Capítulo 10

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Parker
Eu sei que posso ser complicado, idiota e muitas outras coisas negativas, e não nego que sou problemático.

Mas naquela hora, eu não consegui ficar calmo não conseguir deixar pra lá. Ele estava falando da Alison e eu não sei o que deu em mim, eu apenas senti raiva não pude contê-la, só eu posso xingá-la, não aceito nenhum outro babaca falando mal dela, apesar de tudo eu cresci com ela, a gente conviveu a vida inteira juntos.

Não posso simplesmente deixar que falem o que quiser dela. Eu não me arrependo de tê-la defendido. Não Me arrependo de ter quase matado aquele babaca no soco.

Agora, nesse exato momento estou no hospital, a perfuração não foi tão profunda. Ele machucou meu estômago o perfurando com aquela garrafa quebrada. O que explica o sangue todo.

Mas não perfurou nenhum dos meus órgãos ou algo assim, o que significa que estou bem. Tony ligou para os meus pais, apesar deu ter suplicado para que não fizesse isso.

E agora os meus pais estão na sala onde eu estou, me enchendo o saco com broncas e mais broncas, porque é apenas isso que eles sabem fazer. Me dá broncas e me deixar de castigo.

– Tá Pai! Eu já entendi!– falei revirando os olhos pela segunda vez, enquanto meu pai falava que eu era mimado e irresponsável, que só se metia em brigas e blá, blá, blá!

– Chega vocês dois, o que importa que o Logan está bem! – Minha mãe gritou irritada com o meu pai.

– Eu tenho que ir agora. Já que o Logan está bem. – Meu pai falou olhando para minha mãe que assentiu e saíram. Agradeci mentalmente por eles terem ido embora.

Alison
Assim que a ambulância saiu, Bryan veio até mim e me abraçou forte, chorei em seu abraço mais ainda. Por que coisas ruins acontecem por minha culpa? Por minha causa? Por que eu sou o problema das pessoas?

Passei o tempo inteiro no carro pensando o quão as pessoas se machucam por minha causa, o quanto as pessoas se machucam por que estou perto. Chegamos em casa, Bryan desligou o carro e entramos.

Assim que entrei em casa. Passou um filme em minha cabeça, a hora do acidente, minha mãe me pedindo para confiar nela e contar as coisas.

O carro batendo no nosso, o nosso carro capotando, eu gritando o nome dela, o meu pai que não dá a mínima pra mim, o Elliot sem querer falar comigo, o Parker sangrando em meus braços por minha culpa.

Eu não consigo. Eu não tenho forças para viver novamente. Cai no chão chorando disparadamente. Bryan correu ao meu encontro e me abraçou.

– Eu não consigo Bryan! EU SOU O PROBLEMA DAS PESSOAS! AS PESSOAS SE MACHUCAM POR MINHA CULPA! – Gritei enquanto o Bryan tentava me acalmar em seus braços. Era tão forte tudo pra mim, eu sentia que não tinha forças suficientes para lutar.

– Alison, Vai ficar tudo bem, eu estou aqui, nada disso é culpa sua. Você precisa se acalmar, por favor não se culpe.__ Bryan falou me tirando do abraço e me deitando em seu colo.

– Você tem que se afastar de mim, você também pode se machucar Bry, e eu não quero machucar mais ninguém!– A dor que eu sentia era tão forte em meu peito.  Como se um turbilhão de coisas tivessem vindo à tona de uma só vez, sem pausas, sem me deixar respirar.

– Eu não vou te deixar! Você não é o problema das pessoas Alison! – Bryan esbravejou.

Depois de alguns minutos deitada em seu colo no chão. Eu me acalmei, e achei que devia ver o Logan. Foi culpa minha ele ter se machucado daquela forma, é o mínimo que eu tenho que fazer.

– Eu preciso ver ele! – Falei calma pro Bryan que me olhou confuso.

– Quem? – Perguntou confuso.

– O Parker, eu preciso ver ele. – Bryan pensou uns segundos ele sabia que eu não iria mudar de idéia, então assentiu.

Parker
Estava dormindo quando a enfermeira que por sinal era gata pra caralho e estava completamente dando em cima de mim, me avisou que eu tinha visita.

Fiquei confuso, o Tony foi na lanchonete comer alguma coisa, meus pais já vinheram. Quem poderia ser?
Assim que falei que podiam entrar, me surpreendi com a visita que era. Alison, por que a visita dela? Me senti tão perdido.

– Você está bem? – Perguntou entrando devagar no quarto. Ela não estava bem.

Suas roupas não eram mais aquele vestido branco que tinha ficado cheio de sangue. Ela tinha mudado de roupa, mas o seu semblante era o mesmo que vi quando estava sendo levado até a ambulância.

– Eu já te disse que sou forte suficiente. – Falei quebrando o gelo e ela sorriu de lado.

– Eu sinto muito por tudo Parker. Eu não queria te machucar assim. – ela olhou para mim, percebi que ela estava se segurando para não chorar, o que ela fracassou, porque suas lágrimas desceram vagarosamente.

– Você falando assim, até parece que foi você que me golpeou com uma garrafa quebrada. – disse forçando uma risada sarcástica. Ela limpou suas lágrimas e se sentou ao meu lado na cama hospitalar.

– mas foi minha culpa, sempre é. –  Ela tá se culpando por algo que não fez? O que está acontecendo com a Alison Walker que eu conheço? A Alison que é forte e não se deixa por vencida, que nunca ficou por baixo?

–  Walker chata, não é culpa sua. Acha que eu ia deixar alguém além de mim te xingar e falar mal de você? – Falei rindo.

– A única pessoa que pode implicar com você sou eu, entenda isso, vou te defender sempre. – bati em seu ombro e ela sorriu.

Me aliviou ver um sorriso em seu rosto. Percebi que ela parecia tão exausta, tão cansada.

– Você parece cansada. É melhor ir para sua casa, não quero que acabe no hospital, porque com quem que eu irei implicar na escola? – ela bateu em meu braço e eu ri.

Ficamos algum tempo conversando, a maioria das vezes ela apenas me escutava falando bobagens. Depois o Bryan disse que ela precisava descansar, concordei com ele, pela primeira vez em toda minha vida, ela se despediu e foi embora.

Será que eu estou realmente cuidando dela?

Eu não aguento vê-la triste, principalmente por tudo que ela passou, sem o pai que não dá a mínima importância para ela, e agora sem o Elliot.

Contínua?

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