Despedida

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Lucy

Algumas horas depois...

─ Obrigada, Taurus ─ disse, me despedindo do meu chofer.

─ Sem problemas! ─ Respondeu ele ─ Já vou estacionando ali. Até o próximo final de semana!

─ Até Taurus! ─ Despedi, acenando.

Segui em direção à entrada, empurrando o pesado portal.

─ Cheguei! — gritei ao entrar em casa.

Virgo me recebeu com o sorriso, como sempre.

─ Bem vinda Princesa ─ Disse, como diz todas as vezes que chego em casa.

─ Obrigada! ─ respondi com um sorriso ─ Onde está Aquarius?

─ Esquentando seu jantar na cozinha.

─ E meu pai?

─ Trabalhando no escritório.

─ Certo, obrigada Virgo.

Ela assentiu e se retirou para a cozinha. Enquanto eu subi as escadas, estava doida para compartilhar minha aventura com meu pai.

─ Pai? ─ chamei, ao bater na porta ─ Posso entrar?

─ Ah, Lucy. Pode entrar.

Abri  a porta e o cumprimentei com um sorriso.

─ Já chegou? Como foi? ─ quis saber ele.

─ Ah, pai... Foi  incrível! É um lugar ótimo, como o descobriu?

Ele parou e desviou o olhar. Meio que eu já sabia a resposta, sempre que ele faz isso, a resposta tem haver com... A mamãe.

─ Não precisa responder. ─ me aproximei do computador ─ No que o senhor está trabalhando?

Meu pai era dono da Minestor's April, a maior exportadora de petróleo e variados de Tóquio. Por ser o dono, ele está sempre na empresa. Às vezes, ele chega de madrugadas! Mas essa semana ele conseguiu uma folga. Não era para ele trabalhar nada, mas ele teve de ficar hoje de manhã é um pouco da tarde devido à algumas emergências. Mesmo assim, ele está sempre no escritório quando está em casa, então nunca temos um momento pai e filha como pessoas normais teriam. Mesmo assim, eu amo ajudá-lo quando ele está em casa.

─ Estava mexendo com umas planilhas aqui, filha... Se você tivesse que distribuir petróleo para a maior parte do Japão, como faria?

Pensei um pouco.

─ Acho que... ─ comecei ─ Eu arranjaria um jeito de aumentar a produção sem que o custo disso me desse prejuízo final. Esse jeito é que é o problema... Mas eu sei que o senhor cuida dessa parte!

Ele deu breve sorriso, depois tornou a perguntar sobre o meu passeio. Ele fez perguntas esperadas: Quantas pessoas tinha lá? Como o edifício era dividido?, era sempre assim... Nada do tipo: Era bonito lá? Você se sentiu bem recebida?, ou sei lá, nada como...

─ Você fez um amigo? ─ perguntou ele, com um tom de voz diferente ─ Quer dizer, conheceu alguém?

Olhei para ele com o olhar de susto. Era meu pai que tinha me perguntado mesmo? Que tipo de pergunta foi essa? As perguntas dele sempre tem números ou algo do tipo! E também nunca questionam os meus sentimentos dessa forma!

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora