Felizes para sempre

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Lucy

Já é manhã! A manhã de mais um dia que o Senhor me deu! Ia acordar e ir ao encontro de Natsu, a pessoa que ajudava a encher todos os meus dias de luz e de alegria. Ai! Mal posso esperar! Quando acordar, queria vê-lo; quando deitar, queria me despedir. Aliás, tinha alguns planos... Ia agradecer minhas amigas por tudo (em especial, pro dia de hoje, Lissana).

Estava exagerando? Será que é isso que eles chamam de amor?! Eram 6:30! Talvez uma espiada...

Não podia fazer uma coisa dessas...
Mas seria bom dar uma checada nos meninos...
(A quem eu tô tentando enganar?)

Mesmo correndo o risco de acordá-los, tomei-o e segui em direção ao dormitório, depois de ter lavado o rosto e escovado os dentes rapidamente. Operação... Lucy Encontra... Vai Atrás de Natsu Dragneel (L.E.V.A.N.D?).

Foi quando farejei um aroma espetacular vindo da cozinha. Pude escutar também a voz de
Laxus e de Mira. Não queria constranger Laxus, já que ainda estava de pijama (o típico de bolinhas brancas em um fundo preto) que esqueci de trocar (!). Ouvi-os dizer, porém, que iam buscar Makarov do hospital...

Pobre Makarov... Oramos por você e pela Primeira...

E então, o casal responsável pela República passou pela porta. Desci as escadas o mais rápido possível.

─ Hum... ─ elogiei da sala, cantarolando até o encontrar.

Natsu virou-se surpreso. Quando finalmente me viu, sorriu. Estava usando uma regata de um jogador do time de futebol a qual torcia: Nacional. Era azul com o número e nome do jogador (Hiro Mashima) em azul cinzelado, e a roupa definia seus braços (tenho que parar de prestar atenção nessas coisas!). Usava um short preto simples também.

─ Bom dia, flor do dia! ─ cumprimentou baixinho.

Me acheguei ao seu lado. Beijei-o rapidamente, para que não se queimasse. Me lembrei porém que Natsu era um chefe nato e não cometeria esse erro.

Au! ─ guinchou, logo após nos beijarmos.

Levou as mãos à boca rapidamente enquanto eu segurava para não desabar e rir. Presumi que não se queimasse, mas foi exatamente o que ele fez. Natsu, Natsu.

─ Não acha que deve prestar mais atenção no que faz? ─ provoquei, mordendo a língua.

─ Acha que consigo focar em duas coisas? ─ replicou ele, enquanto chupava o dedo e ria, o riso mais leve e contagioso de toda a República... ─ Se minha namorada vem atrás de mim logo de manhã, tenho que parar o que estou fazendo pra atendê-la.

Senti minhas bochechas levemente coradas. Ele me deixava sem graça com todos esses elogios... Além do mais, ao se referir à mim como namorada, confesso que me encantei com o gesto carinhoso. Aliás, devia me acostumar... Seríamos assim por um bom tempo (se Deus quiser!)

─ Será que todo o casal dessa república tem que ser assim tão meloso? ─ intrometeu Gajeel do saguão, antes que eu pudesse dizer algo.

Droga, interrompeu o momento!

Natsu fitou-me enquanto gargalhava: tínhamos acordado alguns dos garotos.

Olhei pra trás e Gajeel parecia ter levado choque: os cabelos embaraçados, uma trilha de baba descendo (nojento) no canto esquerdo da boca enquanto esfregava os olhos. Levy estava em suas costas, lutando para manter os olhos abertos.

─ Vai me derrubar, sabia? ─ exclamou ele.

─ Você aguenta... ─ respondeu Levy com voz de sono, enquanto dava tapinhas nas costas dele. Era fofa até quando acabava de acordar.

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora