– Alison! Como você some assim? – Meu pai perguntou alterado.
– Obrigada por trazê -la Bryan, eu preciso conversar com ela. – Meu pai disse e o Bryan assentiu, se despediu de mim e saiu.
– Eu sinto mui... – disse mas o mesmo me interrompeu.
– Não! Não sente! Você sempre passa dos limites! Você sempre quer fazer o que quer! Isso cansa Alison! Entenda! Para de ser mimada uma vez na vida! Eu tive que largar uma reunião pra pegar o primeiro voo possível! Sabe porquê? Porque o seu irmão me ligou desesperado! – gritou fazendo lágrimas descerem dos meus olhos.
Por que tenho que ser tão sensível! Com qualquer coisa eu estou chorando!
– Eu não queria causas problemas, eu só... precisava ficar só. – falei chorando, enquanto os olhos do meu pai carregava raiva.
– O PROBLEMA ALISON, É QUE VOCÊ SEMPRE CAUSA PROBLEMAS! – Meu pai gritou irritado.
Elliot apareceu confuso e preocupado. Mas assim que ele me viu sentiu um alívio. Eu não sei onde ele estava, talvez também me procurando, mas ele estava todo molhado, provavelmente por causa da chuva que o Bryan tinha me avisado.
– Pai, para com isso! – Elliot disse mas o meu pai o interrompeu.
– Não Elliot! Sabe porquê eu não paro em casa Alison? Porque eu não consigo! EU NÃO CONSIGO! EU TENTO ALISON! EU TENTAVA MAS SEMPRE QUE TE OLHO, SÓ CONSIGO IMAGINAR QUE A SUA MÃE MORREU PORQUE FOI TE BUSCAR EM UMA FESTA IDIOTA! – Ele gritou.
E foi naquele momento que senti uma dor profunda em meu peito, como se rasgasse tudo por dentro de mim.
Se já não bastasse o meu irmão, agora o meu pai não aguenta me ver. Ele sente raiva. Porque de qualquer forma a culpa é minha.
Nada disso não teria acontecido se eu não estivesse ido para aquela festa idiota e ter visto aquilo, e querer sair da festa o mais rápido possível.
Eu não consegui dizer nenhuma palavra. Apenas saí de casa novamente. A chuva estava tão forte, consegui escutar os gritos do Elliot gritando com o papai.
Eu não pensava mais em nada, pensamentos horríveis inundaram minha cabeça. Eu não queria está mais nesse mundo, eu não queria mais sentir essa dor horrível. Eu não queria mais viver.
Parker
Eu iria o mais rápido possível para casa, se meu celular não começasse a vibrar sobre o banco do carro. Resmunguei mentalmente pegando o celular. Deslizei o dedo atendendo o celular.– Quem é? – perguntei.
"Parker? É o Elliot!"
A voz de Elliot não parecia nada feliz.
"Tá perto Da escola?"
– Não, tô chegando em casa! – diminui a velocidade do carro. – Aconteceu alguma coisa?
"Pode passar aqui em casa?"
"Eu estou com uns problemas"
– Problemas? Quais problemas? – perguntei confuso.
"A Alison fugiu."
Desliguei o celular sem pensar duas vezes.
Não, não, não!
Não pode ser!
Ela estava em perigo, e se ela estava em perigo queria dizer que eu podia perdê-la.
Acelerei o carro o máximo que pude. Em poucos minutos eu estava na porta da casa do Elliot. Onde Elliot veio até mim correndo com Bryan em seu encalço na direção do carro.
– É bom que vocês tenham uma boa explicação pra isso, principalmente você. – falei apontando para Elliot.
– A Alison tinha sumido a tarde, mas Bryan a trouxe de volta, antes disso eu fiquei tão preocupado que liguei pro papai. Agora o papai falou coisas horríveis para a Alison e ela fugiu. – Elliot começou a falar atônito.
– Eu liguei pro Bryan, pra saber se ela estava com ele, mas ele não estava com ela. – Elliot disse preocupado.
– Claro, eu devo ter sequestrado ela, por isso me ligaram. – Ironizei revirando os olhos.
Mas eu não tinha como saber para onde ela tinha ido. Eu tinha prometido não me intrometer mais na vida dela, mas eu estava tão preocupado.
Eu não podia negar ajuda para eles, principalmente para o Elliot, apesar que estou bravo com ele e depois ainda darei alguns socos nele.
Elliot e Bryan corriam atrás de mim enquanto eu me aproximava a passos pesados e rápidos da entrada da casa.
O senhor Walker, estava sentado nos degraus da frente da casa, com as mãos na cabeça.Claro depois de ter falado coisas horríveis para a própria filha, no mínimo tinha que se preocupar com ela. Se é que ele estava preocupado.
Adentrei a casa, que estava com a porta da frente aberta enquanto Amy, e Mona andavam de um lado para o outro, nervosas. Eu não sabia o que fazer, mas parado eu não podia ficar. Dei partida, dirigia pelos arredores do bairro que a garota morava.
A cada segundo eu sentia como se aquilo fosse culpa minha também.
Seu idiota, não deveria ter beijado ela, nem ter sentido vontade de beijá-la e quase beijá-la duas vezes! Ter se intrometido tanto.
A Alison era surreal demais pra mim.
Todas as vezes que a imagem dela surgia em minha mente ela sempre estava chorando. O que me deixa mais preocupado ainda e com o coração na mão.
Lembrar do que os caras faziam com ela por conta do babaca do Mike, aquele babaca que tentou agarra-la à força na festa, o idiota do Elliot a culpando por algo que ela não fez e mesmo assim ela já se culpava. Só consigo ficar mais irritado ainda, quando lembro que ela fugiu por conta do pai, eu não acredito que o próprio pai à culpa.
– Merda! – grunhi, dando um tapa no volante.
Encarei uma imagem encolher-se sobre o pouco de roupa que usava andando em passos lentos pela chuva de cabeça baixa.
Era ela, não tinha como não ser. Parei o carro do outro lado da rua e travei-o enquanto corria na direção da menina. Seus olhos castanhos vermelhos devido ao choro se voltaram para mim supresa, seu cabelo encharcados e molhados grudados em seu rosto, suas roupas molhadas, seus braços entrelaçados um no outro tremiam de frio.
– Tem noção do medo que você me deu, menina? – falei e sorri de lado.
Ficamos em silêncio parados em frente um para o outro, por alguns segundo.
– Eu sei da briga com o seu pai. – Quebrei o silêncio.
– Você se sente mais culpada né? – perguntei o óbvio. Ela confirmou com a cabeça, se encolhendo mais ainda por conta do frio.
– Não quero deixar ninguém preocupado. Nem meter ninguém em mais problemas – ela disse com uma voz rouca e embargada pelo choro.
– Nada disso vai acontecer, pode ter certeza. – Ela me encarou confusa.
– Não quero que você se machuque mais – disse afastando os fios de cabelo que estava grudados em sua boca.
– O tempo inteiro, desde o acidente, tudo que acontece com você me afeta de alguma forma e – respirei fundo, era como se eu estivesse jogando tudo pra fora. Eu precisava fazer isso, mesmo não querendo.
– lembra que você me perguntou se eu sinto? – perguntei receoso e a garota confirmou confusa com a cabeça.
Peguei sua mão e a depositei em meu peito.
– Eu sinto!
Contínua?
(GENTE, NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR, POR FAVOR, ISSO ME MOTIVA MUUITO!💙)
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ACASOS
Teen FictionDois meses após o trágico acidente que sofreu de carro que matou sua mãe. Fez Alison Walker de 16 anos líder de torcida, se sentir morta, e culpada pela morte de sua mãe, Alison sente que sua vida se foi assim que a da sua mãe se foi. Mas quem menos...