Bill e Dipper: A história não contada

Tyrone

- Eca Liana! Precisava mijar em mim? Que nojo! Podia esperar chegarmos ao hospital. – Disse o Bill bravo.

Olhei para Liana que fazia uma careta de dor e nem respondeu o Bill, olhei para as baixo e vi que aquilo não era urina.

- Bill, mais rápido isso dai e a bolsa que estourou o bebê está nascendo. – Droga! A Liana tinha que ir ao médico antes do nascimento ela está tão fraca que nem parece ter força para um parto normal.

- Bolsa? Que bolsa? Ela não está carregando nenhuma bolsa! – Bill perguntava enquanto voava em sua máxima velocidade.

- É o líquido amniótico que protege o bebê na sua barriga, quando ela vaza é por que ele está nascendo.

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Chegamos ao hospital uns minutos depois e entramos na porta de emergências, para ninguém perceber desci do Bill, senti alguém nos observando, mas isso não era importante no momento então resolvi ignorar e esquecer, fomos andando até a entrada principal, lá tinha uma maca em um dos cantos que ficava sempre a postos para quando chegasse uma ambulância, Bill ainda com a Liana em seu colo, colocou ela ali.

- Recepcionista chama um médico correndo. – Disse falando em um tom alto que eu nem percebia por tamanho o meu desespero. A mulher pegou o telefone digitou alguns números e disse apenas uma palavra que apareceram dois médicos um homem e uma mulher para atender.

- O que aconteceu? – A médica perguntou.

- Ela está com uma gravidez de risco, começou a sentir dores e no caminho pra cá a bolsa estourou. – Disse enquanto eles já começavam seu trabalho olhando a pressão e batimentos tanto da Liana quanto do bebê.

- Temos que leva-la, quem irá acompanhar o parto? – A médica disse a Liana.

- Di...pper. – Liana disse ficando quase sem voz, entre gritos e gemidos de dor.

- E.. eu? – Perguntei sem entender, por que eu?

- Vamos! Precisamos fazer o mais rápido possível.

- Doutora, a Liana está fraca ela não aguentaria um parto normal, teria como fazer cessaria? – Perguntei tremendo de nervoso, por mim e por ela. Começou a bater um desespero.

- Sim, ela está muito fraca e sente dor, as contrações já estão de minuto em minuto como é em um parto normal, já que a bolsa estourou tem pouco tempo as contrações estariam em um tempo maior, tem algo de errado, por isso vamos fazer a cessaria mais rápido possível- a médica ia dizendo enquanto seguiam com a maca em direção a uma sala de cirurgia.

Uma enfermeira me puxou e me higienizou colocando a roupa própria para estar no local. Entrei lá no momento que colocavam ela ligada a um soro e a máquina que mede a pressão e o coração.

Eles tinham colocado um pano para que eu e Liana não pudéssemos ver o que acontecia na parte de baixo e fiquei pertinho do rosto da Liana apertando uma de suas mãos e fazendo carinho em seus rosto e cabelo.

- Vai dar tudo certo. – Repetia isso baixinho diversas vezes pensando em acalmar a Liana, mas no fundo eu sabia que era para me acalmar.

- Dipper. – Disse a Liana com a voz baixa. – Me prometa uma coisa. – Ela disse já enchendo seus olhos de lágrimas.

- Claro Liana! o que precisar. – Disse isso no meio do desespero.

- Se algo acontecer comigo, cuide do meu bebê. – Meu peito travou com sua fala e comecei a chorar, pensando apenas nessa possibilidade.