Verdade ou desafio

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Natsu

(Horas antes)

— Tchau! — gritamos em uníssono.

A porta se fechou. Em alguns segundos, estávamos sozinhos na república.

"Acertar as contas", Laxus? Aquele loiro cabeuludo pensa que nos engana. Como se 3 anos de diferença o tornasse mais inteligente! Mas Mirajanne precisava dele. Faltava ela dar um treco, ou sei lá.

O que eles não pensaram foi o fato deles terem deixado nove adolescentes sozinhos. Todos começaram a pensar em fazer algo. Lucy e Levy, porém já foram conversar.

— E o que a gente faz? — Lissana perguntou, logo nos encarando com um sorriso bem psicótico — os "adultos" não estão...

— A gente podia... — Elfman levou a mão ao queixo, pensativo — jogar os jogos proibidos, ou...

— Vocês ainda não me contaram sobre essa parada de jogos proibidos! — afirmou Gajeel.

— É tipo, Jogo da garrafa, verdade ou desafio... Essas coisas. — explicou Jelal.

— Ah, eu topo! — Gajeel imediatamente exclamou. Levy e Lucy escutaram a conversa. Nervosas, se dispersaram e se espalharam pela sala. Nos fitavam como se nos questionasse: Jogos... Proibidos? Claramente não queriam participar.

Bem... Eu não tava muito afim de jogar nada. O que eu sinto agora no momento, é tédio.

— Tá, beleza. — continuou Lissana — Quem for jogar, faz uma roda aqui na sala. A gente vai jogar verdade ou desafio. Algo bem mais leve.

— Ta ok! — Gajeel pareceu um pouco animado. Ele parecia um psicopata...

— Tá bom... — eu disse, dando de ombros.

Lucy parecia bem tensa. Ela suspirava, dobrava seu short com os dedos, mordia os lábios. Talvez ela tinha medo do que eles eram capaz. Eu mesmo estava desconfortável por algumas... Objeções.

O que a gente pode fazer?

Pim! Uma luzinha pareceu brotar da minha cabeça. A gente podia passear de novo... O passeio anterior deu bem errado e eu queria consertar isso. E além do mais, as aulas iam começar em poucos dias e ela nem tinha conhecido nada direito.

Olhei à minha volta, percebendo que os meninos já formavam uma roda. Tinha que começar a agir.

Lucy! — sussurrei. Ela caçou quem tinha chamado e finalmente me encontrou com os olhos — você quer dá um rolé? Sabe... Pra sair dessa... dessa furada.

— É tão ruim assim? — ela perguntou, mais preocupada ainda.

— Você nem imagina. — respondi, um pouco ansioso — E aí, topa?

Percebi que ela hesitava um pouco. Ela começou a pensar. Provavelmente, ela tava com medo de se perder de novo. Parabéns Natsu, parabéns!

— Um "rolé", né...? — ela ja tava me deixando um pouco apreensivo — Tá. É melhor do que jogar isso daqui.

Finalmente. Ela correu vagarosamente até mim. Como de costume, catei a sua mão e andamos em direção à porta.

Como se num Conto De Fadas - Livro I da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora