Saímos de casa e entramos no carro dele. Bryan entrou e ficou me olhando.
– Alison, o que aconteceu hoje cedo? Eu não tinha te encontrado no intervalo, e você não parecia bem. – Bryan perguntou me olhando atentamente, esperando por uma resposta.
– Eu estou bem. – falei as únicas palavras que veio em minha cabeça.
– Não, não está bem, desde quando você mente pra mim? Você fala como se estivesse falando pra si mesma, mas acontece que você não está bem, e cacete! Por que não me fala! – Bryan gritou frustrado, fazendo minhas lágrimas descerem vagarosamente. Abaixei a cabeça e as enchuguei.
– O Elliot, ligou pra mim. – Respondi de cabeça baixa.
– Ele pediu desculpas por não consegui me olhar na cara, por não conseguir viver sobre o mesmo teto que eu, porque toda vez que ele me ver, sente raiva. – falei começando a chorar.
– Ele... Ele te culpou? – Bryan perguntou surpreso e irritado.
– Ele disse que não queria me culpar, mas disse que não aguenta me ver porque ele lembra da mamãe. E ele está certo, a culpa de toda desgraça é minha.
– MAS QUE MERDA! O QUE O ELLIOT TEM NA CABEÇA? A CULPA NÃO É SUA ALISON! PARA DE SE CULPAR! – Bryan gritou Exasperado. Mas nada que ele fala vai mudar o que estou sentindo. Nada vai mudar.
Eu não parava de chorar igual uma criança, eu me odeio por ser tão chorona. A dor que eu sentia naquela manhã. voltou.
– Eu só quero que faça parar essa dor, por favor faça parar. – Falei chorando agora olhando em seus olhos que traziam tristeza sobre os meus.
Senti Bryan me abraçar fortemente, como se quisesse me passar proteção.
– Eu estou aqui, tá tudo bem. – Bryan disse ainda me abraçando. Saí do abraço e enchuguei minhas lágrimas, para me recuperar.
– Podemos ir. – falei limpando as lágrimas.
– Não, a gente não vai, você não está bem. – Bryan disse e o olhei sem reação.
– Eu quero ir, eu estou bem. – Me recuperei dando mais firmeza para a minha voz.
Bryan assentiu com relutância e ligou o carro. O caminho foi extremamente silencioso.
Alguns minutos depois, chegamos na casa dele, Bry parou o carro e eu desci, ele desceu logo depois e fomos em direção da porta.
Bryan abriu a porta e a senhora Clifford estava nos esperando na sala.
– Alison, eu fico feliz que veio. – A Sra. Clifford veio em minha direção me abraçando.
– Eu também. – falei sorrindo.
– Ainda bem que fiquei insistindo pro Bryan te chamar, se não ele nunca chamaria. – Ela disse rindo me fazendo ri junto. Olhei pro sofá e vi a Moly, irmã pequena no Bryan.
– Oi Moly, como você está linda. – falei indo até o sofá e ficando do seu tamanho.
– Obrigada, você continua linda Ali. – Moly disse com um sorriso lindo no rosto.
– Como você cresceu pequena. – Falei e ela me abraçou.
– Bom, vamos jantar? – A Sra. Clifford disse e fomos até a cozinha, Moly não desgrudava as mãos da minha.
Sentamos sobre a mesa, a Sra. Clifford sentou na ponta, a Moly na minha frente e o Bryan ao meu lado.
– Então Alison, ainda é a capitã das líderes de torcida? – Ela perguntou animada, colocando nossos pratos.
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ACASOS
Fiksi RemajaDois meses após o trágico acidente que sofreu de carro que matou sua mãe. Fez Alison Walker de 16 anos líder de torcida, se sentir morta, e culpada pela morte de sua mãe, Alison sente que sua vida se foi assim que a da sua mãe se foi. Mas quem menos...