Só você - Parte II

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P.s: Leiam a narração da Lucy em "Só você - parte I" se ficarem meio perdidos

*****

Lucy

Estava tudo perfeito. Na verdade, perfeito demais.

A cidade estava bem mais iluminada do que o normal, o que deu uma vista linda do terraço. Além disso, conectando as hastes no chão do local haviam luzinhas presas a um cabo fino. Pareciam aquelas da árvore de natal, mas era melhor. Não sei explicar.

E tudo estava tão lindooo! O terraço era bem grande, na verdade, e tinha uma hortinha à direita, que era cercada por um gazebo de madeira super fofo. Na frente, estava toda a decoração que não consegui imaginar o Natsu fazer. Tinha um cobertor vermelho estendido no chão, e em cima dele tinha comida (tampada por duas redomas de alumínio), umas almofadas espalhadas, dois pufs baixos e o violão do Natsu. Do outro lado tinham duas namoradeiras de madeira bem trabalhada, com um acolchoado branco no assento e para dar destaque, uma almofada vermelha, uma amarela e uma vermelha de novo.

Minha visão ficou encantada. Mas também, o lugar parecia ter sido visitado por... Fadas.

— Ficou perfeito — falei — Nem consigo acreditar! Eu... Ah, meu Deus, não acredito que você fez tudo isso!

Ele riu.

— Lucy, Lucy, Lucy... Você não conhece minhas incríveis habilidades?

— Já me arrependi — murmurei.

— Credooooo! Tá bom, vai? Vem comigo.

Ele pegou minha mão de novo e me levou ao cobertor.

Ele fez tudo isso pra mim...

O Natsu

Fez isso

Pra mim!!!!

Estou tão feliz...!

— Com fome? — perguntou quando nos sentamos — Prepare-se para...

O cheiro invadiu minhas narinas antes que eu pudesse ver o que era. Do lado esquerdo, karaage de frango e de peixe com porções de arroz. Do lado direito, uvas, morangos e também... Iogurte!!! Como ele sabia que é minha comida favorita?!

— Mas... Como você...?

— Ah, o iogurte? — ele riu antes de responder — Bem, você já deve saber mas, eu tenho meus contatos tá?

Dei um tapa no ombro dele, brincando. Porém, ao invés de recuar, ele se aproximou, segurou minha mão (a mesma que tinha levado em seu ombro), e me fitou. Meu sorriso desapareceu e me perdi no brilho de seus olhos.

— Te peguei! — a ironia presente em sua voz era irritante. Tinha que estragar o momento!

Dessa vez, não medi o tapa, e ele recuou com a dor. Bem feito!

— Okay, okay, então. Vamos comer ou não?! Antes que eu perca a vontade...

— Ei! Como alguém não fica com vontade de comer a minha comida?

Tãããão convencido...

— Mas deixa que eu te sirvo, tá? Um agrado para você. — falou.

— Aaaahhh, e desde quando você faz agrados? — provoquei, imitando (bem mal, talvez) seu sorriso cínico.

Ele respondeu pegando a tigela no canto e colocando em minha mão.

— Serve você, então!

Arqueei as sobrancelhas. Ele entendeu a mensagem, pediu desculpas com os olhos e começou a me servir, perguntando se estava bom ou se eu queria mais um pouco. Fez a bandeja com o arroz e o karaage e me entregou. Agradeci e provei. Aquela clássica explosão de sabores que não se consegue nem nos melhores restaurantes invadiu minha boca. Meu paladar quase explodiu ao sentir aquilo. Estava tão...

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora