Um pedido de desculpas e um encontro.

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Lucy

O que acabou de acontecer?

Lissana estava aos prantos, ajoelhada no chão. Os meninos nada falavam. Mirajanne e Laxus não sabiam o que fazer. Eu e Gajeel nos entreolhávamos, esperando resposta. Quem era ou é Mavis? Como Makarov se relaciona à ela? Ele é um primo, tio, filho, vô ou pai...?

Não dava pra pensar naquilo agora. A única coisa que podia se ouvir o choro de Lissana. Meu coração doía por ela, mesmo não conhecendo muito bem o contexto da situação. Observei porém a rapidez com que a Lissana acusou ao Makarov e à Laxus. Existia algum motivo pra isso? Será que Laxus dera alguma brecha pra que Lissana desconfiasse dele?

Como eu disse, não posso pensar nisso agora.

Engatinhei até Lissana, acompanhada também pela Levy e pela Mirajanne. Nós duas a abraçamos enquanto os meninos também se prontificaram para consolá-la. Por alguma razão, Lissana, levantando seu rosto, fitou-me, com uma expressão de espanto. Ignorando isso, sabia que deveria falar alguma coisa.

— Lissana... — falei, mesmo não sabendo o que dizer em seguida — O que aconteceu agora não passou de um mal entendido. Já passou!

— É amiga! — continuou Levy, sempre carismática — Foi um pouco constrangedor...? Foi. Rolou uma treta...? Sim! Mas isso tudo é passado...

Ela foi interrompida por umas risadas o que fez com que Levy ficasse um pouco frustrada por ter sido levado na brincadeira.

— O que ela quiz dizer é que, qualquer pessoa no seu lugar teria cometido o mesmo erro. Inclusive, foi isso que aconteceu! Afinal, você não foi a única que desconfiou do Makarov...

O choro de Lissana só piorou. Claramente, nós não estávamos ajudando. Numa conversa telepática, Levy e eu convencíamos à Mirajanne de falar com ela. Foi mais ou menos assim:

"Mira, fala com ela!"

"Lucy, querida, eu acabei de brigar com ela. O clima ainda anda um pouco constrangedor e..."

"Deixa disso agora, Mira-chan! Ela é sua irmã!" (Levy era bem mais expressiva com seus olhares)

"Gente..."

"Mira!"

"Okay! Okay."

Mira acabou cedendo, até porque todos nós sabíamos que ela falando faria bem pra Lissana.

— Lissana, eu... Bem... — ela fez uma pausa, bastante abrupta — Me perdoe. Falei coisa desnecessárias. Fui muito grossa com você e...

— Não. — interrompeu Lissana, pra nossa surpresa — Você só defendeu seu namorado. Me perdoe. Me perdoem.

Ela se levantou e fixou os olhos em Laxus, que a devolveu um sorriso.

— Me perdoe Laxus. — pediu ela.

— Mas é claro que sim! — respondeu ele, puxando-a para um abraço — Além do mais, não posso ficar de mal com a minha cunhada.

— Ugh! — brincaram os meninos, com a mesma cara de nojo que fazem quando o assunto é o Jellal e a Erza.

— Calma! Ainda tem muita lágrima pra derramar quando começarem as aulas!

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora