Capítulo 24

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Saímos de casa e entramos no carro dele. Bryan entrou e ficou me olhando.

– Alison, o que aconteceu hoje cedo? Eu não tinha te encontrado no intervalo, e você não parecia bem. – Bryan perguntou me olhando atentamente, esperando por uma resposta.

– Eu estou bem. – falei as únicas palavras que veio em minha cabeça.

– Não, não está bem, desde quando você mente pra mim? Você fala como se estivesse falando pra si mesma, mas acontece que você não está bem, e cacete! Por que não me fala! – Bryan gritou frustrado, fazendo minhas lágrimas descerem vagarosamente. Abaixei a cabeça e as enchuguei.

– O Elliot, ligou pra mim. – Respondi de cabeça baixa.

– Ele pediu desculpas por não consegui me olhar na cara, por não conseguir viver sobre o mesmo teto que eu, porque toda vez que ele me ver, sente raiva. – falei começando a chorar.

– Ele... Ele te culpou? – Bryan perguntou surpreso e irritado.

– Ele disse que não queria me culpar, mas disse que não aguenta me ver porque ele lembra da mamãe. E ele está certo, a culpa de toda desgraça é minha.

– MAS QUE MERDA! O QUE O ELLIOT TEM NA CABEÇA? A CULPA NÃO É SUA ALISON! PARA DE SE CULPAR! – Bryan gritou Exasperado. Mas nada que ele fala vai mudar o que estou sentindo. Nada vai mudar.

Eu não parava de chorar igual uma criança, eu me odeio por ser tão chorona. A dor que eu sentia naquela manhã. voltou.

– Eu só quero que faça parar essa dor, por favor faça parar. – Falei chorando agora olhando em seus olhos que traziam tristeza sobre os meus.

Senti Bryan me abraçar fortemente, como se quisesse me passar proteção.

– Eu estou aqui, tá tudo bem. – Bryan disse ainda me abraçando. Saí do abraço e enchuguei minhas lágrimas, para me recuperar.

– Podemos ir. – falei limpando as lágrimas.

– Não, a gente não vai, você não está bem. – Bryan disse e o olhei sem reação.

– Eu quero ir, eu estou bem. – Me recuperei dando mais firmeza para a minha voz.

Bryan assentiu com relutância e ligou o carro. O caminho foi extremamente silencioso.

Alguns minutos depois, chegamos na casa dele, Bry parou o carro e eu desci, ele desceu logo depois e fomos em direção da porta.

Bryan abriu a porta e a senhora Clifford estava nos esperando na sala.

– Alison, eu fico feliz que veio. – A Sra. Clifford veio em minha direção me abraçando.

– Eu também. – falei sorrindo.

– Ainda bem que fiquei insistindo pro Bryan te chamar, se não ele nunca chamaria. – Ela disse rindo me fazendo ri junto. Olhei pro sofá e vi a Moly, irmã pequena no Bryan.

– Oi Moly, como você está linda. – falei indo até o sofá e ficando do seu tamanho.

– Obrigada, você continua linda Ali. – Moly disse com um sorriso lindo no rosto.

– Como você cresceu pequena. – Falei e ela me abraçou.

– Bom, vamos jantar? – A Sra. Clifford disse e fomos até a cozinha, Moly não desgrudava as mãos da minha.

Sentamos sobre a mesa, a Sra. Clifford sentou na ponta, a Moly na minha frente e o Bryan ao meu lado.

– Então Alison, ainda é a capitã das líderes de torcida? – Ela perguntou animada, colocando nossos pratos.

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