KAHAU I

12 6 0
                                    

O planeta Maki parecia cada vez maior à medida que a pequena nave individual se aproximava dele. Uma nave individual era uma minúscula espaçonave feita para comportar apenas um tripulante. Era basicamente uma capsula voadora. Costumava ser mais rápida do que a gigantesca Inquisidora, mas não conseguia nem de perto permanecer o mesmo tempo no espaço, tampouco percorrer as mesmas distâncias. Para o rei Kahau, que tinha como única preocupação tocar o terror nos pequenos planetas que encontrava pela frente, a sua pequena espaçonave individual era mais do que suficiente.

A opção do rei por uma nave destas, era pelo fato dele detestar companhias. Para Kahau, todos, sem nenhuma exceção, eram apenas seres inferiores e fracos se comparados a sua grandiosa existência. Kahau gostava de ir sozinho em todas as suas pequenas missões. Segundo suas próprias palavras, não era necessário ninguém mais do que ele para dominar e exterminar qualquer planeta.

Enquanto sua nave individual adentrava na plataforma de pouso, Kahau pôde ver dois dos seus cinco conselheiros. Cornelius, um dos que ele mesmo tinha nomeado apenas para irritar o seu irmão mais novo devido a notória rivalidade entre eles, e Jon, o desprezível homenzinho que Kahau só manteve no conselho pois ele era do tipo de pessoa que era melhor manter por perto por mais desprezível que fosse.

– Majestade, é um prazer tê-lo de volta. – Disse Cornelius assim que Kahau desceu da nave.

– Puxa-saquismo não é a sua melhor qualidade Cornelius, o que deseja? – Retrucou Kahau.

– Senhor temos um problema extremamente grave. – Cortou Jon com sua voz extremamente irritante.

– Desde quando um escravo pode interromper o seu rei? – Indagou Kahau.

– Não sou mais escravo senhor. Seu amado pai me libertou e me colocou no conselho devido as minhas incríveis habilidades de informante.

– Mais um dos erros do meu tolo pai. Eu jamais colocaria um escravo de sangue impuro no conselho do rei. Talvez eu te mande para os campos de trabalho forçado novamente.

– Seu pai podia ser várias coisas, menos tolo majestade. – Retrucou novamente o pequeno homem gorducho.

– Deu poder a um maldito escravo que agora ousa retrucar o seu rei, se isso não é uma tola atitude eu não sei o que é. – Disse Kahau irritado e prestes a pegar o pequeno homem pelo pescoço.

– Seu irmão foi derrotado em batalha. – Disse Cornelius interrompendo o momento de ira de Kahau pouco antes dele tentar matar o pobre homenzinho.

– Paki foi derrotado? Como? – Indagou o rei visivelmente surpreso. Por mais que ele gostasse de insultar o irmão insinuando que ele era um fraco, Kahau tinha total consciência de que o irmão era um dos mais poderosos Makalis vivos e um general invencível até então.

– Ele invadiu Torki, e lá foi derrotado. Não há registro de sobreviventes. – Disse Jon com sua voz fina.

– Meu irmão foi derrotado por um bando de recrutas da Polícia Universal? – Indagou o rei com um sorriso nervoso no rosto.

– Temo que alguma coisa aconteceu no campo de batalha. Paki era um general experiente, não perderia nem para um soldado veterano da Polícia, quanto mais um bando de recrutas. – Explicou Cornelius.

– E a Inquisidora, o que houve com a Nave Real? – Perguntou Kahau após pensar por alguns segundos.

– Ela foi abatida senhor. – Disse timidamente Jon.

– Abatida? Como uma nave daquele tamanho e com aquele poder bélico pôde ser abatida por um bando de soldados novatos da Polícia Universal? – Disse furiosamente Kahau.

As Crônicas da Ordem e do Caos - A batalha pelo universo (Livro Um) [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora