.

45 5 5
                                    


Como você descreveria o destino, se fosse caracterizá-lo como uma pessoa? Talvez, para você, ele poderia ser uma figura fria e cruel, que não se preocupa por nada alem de si mesmo e seu trabalho? Ou Talvez ele possa ser alguém benevolente, também? Aquele que lhe acolhe em seus braços mesmo que não admita a mudança?

Acho que é essa fundamental diferença em crenças que realmente retrata o mundo: os que desafiam e os que aceitam. Aqueles que gritam e aqueles que calam.

Se eu, pessoalmente, fosse definir o destino dessa forma, seria como alguém que é estupidamente bom em lidar com estatísticas e dados. Alguém que é capaz de traduzir e interpretar informação da maneira mais completa e exata da qual nenhum ser humano é capaz de alcançar.

Não importa o que faça, não importa como pense estar indo contra a corrente. Ele sempre vai ser isso: o destino, justamente por realmente não ter um resultado final definido. Como ir contra algo que está constantemente se moldando ao seu redor? Eu acho que é impossível.

Isso é destino para mim, talvez seja por isso que o termo me fascina tanto...

Então, eu não vejo o destino como algo que trabalhou contra mim ou qualquer outro discurso exuberante de alguém que se recusa a aceitar a própria realidade. Eu não vejo o destino como algo (ou, nessa minha analogia, alguém) que me deva alguma coisa. Eu vejo o destino como um muito especifico jogo de cartas turvas deixadas sobre minha mesa e em minha responsabilidade de lidar... cartas que outras pessoas não saberiam o que fazer.

Eu não vejo o meu destino como aquilo que justifica a morte de minha mãe nas mãos de um grande herói ou a perda da minha visão da maneira que aconteceu. Mas sim, eu vejo meu destino como o ato de conhecer meu querido Touya e meu amado Shouto. Eu não vejo meu destino como algo que tirou as fundações de minha vida de mim, mas sim como aquilo que me ensinou, mesmo duramente, a ver o mundo como realmente é (irônico o fato de que precisei perder minha visão para isso talvez?). Eu vejo meu destino não como o de alguém submetido a algum conto trágico ou jornada de herói, mas eu vejo meu destino como a chance de mostrar ao mundo como aquilo que recebemos não define aquilo que somos.

Eu não vejo meu destino como o de um salvador. Da mesma forma que ele, afinal de contas, não me considero alguém benevolente. Mas isso não me impede, de com serenidade, poder contar para quem quiser ouvir a história de como, pessoalmente, pude ajudar as pessoas mais importantes para mim.

Não é uma história bonita. Não é uma história completamente agradável. Não é uma história que deva ser contada para as crianças (embora a maior parte dela tenha sido vivida por elas). Mas é a minha história mesmo assim.

Nossa história.

A história das crianças perdidas. De uma família quebrada e reconstruída. 

Lembrando de nossa juventude, de como tudo mudou tão completamente em tantos momentos distintos, acho que posso assumir a direção da narrativa ao reiniciar essa história, essa nova parte dela dizendo: Mesmo que não percebêssemos, as coisas mudariam completamente depois de trazermos Eri para a nossa vida...




Desculpe pela demora descomunal em atualizar??????? 

Um pouco de instrospecção de Izuku para voltar ao clima...

Seriamente, eu lamento. As coisas ficaram mais loucas do que eu imaginava e, no meio disso, a inspiração aqui foi meio que para o ralo... Esse cap demorou um absurdo para sair, visto que ainda estou organizando uma maneira de começar esse próximo arco da história, mas mesmo assim eu agradeço a dedicação e paciência.

Dito isso, eu planejo focar mais nessa história, mesmo que eu cabe lançando capitulos mais curtos do que os que estava escrevendo até recuperar o ritmo dela.


A crueldade em meu mundo (o amor sob suas pálpebras).Onde histórias criam vida. Descubra agora