As Crônicas da Ordem e do Caos - A batalha pelo universo (Livro Um) [COMPLETO]

KARA X

– Kara, vem comigo agora – Disse Suki assim que pegou o braço de Kara chamando à sua atenção. A garota ainda estava com os ouvidos zumbindo devido à explosão que acabara de acontecer. Uma grande cortina de fumaça estava se dissipando a sua frente e no centro estava Kahau. O rei estava ferido, mas ainda vivo.

– Suki se afaste. Não é seguro aqui no campo de batalha. – Respondeu Kara preocupada com a namorada.

– Seu pai tem um plano para derrotar Kahau, vem comigo agora. – Kara olhou novamente na direção aonde Kahau estava e o rei se aproximava lentamente em direção a Patty. A guerreira estava exausta e mal conseguia se manter de pé.

– Suki eu não posso me ausentar da batalha agora, preciso continuar lutando. – Advertiu Kara.

– Se continuar lutando com seu poder atual, não vai durar mais que alguns minutos. – Disse Baruque que tinha acabado de se aproximar. O cientista abaixou-se e abriu a maleta que trazia nas mãos. Retirou uma pistola carregada com um dardo que trazia um líquido roxo em seu interior.

– O que é isto? – Indagou Kara, enquanto a alguns metros dali Kahau atacava Patty. A guerreira tentava desviar, mas era inútil. Seu corpo ferido estava lento demais e ela apenas apanhava sem parar.

– Isto vai despertar os microrganismos que inseri em você lá na capsula. – Explicou Baruque.

– Achei que tivesse colocado microrganismos em mim quando eu era uma bebê. Não tenho tempo para suas experiências Baruque. Se eu não ajudar, Patty vai morrer. – Kara respondeu. A garota já ia correr para o campo de batalha novamente quando Suki a segurou pelo braço.

– Escuta o que ele tem para dizer Kara, por favor. – Suplicou Suki e Kara olhou novamente para Baruque que já estava de pé novamente com a arma na mão.

– Os microrganismos que inseri em você quando era criança ainda não estão totalmente maduros. Eles iram amadurecer aos poucos, junto com você. Fiz isso para que você não acabasse morrendo devido à grande quantidade de energia que seu corpo começaria a produzir. – Explicou o cientista.

– Que gentileza sua! – Resmungou Kara de forma irônica.

– Quando te coloquei na capsula, eu inseri microrganismos amadurecidos no seu corpo, da mesma forma que eu fazia com os soldados Koás antigamente. – Baruque se aproximou de Kara.

– Aqueles soldados que você matava enquanto os usava de cobaia? Sorte minha eu não ter morrido também. – Retrucou a garota outra vez.

– Kara escuta por favor. – Suplicou Suki novamente.

– Não morreu, pois, eu finalmente consegui inserir os microrganismos adormecidos no corpo do hospedeiro. – Baruque voltou a explicar e Kara o olhou com curiosidade – Este antidoto vai acordar os microrganismos adultos e liberar todo o seu potencial. – Finalizou Baruque e a alguns metros Kahau arrancou uma das pernas robóticas de Patty e em seguida bateu no rosto da guerreira com sua própria perna amputada.

– Tanto faz. Aplica logo isto em mim. – Disse Kara com urgência após ver esta cena.

– Existem algumas complicações que... – o cientista começou a explicar.

– Não importa aplica agora. – Gritou Kara agarrando o pai pelo pescoço e o retirando do chão.

– Como queira. – Disse Baruque e em seguida acertou um tiro de dardo no pescoço de Kara.

A garota deu três passos para traz. Sentia um ardor insuportável vindo do seu pescoço e se espalhando por todo o corpo. A sensação era de que todo o seu sangue tinha virado líquido fervente que a queimava por dentro.