Traidor

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Três dia antes do "plano de Natsu"

Lissana

— Eu sei. — disse à Lucy, cuja estava com a cabeça apoiada em meu ombro — Natsu pode ser bem burro as vezes.

— Bem, — exasperou ela, de repente levantando a cabeça. — o que passou, passou. Certo?

— Não era o que eu esperava que dissesse mas... Okay — demos umas risadinhas. — Mas saiba que o Natsu te ama muito. Só não soube expressar isso ainda.

— Por que não deixamos de falar disso e falamos do casal perfeito que são você e o Sting?

Entristeci ao perceber que insistia em algo delicado. Não eram nem próximas as minhas intenções

— Perdão — pedi.

— Ei. — interrompeu Lucy — Tá tudo bem comigo. Agora, ta tudo bem com você(s)? Hein?

Ela começou a me cutucar.

— Ei! — clamei por entre risadas — Quiete já e te conto.

De súbito, a menina parou.

— A história? — insistiu ela. — Não me contou até hoje!

Não tinha contado por medo de fazê-la lembrá-la de Natsu e... não era isso que queria.

— Okay... — aceitei a derrota — Foi assim: pela maior parte do tempo estive vendada.

Lucy não disse nada, mas pela expressão com que ela me fitava, pude perceber a pergunta: "Vendada?" estampada em seu rosto.

— Sim, pois é. Super interessante. — brinquei. Ela riu — Depois tudo começou a mudar. O vento estava bastante intenso. Flocos de algum tipo de grão arranhavam nossa pele, levados pelo vento. Resposta: estávamos em uma praia.

Ela estava surpresa, como se o fato narrado fosse uma reviravolta num filme.

— Pra acrescentar, Sting tinha uma lancha. Sim! Ainda vendada me levou... a sua ilha particular!

— Mentira! — insinuou ela, pulando.

— Pois é! Porém, deixei bem claro que não era necessário nada disso. Mas aí, — ela acenou com a cabeça, ansiosa por aquele detalhe — ele me jogou no mar e brincamos de guerrinha de água (sim somos duas crianças). Foi aí que... Bem, você sabe.

Lucy tapava a boca com as duas mãos

— Sei não! — brincou ela.

— Nos beijamos — falei finalmente, como se tirasse um peso das minhas costas.

Lucy me abraçou repentinamente. Dizia: "Parabéns!" por zilhões de vezes enquanto me envolvia num abraço apertado. Ao mesmo tempo, recuou.

— Desculpa. — pediu ela, seu humor diferente.

Droga. A fiz lembrar de algo desnecessário.

— Lucy, eu...

— Não precisa. — interrompe Lucy. Ela abriu um sorriso ao continuar — Estou muito feliz por você, pode acreditar. De verdade. Só estou um pouco ansiosa para o meu conto de fadas.

— Acabo com ele um dia. — afirmei, um pouco sem pensar — Pode ficar tranquila.

Consegui fazê-la rir.

— Okay.

Me distraí ao sentir o celular vibrar em meu bolso. Sem querer ser rude, pedi licença para Lucy, que me devolveu um: "Você ainda pergunta? Mas é claro!". Peguei o celular do meu bolso e chequei o "donatário" da mensagem: Sting.

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora