Parker
Depois de ter completamente desabafado com a garota de cabelos castanhos, fui até o vestiário, entrei no chuveiro.Eu não parava em pensar em como a garota ficou estranha assim que eu disse aquelas coisas pra ela, eu não sabia ao certo o que passava na cabeça da garota mesmo com a nossa conexão maluca.
Eu também não sabia ao certo o que acontecia comigo, e merda aquilo me incomodava, ficar sem respostas me incomodava.
Mas quando eu presenciei a Alison correr em direção do amigo e o beijar, aquilo foi como se meu coração estivesse sido esmagado e pisado, eu não queria ter visto aquilo, senti uma dor forte em meu peito quando vi a mão do idiota passear pela cintura da garota.
Alison podia ter escolhido todos os milhares de jeitos de pisar em mim, mas ela escolheu o pior deles.
Às vésperas do último jogo ela aparecera lá na escola, com um sorriso tímido por entre os lábios. Claro que eu fingi e muito bem, mas claro que ela percebeu que eu simplesmente não agiria da mesma forma que agi antes.
Dessa vez, sem derrubar seus livros no chão, bater a porta de seu armário, eu simplesmente me contentei em apenas passar reto, sem olhar pra trás, simplesmente a tratando como ela tratou o "nós".
Eu apenas deixei o meu pior lado, o lado mais ruim de Logan Parker.
Fechei o armário, virando-me na direção da escadaria dando de cara com a garota de cabelos castanhos com um olhar surpreso, talvez ao ver o babaca que na manhã passada tinha completamente se aberto com ela e que ela fez a questão de beijar outro em sua frente.
Desviei o olhar da garota, o direcionando para uma garota que passara ao meu lado, dei um sorriso de lado malicioso fazendo a garota de cabelos castanhos me olhar confusa.
Eu não iria deixar ela simplesmente fazer aquilo comigo e não iria devolver. Na verdade eu não sei o que realmente senti, eu não entendo o porquê que eu fiquei tão frustrado pelo simples fato da garota beijar outro em minha frente sendo que eu não sou nada dela.
Eu sabia que naquela altura do campeonato eu e Alison não éramos mais inimigos, porque eu simplesmente não conseguia sentir ódio dela, pelo contrário, eu sentia que tinha que protegê- lá, eu sinto a necessidade de tê-la por perto, e é exatamente isso que eu não consigo entender.
O porquê da Alison ser como uma droga que eu estava em abstinência.
Depois de ter treinado por algum tempo no campo, me troquei no vestiário e fui até o estacionamento da escola.
Meus olhos pousaram em Jeff do time de baseball que me encarava. O garoto alto trazia nos olhos raiva.
Eu sabia que o time de baseball não iria deixar barato aquela briga que eu havia começado. Apesar dele soar intimidador, eu sabia da merda que tinha feito, eu sabia que aquilo causaria consequências.
– O que porra você quer, Bridges? – Falei irritado.
– Resolver algumas coisas! – ele respondeu.
– Acha engraçado defender a garota dos outros? – Eu ri abafado.
– Ah, e você, Jeff bridges, acha legal ficar passando a mão em uma garota porque o filho da puta do seu capitão espalhou uma mentira? – provoquei.
A investida que recebi no meu olho esquerdo rapidamente me deixou tonto. Enquanto os socos vinham de cima, dos lados e por todos os lugares.
Claro que ele não seria louco de partir para briga sozinho, estando tão próximo de parte do meu time.
O garoto me puxou mais para trás enquanto mais gente do time de baseball aparecia para me cercar.
Acertei um soco em seu rosto, mas eu estava cansado, exausto.Os garotos do time de baseball me espancaram tanto que eu não conseguia mais manter meus olhos abertos. tinha gastado toda a minha energia e força física no treino mais cedo.
– QUE PORRA É ESSA AÍ? – o grito de Daniel entoou por todo o local.
Eu me encontrava pateticamente sentado no asfalto do estacionamento, segurando o pulso com força, sentindo a dor preencher todo o meu corpo.
Tony, Daniel, Noah, Dylan, e Zach me encaravam assustados. Dylan passou o braço por minha cintura, me ajudando a levantar.
– Apoia o peso em mim, capitão! – Dylan disse.
– Que merda aconteceu aqui? – Tony bradou irritado, andando de um lado para o outro.
– Eu só preciso ir para casa. – Falei deixando todos surpresos. Eles queriam me levar para o hospital.
Entreguei a chave para Tony, pro mesmo poder dirigir pra mim.– Só me leva pra casa. – Pedi pro mesmo.
Tony adentrou o carro e os cara do time me ajudaram a entrar também. Ele deu partida no carro.
Assim que cheguei em casa, dei de cara com a minha mãe que expressava desespero.
– Logan, o que aconteceu? – perguntou desesperada.
– Uns caras não gostaram de que estamos ganhando a temporada no jogo e foram tirar satisfação. Não se preocupe. – menti.
– Mas a gente pode ir no hospital? – perguntei, Eu não estava aguentando toda a dor que sentia.
Contínua?
(NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR SOBRE O CAPÍTULO ISSO ME MOTIVA MUUITO A CONTINUAR)
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ACASOS
Teen FictionDois meses após o trágico acidente que sofreu de carro que matou sua mãe. Fez Alison Walker de 16 anos líder de torcida, se sentir morta, e culpada pela morte de sua mãe, Alison sente que sua vida se foi assim que a da sua mãe se foi. Mas quem menos...