Capítulo 12

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Alison
É tão incrível como as coisas acontecem, como tudo é feito, como tudo acontece tão rápido, de uma forma tão natural, e as vezes tão cruel. Eu não sabia que a minha vida era tão inútil. E foi naquele momento que descobri, que descobri que as coisas poderiam ser diferente. Se eu não estivesse aqui para atrapalhar as pessoas.

E foi isso que aconteceu com o meu irmão. Naquela Terça feira, que parecia um dia normal para alguns, para outros, um belo dia.

– Por que ele não ligou pra mim? – perguntei.

– Ele disse que não tinha coragem de falar com você, não agora. – Ri com o que Parker falou, como o Elliot pode ser tão idiota à esse ponto?

– Logan, por que? Por que ele fez isso? Por que ele tinha que fazer isso? – Me sentei assustada.

– Eu sabia que ele estava tendo problemas com isso, mas eu nunca imaginei que ele fosse ter algo tão sério assim. – Parker diz nervoso. Será que é porque acabou de me dar uma notícia tão forte como essa?

– Parker eu posso tentar. Não é impossível. – disse preocupada enquanto andava de um canto para o outro.

– É muito dinheiro Alison. Eu vou falar com os meus pais, eles não vão desconfiar de nada. – Parker se pronunciou.

– Isso não é problema seu Parker, eu resolvo. Mas como o Elliot é tão idiota! Ir pra Los Angeles pra se envolver com pessoas desse tipo! É claro é muita convivência com o você! – Falei pra mim mesma. Parker se manifestou gritando.

–  O que eu tenho a ver! Me tira dessa, eu posso ser tudo de ruim que você falou. Mas eu tenho caráter. – Disse Parker se defendendo.

Depois que Parker foi embora, tentei manter a calma, não posso correr pro quarto e chorar, tenho que ser forte tenho que resolver isso com calma. Eu preciso desse dinheiro, mas como eu vou conseguir?

O papai mau fica em casa, sem contar que ele nunca iria me dar esse dinheiro. Eu não aguentava mais pensar em isso tudo, eu precisava respirar para pensar.

Sai de casa, fui até o cemitério. Fazia alguns dias que eu não tinha ido lá, depois do acidente virou um hábito todos os dias eu passar no cemitério. Assim que cheguei no cemitério entrei e fui até a lápide da minha mãe.

– Oi mamãe. Eu sei que tem um tempo que não venho aqui, mas não está sendo fácil a vida aqui sem você. Acho que... Eu sei que você iria brigar se me ouvisse falando isso, mas... Eu me sinto morta, me sinto tão morta... Me desculpa por te chamar aquele dia. – Me sentei perto da lápide dela, minhas lágrimas começaram a dominar o meu rosto vagarosamente.

– Me desculpa por não falar mais vezes que te amava. As coisas está difícil sem você. O Elliot esta acabando com a vida dele, ele está destruído, ele tentou ser um bom irmão, mas ele resolveu me deixar, e agora ele tem um problemão.

– O papai? Acho que ele está tentando não me ver. Ele vive  viajando nunca mais o vi em casa, a última vez que o vi, foi no primeiro dia de escola, e a única palavra que ele me disse naquele dia foi, "bom dia" Eu estou sendo o problema das pessoas, eu nunca quis isso, eu juro que nunca quis ser o problemas das pessoas. – Limpei minhas lágrimas.

– Eu prometo que tentarei ser alguém melhor por você, prometo tentar me sentir viva. – Fiquei um tempo em silêncio.

– Eu te amo tanto mamãe. Você não sabe a falta que me faz aqui, eu estou tão sozinha. – Passei mais alguns minutos no cemitério e depois voltei para casa, vi a Amy sentada em frente à minha casa.

– Amy? – Perguntei e ela veio até mim.

– Alison, onde estava? Te liguei várias vezes, fiquei preocupada. – Disse ela, mas na verdade eu que estava preocupada com ela.

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