– Eu... Eu... O odeio. – Falei sem nem mesmo saber se era aquilo mesmo. Eu não tinha mais noção dos meus sentimentos por Parker.
Bryan abaixou a cabeça, acho que nem ele mesmo acreditou naquilo, assim como eu também não sei mais de nada, Bryan percebeu que talvez aquilo não fosse verdade.
Bryan se manteu em silêncio enquanto o sinal do intervalo tocava, indicando que o intervalo acabara.
Bryan se levantou instintivamente, levantei e sai o acompanhando.
– Bry, estamos bem, não é? – perguntei parando em sua frente o impedindo de da mais algum passo.
– Sempre estaremos. – Ele disse rápido, abri um sorriso largo feliz, o abracei rapidamente.
– Obrigada! Isso significa que podemos sair hoje? – perguntei animada.
– Que tal cinema? – Me respondeu com outra pergunta, concordei e me despedi do mesmo indo em direção à sala.
A aula acabou, peguei as minhas coisas, fui até o armário as coloquei lá dentro e fui até o vestiário feminino.
As meninas já estavam lá, fofocando de coisas que eu não estava interessada em saber. Vesti o uniforme e fui para o campo.
Esperei algumas meninas chegarem e começamos o ensaio.
Na verdade sempre começamos nos exercitando, fazendo alongamentos para depois começar a ensaiar.
Assim que terminamos o alongamento pedi silêncio para as meninas. Eu queria inovar a coreógrafia, queria sair do normal, fazer alguns outros passos mais interessantes.
– Bom meninas, eu andei pensando e, acho que devíamos inovar mais os passos e a coreógrafia. – Falei empolgada fazendo algumas meninas se entre-olharem uma para as outras.
– Alison, a gente já faz coisas demais, sair do normal não é algo legal. – Jennie se manifestou, é claro, sempre é ela.
– Jennie, acho que devíamos fazer coisas novas, e mais interessantes. Sair do conforto sempre é bom as vezes. – Falei fazendo a mesma revirar os olhos.
– Então meninas? – Falei e algumas concordaram.
– O próximo jogo não será aqui na nossa cidade. A maioria dos jogos são aqui na escola, mas essa esse jogo vamos competir em outra cidade, com outra escola. – Falei, enquanto as meninas escutavam.
– Então acho que devíamos fazer coisas novas, somos da escola Lighty High school! Nossa escola é uma das melhores dos jogos de futebol americano, nada mais justo do que as líderes de torcida serem uma das melhores, iguais os jogadores. – Falei e as meninas começaram a se animar. Acho que estavam gostando da idéia.
– Eu adorei a ideia Ali! – Amy disse feliz e eu sorri para a mesma.
– Vocês aceitam?– perguntei e as meninas assentiram, todas menos a Jennie como eu já imaginava.
Eu pulei animada e corri para dentro da escola, peguei um som e fui até o campo novamente.
Começamos a discutir sobre alguns passos bem difíceis, e diferentes que envolviam música, dessa vez a outra escola vai se impressionar também com as líderes, e não só com o time.
Depois que criamos alguns passos, liguei o som e começamos a ensaiar.
Fiquei na frente das mesmas como era a capitã. Assim que terminamos virei para trás e vi uma plateia imensa de jogadores.
Os jogadores que estavam treinando foram até o local para ver a nossa coreografia. Não sei porque mas estavam todos lá chocados, inclusive Parker.
– O que acharam? – perguntei sem fôlego para os jogadores.
– Meninas, vocês se superam cada vez mais! Porra! Como conseguiram fazer aquilo? – Daniel perguntou surpreso falando do giro e da troca que fizemos no céu.
– Não é só vocês que existem, nós também somos incríveis, e resolvemos mudar um pouco. – Falei sorrindo.
– Com essa torcida, vamos jogar mais feliz. – Dylan, um dos jogadores disse. Parker não demonstrava interesse algum, apenas continuou em silêncio.
– Obrigada meninos. – Falei por todas e dei sinal de que o ensaio havia acabado.
As meninas saíram e os meninos se distanciaram também. Me sentei no campo cansada. Tomei um pouco de água e olhei o celular.
Eu não tinha me dado conta, mas o Parker continuava ali, parado, girei os olhos para os dois lados e não havia mais ninguém ali.
– O que ainda faz aqui? – perguntei sem entender. Parker não disse nada, apenas se aproximou e se sentou ao meu lado.
– Pelo visto está melhor, não é? – ele me respondeu com outra pergunta.
Por que Parker estaria preocupado comigo?
Eu só acho que minha vida é cheia de porquês demais, e até agora não tenho nenhuma resposta para eles.
E era algo que me intrigava bastante. Não ter respostas.
– É, acho que o pano molhado na cabeça resolveu. – Falei rindo e o mesmo acompanhou.
– Eu tenho que ir, estou exausta. – Falei se levantando e pegando o som. Parker permaneceu sentado. Saí, me troquei e foi para casa.
As coisas pareciam está indo muito bem para mim, mas não confio muito, sempre que algo vai bem em minha vida, vem algo e bagunça tudo.
Pra mim ficar bem só precisava não pensar em nada, em nada do meu pai, nada do Elliot, nada da minha mãe, nada dos acontecimentos recentes, nada da minha vida, eu apenas precisava me oculpar para não pensar em nada disso.
Como falam: "Quando sua cabeça está ocupada, esquece dos problemas."
Não que alguém tenha dito isso de verdade.
Mas parece que não foi muito bem assim, percebi que o meu plano de não pensar em nada foi embora, assim que vi o Elliot no sofá de casa.
Percebi que não adianta adiar os problemas. Porque eles simplesmente voltam, aparecem e nunca te deixam.
Contínua?
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ACASOS
Novela JuvenilDois meses após o trágico acidente que sofreu de carro que matou sua mãe. Fez Alison Walker de 16 anos líder de torcida, se sentir morta, e culpada pela morte de sua mãe, Alison sente que sua vida se foi assim que a da sua mãe se foi. Mas quem menos...