Como se num Conto De Fadas - Livro I da série

Mudança de cenário

Lucy

A vida em casa não era muito fácil. Papai estava sempre trabalhando e hoje não foi diferente. Uma reunião de emergência acabou acontecendo e ele vai chegar mais tarde que de costume em sua própria semana de folga (lá pelas 14:00, o normal, quando ele não está de folga, seria umas 22:00 pra mais), por isso nada melhor que um tempo com Deus no teclado. Dizem que as melhores coisas acontecem no silêncio; e é nele que minha alma se conecta com Ele.

Enquanto a minha mão vaga pelo teclado, minha mente recorda a última conversa que tive com meu pai.

"— Eu andei pensando, filha... Eu tenho sido muito distante, mas tento cumprir meu dever como pai. Sabe disso, certo? Por isso, estava pesquisando e acabei achando um lugar perto do seu colégio, além de que também é bem perto da igreja e...".Lembro que no começo, um sorriso se abriu no meu rosto, mas após entender o que ele quis dizer...

"— Como você acha que vou te abandonar aqui, pai?! — gritei. — Não posso nem imaginar isso! Me mudar? Papai...

— Vai ser muito melhor para você do que ficar aqui... De qualquer forma, você vive praticamente sozinha, não vai fazer muita diferença. Além disso, o que te impede de me fazer umas visitas de vez em quando? Você precisa de amigos Lucy, sabe disso. — sua voz suava triste e calma ao mesmo tempo. Isso me deixava um tanto quanto zangada.

— O quê? Eu tenho amigos! Onde ficam a Aquarius e a Virgo? Elas me completam! O que seria do meu dia sem elas?

— As empregadas não contam! Filha... — uma pausa — Eu vou ficar bem."

Lágrimas inesperadas escorreram do meu rosto. Soluços começaram a sair sem que eu pudesse controlar e uma tentativa de um "eu sei" se esvaiu. Ele me puxou pra um abraço, e um forte e triste momento se acarretou no meio da sala de estar. Não pude me segurar, durante muito tempo naquele afago, me senti segura novamente; por um instante, senti o pânico acompanhado da sensação de que esta poderia ser a última vez que teria esse sentimento novamente.

Natsu

O jogo do Nacional ia começar em alguns segundos. Todos corriam doidos até a sala. Jelal, Erza não estavam, o que era uma pena. Laxus levou os dois uma excursão aos campos arqueólogos do Japão, já que os dois são apaixonados nisso

— Chega seu traseiro pra lá Juvia! ─ Berrei. Todos estavam malucos pra assistir o jogo do Nacional, mas infelizmente, sentar no braço do sofá me deixava mais maluco ainda. E claro que antes que a Juvia pudesse abrir a boca, foi interrompida pelo Gray:

─ Opa, espera um minutinho "dono do sofá"! ─ Ele tinha que defender aquela pombinha dele. Juvia começou a corar no meio de nós dois.

─ Gente é sério, se eu escutar a voz de vocês dois de novo durante o jogo, eu arranco a língua de vocês ─ Levy gritou de um canto da sala.

─ Foi ele que começou! ─ Gritamos ao mesmo tempo (o que foi mó bizarro). Rapidamente, nos entreolhamos.

─ Ela tem razão! ─ Jet e Droy se posicionaram prontamente atrás de Levy. Era engraçado o quanto aqueles dois disputavam pela "mão da princesa Levy", ou melhor, rainha Levy.

─ Galera, o hino já vai começar! ─ A Sra. Mirajanne, dona da Republica, nos advertiu. Levantamos todos dos nossos assentos desesperados, com a mão atrás das costas ou no peito. Loke porém colocava a mão no peito e no óculos, como se estivesse participando de uma exposição ou uma sessão de fotos. A música anunciou a entrada, e todos a acompanhavam.
"Somos pátria-" hum... Qual era a letra? Eu esperava as palavras saírem, boquiaberto. Droga! Eu tentei acompanhar os lábios da galera, mas parecia que eu aprendi a falar grego. Cara, Qual é?
Na tentativa de lembrar do hino, voei nos meus pensamentos. Me lembrei da série que eu e o Gray assistimos inteira ontem. Eu inclusive esqueci o nome. Decidimos terminar em uma sentada a temporada inteira. Também lembrei que aquele imbecil deixou cair o meu celular e rachou a minha tela. Porcaria... Se ele não me arrumar outro eu acabo com a raça dele. Me lembrei mais uma vez de que o Sra. Mirajanne colocou ele pra arrumar. Ah... É mesmo. Menos mal pra ele, eu acho.

─ Natsu! ─ A Lissana me chamou. Sobressaltei, assustado ─ Não vai sentar? ─ Sentar? Me dei conta de que o hino do Nacional havia acabado.

─ Bem... ─ A República toda olhava pra mim. Gray estava segurando riso assim como a Lissana ─ Tá... Claro.

─ Pô Lissana, você sabe que esse sonso não tem concerto! ─ Brincou Gray

─ Cala boca Jack Frost! ─ Retruquei, jogando uma almofada na direção dele. Porém, ele conseguiu segurar o objeto

Sentei no chão mesmo, já que a Juvia, aquela songa, havia ocupado meu lugar, bem confuso e ao mesmo tempo aliviado. Acho que fiquei zanzando por um bom tempo. O que que eu posso fazer? Talvez eu seja até um pouco sonso. Sorri ao pensar na palavra "sonso".

Voltei minha atenção pro jogo.

Lucy

— Alô? — respondeu uma voz feminina do outro lado da linha.

— Ah, oi! Meu nome é Lucy Heartfillia, é que meu pai deixou uma mensagem com vocês e...

— Ah sim, só um segundo...

Meu pai tinha deixado uma solicitação SUPER formal lá nessa tal de República Estudantil. Depois que ele chegou em casa, ele acabou me convencendo a ir, mesmo porque eu já estava com isso na cabeça, e coincidentemente ele tocou no assunto justamente após chegar. Logo após ter me decidido, ele pediu pra que eu ligasse lá, então...

— Oi, Lucy, ainda tá aí? — tornou a dizer a garota.

— Oi, estou sim! — respondi, fugindo dos meus pensamentos.

— Eu estava aqui olhando a carta do seu pai, e sim, nós temos uma vaga sim! Na verdade, poderia vir hoje para que possamos acertar os detalhes?

— Hoje? Sim, sem problemas! Mas que horas vocês estão disponíveis?

— Hum... Umas 19:00 está bom? — questionou ela.

— Está ótimo na verdade. — ouvi a garota fazer um suspiro de satisfação. — Estarei aí. Só uma dúvida, com quem eu falei?

— Ah, claro... Mil perdões! Sou Levy.

— Bem, foi um prazer, Levy-chan, te vejo mais tarde.

— O prazer foi todo meu, até mais tarde!

Desliguei o telefone, pensando nas possibilidades... Um esperançoso dia pra mim, eu acho. "Mas e meu pai?" pensei. Eu estava prestes a deixar o lugar onde vivi toda minha vida. "Como será esse tipo de experiência?".

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Oiii galera!! Gostaram do primeiro capitulo? Eu e a minha companheira amamos escrevê-lo, até porque a gente cansou de esperar o criador de Fairy Tail tomar vergonha na cara e confirmar NaLu. Enfim, cada personagem pensa e narra de forma diferente! É claro que Deus e a sua Palavra não podem ficar de lado kkkk!

Se gostaram, não esqueçam de votar e comentar. Responderemos aos comentários! Até o próximo capítulo!

⚠ Importante ⚠️:
Postamos um capítulo por dia. Só não postamos no final de semana!!