As Crônicas da Ordem e do Caos - A batalha pelo universo (Livro Um) [COMPLETO]

KAHAU II

Kahau cortava o espaço em sua nave, totalmente enfurecido. Saíra de Maki a três dias em direção à Torki, mas sua espaçonave individual ficou sem carga três vezes por toda a viagem, o obrigando a pousar no planeta mais próximo toda vez que isso acontecia. Obviamente o Rei aproveitava a parada para assassinar todos habitantes daqueles lugares só para relaxar.

O pior, porém, foi chegar onde deveria estar o planeta sede da Polícia Universal e encontrar apenas poeira estrelar. Saiu de lá cheio de raiva e foi para o planeta mais próximo buscar informações sobre o que estava acontecendo. Lá ele não obteve êxito e por isso apenas roubou uma outra nave mais rápida e com autonomia para ir para lugares mais distantes e decidiu partir em direção a Maturini.

– "Se Torki não existe mais, pelo menos vou me divertir matando Policiais em Maturini" – pensou Kahau.

O rei seguia determinado a matar todos os militares daquela maldita corporação assim que chegasse lá.

– "Talvez eu deixe Kepa viva para que ela me assista matar todos os membros de sua corporação. Depois farei dela minha prisioneira e a torturarei todos os dias para me divertir. " – Pensava o rei enquanto ria sozinho de maneira frenética e psicopata dentro de sua nave.

– "Pena demorar tanto para chegar lá. Talvez eu pare em alguma planetinha para me divertir um pouco. Já estou entediado de ficar sentado nesta maldita nave. "

Um bipe começou a soar no painel da nave. Kahau a princípio, encarou aquilo com desprezo. Porém a medida que apitava, o bipe ficava cada vez mais alto e o rei começou a se irritar.

– Maldita maquina burra, cale a boca. – Gritou o rei em fúria. – Eu juro que mato a pessoa que está do outro lado desta ligação. – Esbravejou Kahau e logo em seguida atendeu. Para sua surpresa a imagem que se formou pelo comunicador era a de Jon, o conselheiro que ele mais desprezava.

– É bom revê-lo majestade. – Disse o homenzinho com um sorriso falso no rosto.

– Eu juro que arrancarei a sua cabeça assim que retornar para Maki. – Disse o rei. – Como sabia aonde me encontrar em uma nave que não é da nossa frota?

– Minha maior função no reino de Maki é saber das coisas majestade. Além disso, acredito que após escutar a informação que trago para o senhor, irá me nomear seu principal conselheiro e deixará a minha cabeça no seu devido lugar. – Disse Jon com a sua característica voz fina.

– Desembucha criatura desprezível. Diga-me logo que maldita informação é essa. – Ordenou o rei impaciente.

– Segundo meus informantes, seu irmão e mais alguns homens sobreviveram à batalha de Torki. – Começou a dizer Jon – eles fugiram para um planeta chamado Kakekanu que fica nesta mesma galáxia.

– Meu irmão covarde fugiu da batalha? Terei prazer em exilar aquele maldito. – Disse o rei.

– Sim, meu senhor, como o senhor desejar. Porém.... Ou melhor, esquece não é nada. – Falou o conselheiro.

– Pelos infernos Jon, conclua a maldita frase antes que eu vá até aí agora mesmo e lhe mate. – Gritava o rei a todos pulmões.

– Acontece que a Major Kepa, de alguma forma também obteve esta informação e está agora mesmo indo até lá para capturar o seu irmão.

– Não sei quem é o seu informante, mas se ele acha que a Major irá vencer o meu irmão em uma luta ele é louco.

– Temo que seu irmão não esteja em condições de batalhar no momento e, além disso, Kepa tem uma nova arma biológica que ela batizou de Kannibalen. Foi com ela que a polícia universal derrotou seu irmão junto com seu exército. – Disse Jon enquanto sua imagem era substituída por imagens de Kannibalens matando Makalis.

– Parece que esses são adversários que me darão um pouco mais de diversão do que os fracotes que ficam suplicando pela vida toda vez que eu chego. – Falou o rei com um brilho nos olhos de pura excitação pelo desafio.

– Com certeza majestade. Mas sugiro que volte para Maki, temo que esses Kannibalens sejam de mais até mesmo para o senhor. – Disse o homenzinho e imediatamente Kahau sentiu toda a sua fúria dominar o seu corpo.

– O que está dizendo seu maldito? Tem sorte de estar a milhões de anos luz de mim, pois se não fosse isso eu te mataria agora mesmo. – Gritava o rei em fúria – não existe um ser vivo no universo que possa ser demais para mim. Eu mato qualquer um que me enfrentar e não vai ser diferente com essas lagartinhas malditas. – O rei cuspia as palavras enquanto andava de um lado para o outro na cabine da nave como um leão enjaulado.

– Senhor! – Voltou a dizer Jon de maneira calma e branda o que deixou o rei ainda mais enfurecido – Só temo pela sua vida, não desejo que o senhor morra em campo de batalha. Insisto que o senhor passe longe de Kakekanu.

– Eu vou imediatamente para Kakekanu. Matarei todos os Kannibalens que Kepa levar, matarei meu irmão e seu exército de derrotados. Levarei Kepa como prisioneira e em seguida voltarei para Maki e te torturarei até você implorar para morrer seu maldito. – Gritou o rei e em seguida desligou a transmissão.

– Eu vou mostrar aele quem é Kahau – repetia o rei enquanto andava de um lado para o outro danave. Quando estava um pouco mais calmo programou a rota para Kakekanu.