Como se num Conto De Fadas - Livro I da série

Guerra de comida!

Lucy

Levy pulava e cantarolava pelo caminho. Vez ou outra, ela se apressava e me puxava pedindo que andássemos mais rápido. Eu sempre tinha que lembrá-la que carregávamos muitas sacolas. Pode ser que eu e Levy exageramos um pouquinho.

— Levy, porque você tá tão animada pra voltar pra Fairytail? Tá acontecendo alguma coisa? — perguntei, enquanto caminhávamos de volta pra República.

— Nada. Nadinha! Você sabe que existem muitas coisas que me animam! — respondeu ela, um tanto suspeita.

— Tipo? — pressionei, dando uma risada.

— Bem... Er... — ela fez uma longa pausa, fazendo com que eu a suspeitasse mais — Livros! Isso, livros! Também tem meus amigos queridos, você, o Gajeel...

— Falando nisso... — disse, enquanto eu analisava a jovem corar e se arrepender de ter dito aquilo — Quando vocês vão começar a levar o relacionamento de vocês mais a sério, amiga?

— Relacionamento, Lucy? Nós nunca tivemos nada! — Disse ela, perplexa.

— E aquele beijo que aconteceu no verdade ou desafio, hein, amiga? — perguntei.

Levy gelou, mais corada do que antes. Ela soltou minha mão e fitou-me.

— Qu-quem te contou isso?!

— Juvia e Lissana nunca me deixam desatualizadas. — respondi — Além do mais, por que você nunca me contou sobre isso?

Ela se entristeceu um pouco.

— Me desculpe, Lu-chan. Eu ia, mas aconteceu tanta coisa... Tipo a situação do seu pai, a chegada do seu piano...

Juntas, gargalhamos.

— Só estou brincando, Levy-chan. Mas não estava brincando quando disse que você e o Gajeel super combinam.

Dessa vez, Levy não corou, nem se assustou. Ela apenas sorriu, como se ela concordasse.

— Você acha mesmo? — perguntou ela, como uma pequena criança esperançosa

— Claro! Vocês fazem um par perfeito.

— Tipo... Você e o Natsu? — provocou ela, com um sorriso melancólico.

— Ah não, Levy McGarden! Não começa. — brinquei enquanto Levy ria.

Comecei a refletir sobre se verdadeiramente gostava do Natsu. Ele é engraçado, companheiro, amigo e tinha um lado doce. É bonito (lindo, talvez) e... Irritante. Tolerável, porém. Não sei ao certo, mas sinto uma sensação diferente com ele do que quando estou com os outros.

— Tô falando sério! — disse ela, se recuperando depois de quase deixar uma sacola se espatifar no chão — Ele até preparou uma surpresa pra você...

— Ele o quê?! — perguntei, muito confusa e perplexa.

— Ai meu Deus, Deus meu! — desesperou Levy — Eu sou péssima em guardar segredos!

Escutei ela sussurrar "Natsu não me mate!". Eu avistei a República e então apressei o passo. Ele tinha preparado algo pra mim? O quê? Por quê? Como assim? Eu estava muito confusa.