Uma Guerra de Travesseiros

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Levy

Eu estava tremendo! Tremendo! Mas abracei meus braços para que ele não percebesse. Continue andando. Então, andamos em direção à cozinha. O melhor lugar para começar o tour, e o único lugar onde dá para beber água e tentar me acalmar.

— Então... — falou o garoto ao chegarmos lá. — Essa deveria ser a parte em que você dizia: "Esta é a cozinha".

Tentei me concentrar. Vamos Levy, é só mais um garoto.

— Er... Então, como você p-pode ver... Esta é a cozinha. Ali tem uns armários e... — fiz uma pausa enquanto andei na direção do filtro. — Este é o nosso filtro. — terminei enchendo um enorme copo de água bem gelada e derramando ele pela minha garganta, tão rápido que chegou a derramar um pouquinho.

Ele deve ter percebido, porque seus lábios se converteram em um sorriso sarcástico.

— Tava boa? — perguntou, com a cara de um idiota... Um idiota lindo. Não! Para!

Respondi uma involuntária cara de desespero, e ele deu uma risadinha à esta reação.

— Vamos continuar? Ou...

— Não! — cortei-o abruptamente. — Tá tudo bem! Podemos continuar.

Estava sentindo meu rosto queimar. Devia estar vermelha, muito vermelha, mas continuei andando com uma das mãos na lateral do rosto, torcendo para que ele não houvesse percebido nada. Fomos para a sala de jantar, onde a grande mesa de madeira estava forrada com um pano xadrez branco e vermelho. Ela estava agora totalmente organizada, provavelmente Mira-chan deve ter cuidado de tudo enquanto saímos. Para que eu pudesse contextualizar o cômodo pro Gajeel, respirei fundo e me virei para ele, tentando não desmoronar ao ver aqueles cabelos negros longos e bagunçados, sua pele bronzeada que o deixava parecido com um surfista, mas ao mesmo tempo o contraste com sua jaqueta de couro, sua cara de malvado e descolado ao mesmo tempo, seu sorriso alucinador, e também tinha aqueles músculos traçados, definidos e...

Droga...! — soltei, quando reparei o possível minuto que o encarei boquiaberta.

— Olha, baixinha — começou ele, de novo com uma cara que me deixava ainda mais vermelha. —, Se quiser, pode pular a sala de jantar.

Ele ainda é gentil... Droga, travei.

— Então... Quer pular a sala de jantar? — perguntou, mas dessa vez com cara de preocupado.

Se recomponha garota! Respirei fundo, contando até três e me certifiquei de que conseguiria responder.

— Não será necessário, obrigada. Na verdade, você sabia que essa mesa é de Carvalho puro? Uma das únicas da cidade e, devo admitir, uma joia bruta. — parecia que a minha voz, magicamente, tinha voltado com tudo. Gajeel sentou (puxando a cadeira tão facilmente que me deu inveja...) e apoiou a cabeça nos braços, com uma feição de continua. Senti meu estômago revirar, mas fiz cara de sabe-tudo e continuei: — Ah, e também tem essas cadeiras, que são feitas exatamente do mesmo material. E é isso aqui, podemos seguir?

— Ahh... — reclamou ele. — Tava tão bom escutar sua voz! Já acabou? — ele fez um biquinho.

Corei. Estava me sentindo em uma montanha-russa. Ele gostou da minha voz! Não acredito... Agora é sua hora, Levy. Não pisa na bola.

J-j-já... Mas, er... Não t-tem problema. V-v-vamos indo para o segundo a-and-dar.

Ahhhhhh!! Travei de novo!

— Tudo bem então! Vamos, tampinha? — brincou ele. Estava começando à me acostumar com esse apelido.

O guiei até o saguão, onde subimos para o segundo andar. Lar dos quartos, banheiros e escritório. Ao subir nos deparamos com o corredor, no qual temos à direita o dormitório masculino e à esquerda o feminino.

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora