BELL V

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Bell estava com o corpo todo dolorido e caminhava com dificuldades até a nave de Betina. Soka e a amiga tinham insistido para que ela voltasse para a Pérola para se recuperar dos ferimentos.

– É sério gente, eu posso continuar lutando. – Bell tentou persuadi-los mais uma vez.

– De maneira nenhuma. Voltaremos para Pérola e você vai se recuperar em uma capsula restauradora. – Retrucou Betina autoritariamente.

– Depois que estiver melhor você volta para a batalha Bell. – Encorajou Soka.

– Vamos torcer para a batalha já ter acabado até lá. – Comentou Betina.

– O que é aquilo? – Perguntou Bell ao ver uma enorme espaçonave surgindo no horizonte.

– É a Pérola! Por que está voando tão baixo? – Indagou-se Betina. Eles estavam a muitos quilômetros de distância da nave, porém, o seu tamanho era tão grande que era possível vê-la no horizonte.

– Isso não está me cheirando bem. – Observou Soka. Mais à frente Pérola continuava a descer.

– Precisamos chegar mais rápido na minha nave. – Comentou Betina e os três caminharam a passos largos. Soka pegou Bell no colo para que pudessem correr. Ela não gostou muito, mas aceitou.

Chegaram em frente a nave de Betina e a maga já entrou rapidamente no cockpit. Soka entrou logo em seguida com Bell no colo. O interior da nave era bem pequeno. Era o suficiente para apenas um piloto e mais algumas armas. Bell e Soka se espremeram atrás da poltrona que Betina estava sentada enquanto a amiga ligava os motores.

Ao fundo, Pérola continuava a descer. Agora ela se chocava contra alguns prédios e Bell, confusa com aquilo tudo, observava de longe.

– Será que ela está caindo? – Perguntou Soka. Betina fechou o cockpit da nave.

– Não, se estivesse caindo já teria tocado o solo. – Respondeu Betina enquanto sua nave deixava o chão e planava devagar. A garota empurrou o manche e começaram a se mover rapidamente.

De repente, viu-se um clarão. Toda a nave começou a tremer a medida que uma luz muito forte se aproximava. O painel da nave começou a apitar e repetir a frase "alerta de impacto" sem parar. Betina empurrou o manche todo para frente e a nave passou a se mover o mais depressa que conseguia. Tudo tremia e uma luz vermelha passou a piscar no interior da nave. Sentiram a nave ser jogada para frente e sair girando no ar. Bell e Soka que não estavam presos em um poltrona foram jogados de um lado para o outro enquanto a nave girava no ar. Todos fecharam os olhos devido ao clarão que agora tinha chegado até eles.

– Betina, crie um campo de força. – Gritou Bell. Ela mesma teria criado se tivesse energia para isso.

Betina obedeceu ao pedido da amiga e se forçou a lembrar o encantamento que criava uma esfera de proteção. Neste instante a nave se chocou contra um prédio e sua asa direita explodiu. Começaram a cair girando ainda mais rápido. Betina finalmente conseguiu criar o campo de força.

A nave atingiu o solo e explodiu em mil pedaços. Os garotos foram arremessados para fora, protegidos pela esfera de energia. Rolaram alguns metros até que Betina perdeu a concentração e o campo de força se desfez. Bell sentiu dor quando suas costas se chocaram contra o chão. Levantaram todos, ralados e feridos.

– Minha Saurú! – Exclamou Betina de olhos arregalados.

Bell olhou na direção que a amiga olhava e também ficou de queixo caído. O local aonde estava a nave Pérola, agora era uma gigantesca bola de fogo que subia acima das nuvens. Todo os prédios num raio de centenas de quilômetros foram engolidos por aquela esfera de fogo.

As Crônicas da Ordem e do Caos - A batalha pelo universo (Livro Um) [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora