Epílogo

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Hoje faz exatamente três meses que aconteceu o acidente, e como consequência; levou a vida de minha mãe. Eu não consigo imaginar que algum dia eu iria encontrar novamente a vida, e a alegria que é viver, mas sim, eu consegui.

Dois meses após a morte de minha mãe, eu estava morta, morta por dentro, eu me sentia como se a minha vida estivesse ido junto com a dela. Agora as coisas mudou, quer dizer, está começando a mudar, porque alguém me tirou do abismo em que eu vivia, e essa pessoa era quem eu menos esperava e imaginava.

Hoje é o dia de celebrar a morte da minha mãe, estará todos no memorial, e eu estou com medo, medo de realmente se despedir da minha mãe, eu não sei se estou preparada para seguir em frente. E nesse exato momento estou na frente do espelho falando pela terceira vez que eu vou seguir em frente.

E dessa vez é real, eu sinto que tenho que seguir em frente, a minha mãe precisa estar livre da minha tristeza e desse mundo, e para isso, eu tenho que seguir em frente, para ela poder ser feliz no lugar onde ela está.

Escutei a porta de meu quarto ser batida e logo depois aberta.

- Está pronta? - Elliot perguntou vindo em minha direção.

- Sim, quer dizer... Não! - Disse me sentando na beira da cama. Eliot Me olhou confuso.

- O que houve? - O garoto perguntou sentando-se também na cama.

- Elliot, eu... Não sei se estou preparada para o memorial da mamãe, a nossa família estará lá, e além deles, as pessoas proximas da mamãe. - abaixei a cabeça, meu coração palpitava como se fosse sair do meu peito. Eu não sei o que sentia direito, era um misto de nervosismo, medo, e ansiedade.

- Alison, tá tudo bem, você precisa ser forte e tudo ficará bem, eu prometo que vai ficar tudo bem. E, você me prometeu ir ao psicólogo uma vez por semana, isso vai te ajudar muito, você precisa de ajuda.

- Eu sei, eu deveria ter pedido ajuda antes... mas eu acho que não queria ajuda. Eu quero agradecer por estar ao meu lado, eu te amo Elliot - Elliot soltou um sorriso frouxo e me abraçou.

- Eu também te amo, Ali. Mais do que tudo. Você só está um pouco nervosa, certo? Isso vai passar, você é forte. - Elliot perguntou me fazendo concordar com a cabeça

Eu precisava ser forte, forte por mim, e forte pela mamãe. Descemos as escadas, saímos de casa e fomos em direção do carro, adentramos o mesmo e o Elliot deu partida. Assim que chegamos na igreja, estava tudo lindo, as flores brancas que haviam dentro da igreja me acalmava cada vez mais, e o ambiente me acalmava.

Já haviam algumas pessoas da minha família, e as pessoas próximas de minha mãe e dos Walker, inclusive pude ver o Bryan em uma das fileiras junto a Amy, Mona e Jennie que deram um sorriso fechado assim que me viram.

É, depois daquela noite eu e a Jennie nos tornamos amigas. O Mike? Eu não podia deixar aquilo passar, depois de tudo, Jennie conseguiu forças para denúncia-lo e fomos juntas com o Logan. Claro que não deu muito certo, à família do Mike arrumou um jeito de tirá -lo o mais rápido possível da cadeia, ele não passou um dia sequer lá. Isso é injusto e errado, a justiça e o mundo é errado.

Tinha muita gente no local e era estranho ver aquelas pessoas com os olhares totalmente direcionados à mim e o Elliot, e era isso que me incomodava um pouco. Nos sentamos na primeira fileira, nessa fileira avistei o papai que mantia a cabeça baixa. Depois que eu e o Elliot chegamos, o padre falou algumas coisas de superação e seguir em frente, que me fez chorar, às lágrimas desciam de meus olhos sorrateiramente, eu queria me acalmar mas era meio que impossível.

Assim que o padre terminou de falar senti Elliot segurar a minha mão mais forte do que nunca, como se ele quisesse me passar segurança.

- Alison, você tem que subir lá. - Elliot disse com a voz falha, talvez porque ele chorava junto à mim também.

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