Ou Melhor, Nós Três!

3.9K 186 87
                                    

Any
Casa Soares Beauchamp, LA, CA

Ligação On - Any's Daddy

- Eu estou grávida, pai!

- Eu não acredito! - ele dizia chorando - Eu estou tão feliz! - nesse momento meu coração se acalmou assim como Josh.

- Eu também estou feliz, pai! - falei rindo.

- Josh está aí? - ele perguntou.

- Sim, está ouvindo tudo. Quer falar com ele? - ele assentiu e eu passei o telefone pra ele.

- Oi. - Josh disse.

- Obrigado, Josh. Obrigado por cuidar tão bem da minha filha. Estou feliz por ela ter encontrado você! Obrigado pelo netinho também - ele dizia rindo mas com voz de choro.

- Eu que agradeço pela, Any! Ela e meu filho são tudo pra mim! - Josh diz e meu coração transborda de amor.

Toda vez que ele fala "meu filho" é como se aquilo fosse feito pra sair da boca dele. Era como um colírio para meus olhos.

Nos despedimos e desligamos o telefone

Ligação Off

Tomamos café e tomamos banho. Marquei uma consulta com a minha ginecologista e ela me indicaria uma pediatra. Hoje era sábado e a consulta seria na terça.

- O que acha de um passeio? - Josh sugeriu.

- Só nós dois? Ou melhor, nós três!

- Sim, só nós. Vamos na praia. Será que nosso filho vai gostar tanto de praia como nós gostamos?

- Com certeza. Acho que ele também vai gostar de dança e de música. Vamos ter mais um integrante na categoria kids da academia.

- Mal posso esperar. Queria já ter meu filho no meu colo. Poder olhar pra ele e ver a perfeição dele. - ele diz todo apaixonado

Na praia...

- Com quem será que vai parecer? - pergunto.

- Eu acho que vai ser sua cara. - ele fala.

- Eu já penso ao contrário. Acho que vai ser você todinho! Eu amaria - falo e ele me beija. Era tão apaixonado e bom. Se pudesse ficaria ali para sempre. Nos braços do homem da minha vida e com nosso filho. Aquele era meu lugar no mundo.

Dizem que quando você é mãe tudo muda. E muda mesmo, eu não me imagino sem meu filho, mesmo tão pequeninho sem nem o conhecermos, ele já é tudo junto com o pai dele. A ansiedade de saber o sexo me matava. Tentariamos ver no ultrassom na terça feira, mas acho que não seria possível.

Os dias se passaram e finalmente era terça. Acordei feliz e menos enjoada. Eu veria meu filho pela primeira vez e ouviria seu coração. Infelizmente Josh não conseguiria ir comigo, já estávamos com uma professora a menos, se ele saísse ficaria mais difícil, então pedi para Susan me acompanhar e ela aceitou. A consulta está marcada para as 11:00a.m e estamos saindo de casa agora.

- Está ansiosa, dona Any? - Ela pergunta animada.

- Como nunca, Susan. Espero que dê pra saber o que é, a curiosidade está me matando.

- Eu imagino como seja. Nunca tive a oportunidade de ser mãe.

- É incrível. Nunca imaginei que seria assim. Sem contar que é todo momento alguém te mimando. - falei e ela sorriu.

Chegamos no consultório e logo fui chamada. Na hora que a medica colocou o aparelho na minha barriga, o som mais perfeito e incrível do mundo ecoou pela sala. O coração do meu filho tinha a sintonia perfeita.

Era como a música mais bonita que eu já escrevi e a melhor coreografia que Josh ja criou. Chorei litros ouvindo seu coração bater. A médica me entregou fotos do ultra para eu dar para Josh e soubemos o sexo. A consulta foi tranquila. Escrevi um recado para Josh e pedi que Susan colocasse em cima da mesa de nossa casa. Eu entreguei o papel a ela e algo muito estranho aconteceu.

Susan

Não sei se você se lembra de mim, mas eu voltei e agora vou ter o meu filho nas minhas mãos, assim como seu pai.

Fui até a consulta com Any e me passei pela empregada da casa por um tempo. Ela realmente era uma menina incrível, não tinha nada contra ela, mas aquilo foi necessário para que meu filho, Josh, soubesse toda a verdade.
Deixei o recado em cima da mesa da casa e voltei para o carro. Any ia ligar o carro quando a segurei e desmaiei ela com o famoso paninho com álcool. Pesquisei na internet e aquilo não faria mal ao bebê. Não quero machucar eles. Só quero o que é justo, para mim, como mãe. E se essa era a única maneira, eu a faria.

Peguei o carro e fui em direção a uma casa que eu aluguei. Ali seria o cativeiro da minha nora e do meu neto. Não sei por quanto tempo eles ficariam ali, mas garanto que o bebê não nasceria naquele local. Criança nenhuma merece isso.

Deixei ela em cima de uma cama, eu realmente tinha muita força. Ela ainda dormia e eu não fazia idéia de quando ela iria acordar. Ligaria pro meu filho quando ela acordasse para que ele me dê a atenção que eu mereço. Eu dei a vida para aquele menino e a única coisa que ele faz e ligar pra polícia e me colocar numa clínica. Eu consegui sair de lá e então descobri que Josh e Any precisavam de uma pessoa para ajudar eles. Claro que eu não perdi tempo, me infiltrei e planejei cada passo. Ficou muito mais fácil depois que descobri sobre a criança.

Joshua Beauchamp

Cheguei em casa de tarde e não encontrei ninguém. Liguei no telefone de Susan e a mesma não atendeu. Liguei para Any e ouvi uma voz conhecida.

Ligação On - Minha Morena

- Até que enfim, Joshua! - falava Susan.

- Susan? Cadê a Any? - perguntei nervoso

- Any? Ela está desmaiada aqui comigo. Não fale assim com a sua mãe mocinho. Nunca te deram educação? - ela falava com uma voz irônica.

- O que você está falando? Eu não estou entendendo!

- Não lembra de quando me colocou numa clínica psiquiátrica, filho? - ela perguntou e aí eu me toquei.

Era ela.

A mesma mulher que sequestrou meus pais. E dessa vez eu faria tudo e qualquer coisa para tirá-los de lá

Ela estava com a minha mulher e meu filho.

Um Amor em HollywoodOnde histórias criam vida. Descubra agora