Capítulo 18

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Alison
Eu não estava preparada para ir à escola. Eu sentia medo, mas de qualquer forma, eu teria que ir, de qualquer forma, uma hora eu teria que enfrentar isso. Peguei minha mochila e desci.

Fui até a cozinha e comecei a tomar café da manhã. Escutei alguém buzinar, deduzi que era o Bry, já que estou pegando carona com ele, sai de casa e entrei no carro.

– Bom dia, Gnoma. – Bry disse enquanto eu me ajeitava no carro.

– Bom dia Bry. – Falei sorrindo, Bry deu partida no carro e fomos pro inferno que chamam de escola.

Assim que chegamos, sai do carro e Bry estacionou o carro. Meu coração ficou acelerado. Eu estava com medo. Mas eu precisa enfrentar tudo isso, mesmo sozinha.

Entrei na escola e os olhares foram pra mim, literalmente. Tentei não me importar, e fui até a Amy.

– Oi Ali. – Amy diz assim que me vê.

– Oi Amy. – Falei forçando um sorriso.

– Alison, não ligue para esses escrotos de merda. Vamos para a aula. – Disse me puxando. Tudo bem que ela estava tentando me ajudar. Mas é fácil falar pra não ligar, o difícil é fazer o ato.

Entramos na sala me sentei em uma das mesas, fiquei mexendo no celular enquanto o professor não chegava.

Eu tentava não me importar com o que as pessoas diziam atrás de mim. Mas era impossível, era um tormento para minha cabeça.

– Da para pararem de ser idiotas só uma vez! – Gritei nervosa, e eles riram.

– Acontece que se não quisesse ouvir essas coisas, deveria não sair por aí se jogando pros garotos. – Uma das meninas falou.

– Primeiro vão se foder, segundo acho que antes de saírem espalhando boatos como esses, proucurem saber se é verdade, não tirem conclusões sem saber se é verdade. – Virei-me para frente, deixando eles irritados.

O professor chegou na sala e começou a aula. Quando o sinal tocou, sai da sala, fui até o meu armário colocar alguns livros e pegar os que eu precisaria para a aula de Geologia.

Sinto alguém pegar em minha bunda. Meu coração gelou na hora. Me virei rapidamente para falar alguma coisa, mas nada saía, eu não conseguia. Eu simplesmente paralisava.

Eles saíram rindo me deixando totalmente sem reação. Meus olhos começaram a lacrimejar, limpei os mesmo, peguei os livros e fui até a sala.

Eu sei que precisava fazer algo a respeito, mas não consigo, eu não tinha forças. Eu simplesmente nao reagia, e eu me odeio por isso, me odeio por não fazer nada.

O resto das aulas foi pior ainda. Eu não conseguia prestar atenção nas aulas, eu precisava focar nas aulas. Mas eu não conseguia mais prestar atenção.

O sinal do intervalo tocou, me levantei da cadeira, peguei os livros, o Bryan estava me esperando na porta da sala.

Fomos até o meu armário coloquei os livros dentro do armario e fomos até o jardim da escola.

O Bryan passou o intervalo todo tentando me entreter  nas piadas dele, mas não estava adiantando, eu dava risada mas era só para não deixá-lo triste, eu sei que ele percebeu, mas deixou quieto e eu agradeço por isso.

O Celular do Bry tocou, ele atendeu e depois viriu-se para mim, seu olhar estava distantes agora.

– O que aconteceu Bry? – perguntei assustada.

– Nada demais, é que minha mãe acabou de ligar falando que precisa que eu vá pra casa mais cedo. – Ele disse se levantando do gramado.

– Tudo bem, mas está tudo bem com sua mãe né ? – perguntei e ele assentiu.

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