"Bubu" - Parte II

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- Dipper, não precisa arrumar ninguém, sua irmãzinha está aqui para ajudar, eu posso até dormir lá na sua casa também, não seria problema algum. – Disse a Mabel.

- Não! – Todo mundo olhou em minha direção por ter falado em alto tom.

- Não, o que? – Perguntou Dipper já que eu não falei mais nada.

- Quem vai cuidar do Tyrone sou eu. – Todo mundo arregalou o olhos para mim e ficaram sem saber como reagir, até Dipper estava com a boca aberta de surpresa.

- Eu ouvi isso direito? – Dipper finalmente saiu do estado de choque.

- Se você ouviu eu falando que ia cuidar de você e do Tyrone enquanto se recupera ouviu certo.

- Mas Bill... Você nunca trocou nem uma frauda do Tyrone, você não sabe cuidar de um bebê.

- Para de inventar desculpa Dipper, tudo é questão de aprender e mesmo estando em uma cadeira de roda você ainda vai conseguir me orientar se eu fizer alguma coisa de errado. – Dipper pareceu pensar nessa possibilidade.

- Tudo bem, vamos tentar assim.

- Bom, também posso ajudar, qualquer coisa só me chamar. – Disse a Mabel parecendo meio decepcionada já que ela parecia estar querendo ficar com o Tyrone, mas eu não ligava já que consegui meu objetivo.

Bill off~

Dipper on~

Depois de receber alta e nós dois sermos liberados, fomos todos para casa no carro do tivô Stan, Tyrone chorava muito com a hipótese de entrar dentro de um carro, acho que ele ficou traumatizado, foi uma luta me colocar no carro primeiro e distrair- lo sem poder pegar no colo para que Tyrone nem percebesse que estávamos entrando dentro do carro. Stan nos deixou na nossa casa e por incrível que pareça o Bill estava sendo muito cuidadoso e atencioso com tudo estava acontecendo, eu já suspeitava o porque dele estar agindo diferente e decidi conversar com ele quando estivesse só nós dois sozinhos e quando entramos na sala eu já fui logo perguntando pra ele.

- Bill porque você quis cuidar de mim e do Tyrone sozinho?

- Por que não posso?

- Pode, mas você está agindo estranho, você esta se culpando não está? – Bill me olhou com uma expressão de surpresa como se já me respondesse "como você descobriu?" – Sabe que a culpa não é sua...

- Se eu tivesse aqui nada...

- Eu também me culpei no inicio, mas foi um acidente que eu não conseguiria evitar, então não faça isso você mesmo.

- Você não teve culpa de nada, sabe disso. Eu deveria estar aqui, se tivesse aqui nada disso teria acontecido.

- Não tinha como você prever que isso aconteceria.

- Mas mesmo assim, eu me sinto um inútil sem poder fazer nada para ajudar, me deixa pelo menos poder cuidar de vocês, tudo bem? – Disse Bill, e eu já tinha decidido dar uma chance a ele, então resolvi apenas concordar coma cabeça já que não queria discutir.

Depois de um tempo eu decidi conversar com o Bill de como iriamos fazer já que ele nunca tomou conta de uma criança na vida, e além do mais teria que me ajudar a locomover e fazer tudo dentro de casa. Primeiramente eu iria acompanhar tudo o que ele fosse fazer com Tyrone explicando se estava certo ou errado e depois iriamos fazer as coisas comigo.

Primeiramente, era bom dar um banho do Tyrone , deixamos o bebê na cadeira de passeio e fomos para o banheiro de Tyrone, por sorte como a casa era muito espaçosa tinha espaço de sobra para minha cadeira de roda e para que Bill pudesse se locomover lá dentro sem ficar um espaço desconfortável. Enchemos a banheira e eu expliquei qual é a temperatura ideal, e deixamos tudo próximo a banheira. Depois disso fomos buscar Tyrone tiramos a roupa dele e voltamos para o banheiro, já na hora de pegar o Tyrone vi que Bill segurava ele desajeitadamente e não via saindo um resultado muito bom daquilo, peguei um dos livros que eu li quando aprendia cuidar do Tyrone e nela tinha uma imagem que mostrava como deveria segurar.

Bill e Dipper: A história não contadaOnde histórias criam vida. Descubra agora