As Crônicas da Ordem e do Caos - A batalha pelo universo (Livro Um) [COMPLETO]

PAKI VI

Paki sentia todos os seus músculos doerem. Nunca tinha se esforçando tanto assim. Observava Kara e Patty e elas não pareciam estar muito melhor do que ele.

– Confesso que isso me impressionou. Jurava que iria mata-los com aquela técnica. – Disse a voz sinistra de Kahau ao fundo. O rei observava todos de braços cruzados sem esboçar nem um pouco de preocupação com a batalha.

– Cale a boca! – Gritou Kara e em seguida partiu para cima de Kahau. O rei não precisou se esforçar muito. Apenas atingiu a garota no rosto com sua calda e a lançou cerca de dois metros para a direita.

– Irmãozinho querido. Olhar para a sua cara de traidor está me dando náuseas. Terei de matá-lo agora mesmo. Não é nada pessoal, mas, é minha obrigação como rei, executar todos os traidores do reino. – Kahau finalizou a frase já acertando um soco no rosto do irmão. Paki sentiu os ossos de sua face trincarem devido a força do golpe recebido. Antes que ele pudesse tocar o chão, Kahau o agarrou pelo pé girou o corpo três vezes e lançou o irmão em direção a uma pedra grande.

Paki ainda estava no ar mas conseguiu ver o irmão correndo em sua direção pronto para ataca-lo. Patty, interferindo na luta, pulou em direção ao rei com a intenção de segurá-lo, mas, Kahau sentindo a aproximação da comandante, lançou com o rabo uma esfera de energia que a atingiu no peito jogando-a para trás. Paki sentiu dor quando suas costas se chocaram com a rocha.

Kahau não deu um segundo de folga. O rei já estava novamente por cima do irmão socando a sua face com os punhos. Cada golpe recebido por Paki, fazia a sua nuca se chocar contra a rocha em que ele se escorava. Tentava revidar, mas os golpes de Kahau eram tão fortes que ele já estava perdendo a consciência. Conseguia ver a alegria na face do rei enquanto era espancado. Sentia sangue escorrendo por toda a sua face e à medida que os golpes ficavam mais fortes, passava a sentir gosto de sangue na boca. Kahau continuava gargalhando de felicidade enquanto Paki agonizava de dor.

Ele já pensava que aquele seria o seu fim, quando os golpes pararam. Olhou para frente ainda com a vista embaçada devido ao inchaço de seus olhos e viu Kara agarrar Kahau pela cauda. A garota o puxou com toda a força e o lançou vários metros pelo ar. Saltou bem alto e atingiu o rei na coluna. Ambos caíram novamente no chão, Kara caiu de pé e Kahau deitado.

A luta entre a princesa de Koás e o rei de Maki continuava violenta. Paki ainda tentava recuperar suas forças escorado na rocha quando Patty se aproximou para ajudá-lo.

– General! General fala comigo por favor. – Ela suplicava. Paki cuspiu uma grande quantidade de sangue que acumulava na boca e respondeu.

– Precisamos continuar. – Disse ele e em seguida cambaleou e caiu de quatro no chão.

– De maneira nenhuma. Você não está em condições de lutar agora. – Retrucou Patty.

– Se não lutar vamos morrer Patty. Ele é um demônio, não teremos a menor chance. – Respondeu o General colocando se de pé novamente.

– Me escuta. Vamos nos esconder, este planeta é grande, ele nunca vai nos achar. – Sugeriu a comandante.

– Não sou um maldito covarde Patty. Não me sugira isto. – Respondeu Paki com ódio e em seguida correu em direção a batalha que era travada entre Kara e Kahau.

Paki já chegou lançando um disco de corte contra o irmão. Kahau que fora pego de surpresa, só conseguiu se desviar no último segundo sendo atingido de raspão no rosto. No local aonde o disco passara escorreu sangue.

– Não se meta na luta General. – Gritou Kara enfurecida.

– Ele é uma ameaça ao meu povo. É minha obrigação detê-lo, se quiser que eu fique de fora terá de me matar. – Respondeu Paki.