Acordei com uma dor horrível na cabeça, como se a dor me puxasse para a morte.
A dor era tão insuportável, quanto a dor de ganhar uma criança, bom, pelo menos eu acho, eu nunca tive uma criança. Me levantei desconfortável com a dor, eu não sei o que aconteceu ontem desde que fui dançar com a garota desconhecida.
A minha cabeça doía insistentemente, fui até o banheiro e escovei os dentes, meu hálito de álcool era tão forte que nem eu mesma aguentava, aliás o que deu em Alison Walker para ela acabar bêbada nesse estado de nem se lembrar o que aconteceu?
Entrei no chuveiro, a água caía sobre o meu corpo totalmente gelada, eu só poderia está sob o efeito do álcool, porque era inverno e eu estava tomando banho gelado. Deixei a água cair sobre todo o meu corpo e cabeça, aquilo relaxava apesar de ser um banho gelado.
Saí do banheiro enrolada na toalha, fui em direção do meu closet, era domingo, ou seja; sem aula. Vesti um short jeans cintura alta e uma camiseta qualquer.
Desci as escadas e fui em direção da cozinha, me sentei em uma das cadeiras, o Elliot estava sentado em outra.
– Devo dizer bom dia à uma bêbada?– Elliot perguntou enquanto eu deitava a minha cabeça sob a mesa.
– Vai se ferrar Elliot! A minha cabeça não para de doer! – Gritei de dor, Elliot riu com o ato como se aquilo fosse engraçado, palhaço idiota.
– Bebe isso. – Elliot empurrou o copo com café em minha direção, provavelmente aquele café era sem açúcar, eu tivera dado ao Parker quando ele chegou em minha porta bêbado.
– Eu não vou beber isso Elliot! – Empurrei o copo de volta pro mesmo.
– Cabeça de E.T, você está de ressaca, e essa dor aí que você está sentindo agora, é fruto do seu curtimento na festa. – Elliot empurrou o copo novamente pra mim.
A festa, eu não fazia a mínima ideia do que aconteceu na festa, e aquilo me preocupava, pelo simples fato de que eu não sou acostumada a beber e eu provavelmente fiz merda ontem, eu sei que eu fiz, e eu vou lembrar uma hora ou outra.
Peguei o copo da mesa e tomei o café sem açúcar, aquilo era patéticamente horrível, e isso me fazia lembrar toda hora que essa seria a última vez que eu beberia.
– Elliot, eu não faço a mínima ideia do que aconteceu ontem a noite, eu vou conseguir lembrar? – Perguntei deitando a minha cabeça na mesa novamente.
– Bom... provavelmente quando sua ressaca passar você irá lembrar, e eu não vou te contar enquanto isso. – Elliot levantou-se da mesa com um sorriso malicioso no rosto. Aquele babaca sabia de alguma coisa.
Levantei da mesa e fui até a sala, me deitei no sofá, e foi assim que eu passei a tarde inteira de domingo, eu caí completamente no sono, acordei sete e trinta e três da noite. Como um ser humano dorme isso tudo? Eu acho que não sou desse mundo, só pode.
Levantei-me do sofá, mas a dor continuava alí, eu pensei que aquela desgraça iria embora com aquele café horrível que o Elliot me dera para tomar.
Aliás onde o babaca estava? Olhei a casa inteira e estava em um silêncio tenebroso, como se eu estivesse sozinha naquela casa.
Escutei a porta ser batida ríspidamente, fui em direção da mesma, ao abri-la me deparei com quem menos eu esperava.
– Que merda você tá fazendo aqui Logan? – Perguntei vendo o garoto na porta assim que a abri.
– Alison, a gente pode conversar? – O garoto perguntou com seriedade no olhar, me assustei o que o Logan queria falar comigo naquela hora da noite?
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ACASOS
Подростковая литератураDois meses após o trágico acidente que sofreu de carro que matou sua mãe. Fez Alison Walker de 16 anos líder de torcida, se sentir morta, e culpada pela morte de sua mãe, Alison sente que sua vida se foi assim que a da sua mãe se foi. Mas quem menos...