Capítulo 35

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Alison
Seus dedos pressionavam minha mão contra seu peito. Eu podia senti-lo perfeitamente bater com força.

Não conseguia desviar meus olhos dos seus, a imensidão de seus olhos azuis me engolia, eram como ondas fortes, um oceano totalmente proibido para mim, mas que eu precisava urgentemente.

Aquele gesto tão simples, para nós era mais que espercial e importante. Ninguém sabia o que aquela conexão maluca significava, nem mesmo nós dois sabíamos.

Meus olhos arregalaram-se ainda mais quando seus lábios se aproximaram dos meus.

O beijo não tão diferente do que tínhamos dado na escola, mas aquele transmitia mais confiança do que o outro, não sabíamos ao certo se o que fazíamos era certo ou errado. Mas aquele beijo significava algo para nós.

Separamos nossos lábios por falta de ar, deixando aquele desejo preencher-nos por completo.

Mas mesmos assim, mesmo com o Logan ao meu lado, com ele a pouca distância de mim, ainda tinha meus pensamentos de culpa.

Eu ainda era a causa da dor do meu pai e do meu irmão.

– Esquece isso! – Logan disse com sua voz rouca como se soubesse o que eu estava pensando, e sabia, porque isso tinha a ver com a nossa conexão maluca.

– Vai ficar tudo bem, essa dor vai passar, confia em mim! – ele disse firme.

Como posso confiar nele?

– Pelo menos desta vez. – ele disse baixo.

Por que eu ainda sentia uma dor forte?

Ele sacudia a perna nervoso. Eu queria responder, queria dizer que confiava nele. Queria dizer que eu iria confiar nele.

Eu instintivamente concordei com a cabeça.

Eu não tinha como não confiar, porque eu sentia que ele estava falando sério. Abracei-o sentindo o frio invadir meu corpo e seus olhos azuis me eletrizarem.

– Vem, vamos! – ele me tirou do abraço.

Sentei-me no banco do passageiro, senti ele jogar um moletom seco em minha direção, encarei-o enquanto colocava.

Ele parou o carro na frente de minha casa e, assim que vi meu irmão arregalando os olhos após ver o carro de Parker parar em frente a minha casa senti culpa por ter causado tantos problemas a ele.

E assim que fechei a porta do carro, senti os braços do meu irmão abraçar-me desesperadamente.

– Porra! Não faça isso de novo! – suas palavras saíram embargadas.

Foi então que percebi que talvez eu estivesse errada em entregar-me totalmente ao vazio, mas eu ainda sentia aquela pontada de culpa dominar todo o meu ser. Minha culpa ainda estava ali, ela estava ali, e talvez nunca fosse embora. Elliot me conduziu para dentro de casa.

Junto daquela noite estranha e bagunçada, veio milhares de sorriso e risadas, eu não sabia que algum dia eu teria um tempo com todos reunidos sem discussões ou implicância, principalmente com o Logan.

Quando todos foram embora, Elliot disse que queria conversar sério comigo, mas eu disse que não queria, não naquela hora, eu estava cansada demais e precisava parar de pensar um pouco.

Mas eu sabia que no outro dia eu teria que ter essa conversa com ele, eu não vi o papai desde que cheguei.

E eu não sei se quero vê-lo ou não, mas acho melhor não, já que sempre que ele me vê fica bravo e por isso que ele não ficava em casa.

Esse era o pior, o meu pai não ficava mais em casa porque não aguentava olhar para minha cara, Isso se soava tão forte pra mim.

Contínua?

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