As Crônicas da Ordem e do Caos - A batalha pelo universo (Livro Um) [COMPLETO]

KEPA I

Kepa estava cuidando dos preparativos da nave que iria com destino a Agritor quando ouviu um estouro. O barulho era ensurdecedor e foi seguido de um clarão à alguns quilômetros do espaçoporto.

Seu comunicador começou a tocar em seu bolso indicando que estava recebendo uma chamada. Ao olhar no visor seu coração gelou. Tratava-se de um de seus contatos, um espião que servia em Maki a anos, seu nome era Jon. A Major não hesitou e atendeu.

– Kepa? Oh! Graças à Saurú você ainda está viva! – Começou dizendo o homenzinho gordo e de voz irritante.

– Por que está me fazendo uma chamada direta? E em uma linha não segura? – Perguntou a Major e outro estouro foi ouvido do lado de fora. – Você, vá olhar o que está acontecendo lá fora. – Ordenou a major a um dos homens que ali estavam.

– Oh não. Que barulho foi esse? – Indagou Jon do outro lado da linha. – Não consegui avisar antes do ataque, me desculpe. Oh não!

– Ataque? Do que você está... – dizia Kepa até ser interrompida por outro clarão e estouro vindo lá de fora seguido de gritos de desespero ao longe. Olhou novamente para o comunicador e este exibia a mensagem.

COMUNICAÇÃO INTERROMPIDA, SINAL PERDIDO

O coração de Kepa gelou ao ligar os pontos entendendo o que estava acontecendo. Imediatamente começou a dar ordens.

– Decolem agora. – Ordenou Kepa à tripulação que finalizava os preparativos – Tragam Kara de Agritor neste momento.

– A nave ainda está carregando as baterias senhora. – Disse um dos engenheiros, tentando falar mais alto do que o barulho do gerador.

– Quanto tempo até ficar com carga suficiente para partir? – Indagou a Líder da Polícia Universal.

– Trinta minutos no mínimo.

– Merda – praguejou a mulher.

– Se me der mais dez minutos de carga, e eu for sozinho, sem tripulação para pesar a nave eu consigo ir e voltar. – Disse o piloto ao sair de dentro da cabine.

– Todos vocês, – disse Kepa aos demais tripulantes – lá para fora agora. Defendam este prédio.

– Sim senhora. – Responderam em uníssono.

– E você, não importa o que aconteça decole daqui e.....

A palavras dela foram interrompidas por um estouro no prédio ao lado.

– Droga, mil vezes droga – praguejou mais uma vez – esquece está merda, decole agora.

– Não vou conseguir ter energia para ir e voltar. – Explicou o piloto.

– Vá em uma nave menor, uma que caiba apenas você e Kara e que carregue mais rápido – Ordenou. Kepa sabia que a única esperança era a garota Néfilim e todo o seu potencial oculto. Precisavam buscá-la.

Outra explosão, desta vez no portão da plataforma de lançamento. Quatro peões Makali vieram em sequência e os homens da Polícia que guardavam a entrada se colocaram em batalha.

O piloto já arregalou os olhos em pânico quando viu o prédio sendo invadido.

– Rápido pegue uma mini nave e vá buscar a garota – Ordenou Kepa e logo em seguida saiu em direção a porta dos fundos. Os Makalis mataram o último homem que tentava segurá-los na entrada. Aproximaram-se do piloto que tentava ligar uma pequena nave do outro lado da sala.

– Por favor não... – tentou suplicar o homem pouco antes de ter o coração atravessado pelas mãos de um peão.

Kepa já estava do lado de fora, no pátio da sede da Polícia Universal e viu corpos por toda a parte. Saltou por cima de um homem que estava pela metade no chão tentando se agarrar a vida enquanto sangrava até morrer. Alguns soldados da Polícia tentavam barrar a invasão, mas os guerreiros inimigos já se juntavam aos peões dificultando muito a vida de todos ali. Os lançadores davam apoio de cima. Atacavam os militares à distância. Os pobres coitados mal conseguiam revidar dos ataques que vinham do alto dos prédios.